O nosso amigo, e já falecido Zé de Troia (que era como o conhecíamos),
colaborou connosco e aderiu pela primeira vez à iniciativa dos Moinhos Abertos
em 2011. Nesse ano aí fizemos uma caminhada e a adesão veio a manter-se nos
anos seguintes também com a colaboração
da Associação do Rio Sardoura.
Antes disso o Zé tinha mandado fazer uma recuperação
e diversos arranjos no Moinho de Cima, colocou um penado novo feito pelo Agostinho de Guivães. Tinha projectos para
uma intervenção no Moinho de Baixo que não conseguiu concretizar. Cedo de mais
partiu e o irmão Francisco que já assessorava “o negócio” tomou conta até que
também ele sofreu AVC e de há vários meses para cá deixou de manter o moinho a
funcionar.
O moinho estava a precisar de uma
reparação - coisa pouca - , a colocação da rela e sua mesa de suporte, reparação que não chegou a ser feita.
Problema para que se não vislumbra grande solução é que não há pessoas conhecedoras
da arte nas imediações e o Francisco apenas poderia, à distância, dar alguns
concelhos e ensinamentos. Não pode andar, não mora lá à beira e não vê quem
faça a reparação, e assegure a continuidade daquele que seria, vejam lá, o
segundo moinho do Sardoura a funcionar…
Desejarmos as melhoras ao Francisco e lançamos aqui este repto – no Dia
Internacional dos Monumentos e Sítios :
- Quem sabe alguma
pessoa ou instituição, vê nesta actividade uma forma de ocupação de vida
saudável e como tributo aos nossos costumes e saberes investe nesta iniciativa que
muito diz a esta terra e a este Rio Sardoura, que a tantas bocas deu pão (de
milho e centeio moído nestes moinhos) ao longo de gerações e gerações?