quarta-feira, 29 de agosto de 2012

"Ilha dos Amores”

                                            Ilha dos Amores. F. Jornal "A Verdade"
Este poema foi entregue aos nossos cuidados, ainda que inicialmente tenha sido oferecido e enviado para a Junta de Freguesia de Fornos, de quem o autor não obteve resposta. Não temos notícia da sua divulgação. Propriedade à parte, merece o mesmo, por si,  ser divulgado e depois, estando nós em pleno Verão e sendo a "Ilha dos Amores” local aprazível de visita obrigatória, principalmente para passeantes e turistas, entendemos que não devemos adiar por mais tempo a sua publicação!



O nosso sincero e renovado agradecimento ao autor ADN  º_º que fez questão de anexar o seguinte texto:

“ Ilha dos Amores” de forma simples e poética tentei enaltecer e perpetuar a lenda histórica da ilha, pela qual o povo designa de “ Ilha dos Amores “. Não é mais de que um retrato idílico de toda a beleza do local, referenciando o Castelo lugar e o castelo atalaia (posto de vigia) já desaparecida, focando o Douro Paiva rios e Douro Paiva barco rabelo. Menciono o alvo manto, que são os nevoeiros constantes que pela manhã cobrem o leito dos dois rios e que dão um espetáculo lindíssimo para quem vê dos sítios mais altos.
Ao mesmo tempo dei ênfase e poder mítico ao encontro duas bacias, mas fica ao critério de cada leitor tirar as suas ilações e interpretações.
Todos os meus conhecimentos e ensinamentos provêm do povo, seguindo esse raciocínio a poesia que fiz não me pertence, nestes termos, encarnando o espírito da Alma, devolvo através da ADEP ao povo o que é do povo.”
foto do mapa da obra "Do Castelo da Ilha à Ilha do Castelo" de António Manuel Lima.

sábado, 25 de agosto de 2012

Homenagem aos "remadores" do Castelo (de Paiva)!


“(…)A roupa dos homens do rio era velha e remendada. De cor escura, era composta por: ceroula e camisa de flanela ou castorina e um gorro na cabeça. Levavam-na dentro de uma saca de amostras(…)
Os ombros dos marinheiros eram calejados e tinham nos músculos vãos, de lhe caber um dedo ao través, provocados pelas sirgas, quando vinham àlar, ou de fincar os bicheiros para fazer deslizar o barco. Neste sítio do corpo era onde mais rompiam as roupas.
As ceroulas eram sempre remendadas nos joelhos de os encostar ao barco para fazer força a empurrar(…)
(…)Lembro-me dos pescadores do Castelo e do sável saboroso e da lampreia que apanhavam.
E as enguias?!...Que delícia! Eram apanhadas com minhoqueiro e comidas fritas passadas por ovo.
O Bilinho era o pescador por excelência(…)”
Este texto foi, como se vê, publicado no Chafariz (de Novembro de 1992) e o tema continua atual! Há gestos …e memórias que ficam para sempre! O nosso obrigado à  colaboradora e associada Fátima Gabriel!



Diz Armando de Matos na sua obra "O Barco Rabelo" que quando não há vento há, que sirgar os barcos (sobre este tema ver nosso texto As pedras da Sirga, de Rio Mau - Penafiel em 13 de Agosto a propósito da classificação das Fragas da Penela, em Rio Mau, Penafiel - em que trabalhamos  - e que pretendemos propôr à DGRN), mas quando nem isso é possível, "tem de deitar mão dos remos. E para isto, é que os remadores de Castelo de Paiva são estimados, pois gozam fama de serem dos melhores" !

sábado, 18 de agosto de 2012

Montanhas Mágicas


Entendemos que a Câmara Municipal de Castelo de Paiva não poderá desperdiçar esta grande oportunidade para o concelho de modo a que o mesmo se possa modernizar e de se afirmar como polo turístico, podendo a autarquia empenhar-se profundamente neste projecto e criar as infra-estruturas que vierem a ser descriminadas, no contexto da viabilização, aprovação e certificação da grande Área das Montanhas Mágicas, para que se possa proporcionar ao turista/visitante aquilo que há de melhor, com garantia de serviço de qualidade e atempadamente prestado, a exemplo do que acontece em muitos países da Europa.
A dinamização futura do nosso território passará não só pela valorização do sector do turismo, mas, também, pelo crescendo de actividades inerentes que aquele segmento económico potenciará.


A título de sugestão podemos desde já imaginar um itinerário turístico, dos muitos que se podem vir a criar, para serem incluídos em pacotes turísticos, que as Agências de Viagens ou hotéis de toda a região Montanhas Mágicas, disponibilizaria aos seus clientes:

Vamos chamar-lhe Circuito “A” em Castelo de Paiva
1-visita ao Marmoiral (e Quinta da Boavista) Sobrado; 2-visita ao Parque das Tílias e Museu “Primeiras Artes” da ADEP (Sobrado);
3-Visita à Pia dos Mouros; 4-Passagem e paragem no Miradouro de Catapeixe; 5-Visita a uma fábrica de cobres (S. Martinho de Sardoura); 6-Visita a Boure (estátua e pontes) Santa Maria de Sardoura; 7-Visita eventual ao miradouro do Monte de S.Gens (Santa Maria de Sardoura); 8- Visita à Mamoa de Carvalho Mau (Raiva); 9- Visita à confecção de doçarias-Serradelo (Raiva); 10- Visita ao Miradouro de S. Domingos; 11-Regresso a Sobrado e finalmente visita à Quinta da Fisga (Bairros).

Muitos outros haverá se for feito um levantamento adequado e cuidado.

Durante este ou outros circuitos a percorrer, não poderá ser descurada a necessidade da existência de locais de apoio, como sejam WC, cafés, pastelarias e restaurantes, que, ao longo do percurso, antecipadamente se associem e possam disponibilizar serviços com qualidade e rapidez..

Para a realização destes circuitos, pré-pagos, teria que existir uma bolsa de guias de turismo devidamente habilitados e credenciados de forma a permitir orientar o/ ou os circuitos pre-comprados e para explicarem, em cada local, o motivo que justifica a visita. Estes guias deverão estar habilitados para exercer atividade pelos vários concelhos da região das Montanhas Mágicas, por forma a poderem ser contratados pelos Agentes de Viagens ou afins, como acontece no estrangeiro.

parte do parecer  que consta da folha anexa e que foi enviado para a Câmara Municipal.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Em mim, o voo dos estorn­in­hos tem um estranho efeito hip­nótico. Não me canso de o obser­var.


"A varanda do meu 4º andar é provavel­mente o mel­hor ponto da cidade para obser­var os estorn­in­hos. Esta é a época em que eles chegam, às cen­te­nas de mil­hares, para pas­sar o Inverno. Instalam-se nas palmeiras à beira-rio, e entregam-se aos seus incríveis rit­u­ais quo­tid­i­anos, durante alguns meses.
De manhã e ao princí­pio da tarde, não sei por onde andam. Mas antes do crepús­culo concentram-se aqui. E começam então os treinos. Porque é disso que se trata: enquanto estão num local fixo, treinam para a grande viagem sazonal de que depende a sua sobrevivência.
Separam-se em ban­dos, que voam em para­lelo, para depois se unirem numa nuvem densa e opaca a rodopiar como um manto negro no vento. Avançam em for­mação mil­i­tar, mili­met­ri­ca­mente orga­ni­za­dos por esquadrões em voo pic­ado, que de súbito dis­per­sam, e como que caem, à maneira de lágri­mas num fogo de artifí­cio. E depois fazem desen­hos no céu, e efeitos de con­junto que pare­cem não ter outro propósito que não seja provo­car intim­i­dação e deslum­bra­mento, como os jogos de mas­sas na China de Mao.
Em cer­tas manobras, é nítida a com­po­nente de espe­táculo. Há estorn­in­hos que rebo­lam desam­para­dos até pal­mos do chão, antes de se ele­varem num der­radeiro golpe de asa, como trapezis­tas que fin­gem fal­har o salto, só para gan­har um grito emo­cionado da plateia.
Sabe-se que o obje­tivo de tudo isto é ensa­iar a grande expe­dição, em que as aves, avisadas por uma alter­ação hor­monal no seu próprio organ­ismo, via­jam para outro habi­tat, usando com­plexos sis­temas de nave­g­ação que incluem os cam­pos mag­néti­cos da Terra, a linha costeira, os sis­temas hidrológi­cos e mon­tan­hosos, os maciços flo­restais ou a tem­per­atura e humi­dade das mas­sas de ar.
Mas a ver­dade é que as acroba­cias aéreas dos pequenos pás­saros podem ser assus­ta­do­ras. Há meses li que uma aldeia da Beira Alta entrou em pânico por causa de um imenso bando de estorn­in­hos que se instalou numa certa árvore da praça cen­tral. As pes­soas convenceram-se de que aquele prodí­gio lhes traria doenças, ou mesmo males do outro mundo.
Em mim, o voo dos estorn­in­hos tem um estranho efeito hip­nótico. Não me canso de o obser­var. Se o fizer durante horas, um êxtase incom­preen­sível apodera-se de mim."
O texto não é nosso, mas merece ser divulgado, transcrito de mourapaul@gmail.com
Estorninhos em Paiva - Registo de 16/08/2012, fim de tarde, junto ao Marmoiral.Foto J. M.

sábado, 11 de agosto de 2012

“Elas é que são as mães da Viagem Medieval” de Santa Maria da Feira. Para que conste, TAMBÉM NÓS !


Ana e Cristina criaram em 1996 o certame que hoje é uma referência. O JN (ver página anexa), na sua edição de terça feira de 07.08 diz que  “A VIAGEM MEDIEVAL QUE SE TRANSFORMOU NUMA DAS MAIORES REALIZAÇÕES DO GÉNERO EM TODA A EUROPA, NASCEU HÁ 16 ANOS. DUAS TÉCNICAS DO ICEP SÃO APONTADAS COMO AS AUTORAS DA IDEIA QUE COMEÇOU POR ENVOLVER 11 CONCELHOS…”.  A representação paivense esteve a cargo da ADEP que aí se fez representar com as artes de tintureiro, tecelão, ceireiro e moleiro. Os ensinamentos e trabalho da senhora "Rita Ceireira" de Sardoura, como a foto documenta, permitiram-nos, com esparto adquirido no Algarve, participar nessa 1.ª edição da Viagem Medieval de Terras Santa Maria. 
Recordamos que a nossa Câmara Municipal  apoiou diretamente o evento e a ADEP teve de arcar por sua conta e risco com os custos de tal participação! Ainda assim nem tudo foi mau  a experiência desta participação garantiu à ADEP o estatuto de mercador/fundador deste evento e pode dizer-se que aí germinou a semente da nossa Feira do Séc. XIX  cuja 1.ª edição teve lugar  em 1998.
Num tempo em que todos somos poucos para a obra imensa que o país precisa, com os poucos apoios disponíveis por quem de direito,  será este o momento para refletir sobre o retorno que aos fundadores, de um evento como este, será justo reclamar, para as suas iniciativas é claro, ao nível de intercâmbios, parcerias e troca de experiências.

“Elas é que são as mães da Viagem Medieval”. Para que conste, TAMBÉM NÓS !


sábado, 4 de agosto de 2012

Reconstruído o Cruzeiro do séc. XVII

Está em fase de apresentação, a assinalar também o 32.º aniversário da ADEP, a reconstrução efectuada no Parque das Tílias do Cruzeiro do sec. XVII, vindo de Carcavelos, freguesia de Sardoura em 2008 e que foi doado pela família de Maria Vieira Fernandes, proprietária do mesmo.
Ficará a assinalar  a proximidade a Santa Cecília, local onde foi referenciado, por Margarida Rosa Moreira de Pinho nos seus "Elementos para a História de Castelo de Paiva," o achado de um saco de moedas romanas, espólio este que é apenas um de muitos testemunhos encontrados (e alguns destruídos ...) no conjunto dos lugares de Vegide, Corvite e Santa Cecília, da freguesia de Sobrado.
Uma palavra de felicitação aos Mestres irmãos "Merru" que se esmeraram e fizeram jus ao saber e tradição dos nossos artífices pedreiros e canteiros.