quinta-feira, 31 de maio de 2018

A rua do bom ar, ou a do melhor eco" !


Também de coisas simples, triviais até, que nos foram legadas, pelos nossos antepassados, algumas que estão em desuso mas que guardamos na memória, gestos que respeitamos e/ou praticamos, conhecimentos, conselhos e avaliações que reconhecemos podem ser carreadas para a nova redenominação toponímica e antroponímica das nossas ruas, praças  e caminhos que se está a fazer no concelho. 

Tivemos o grato prazer de abrir o nosso espaço de Biblioteca “Manuel Afonso da Silva” ao jovem Luís Moreira, na qualidade de membro de movimento dedicado às causas cívicas e da cultura, onde buscou informação que resultou na proposta entregue ao Município que pretende denominar praças e caminhos do concelho ao abrigo do recente Regulamento criado para o efeito.

Aconteceu nos anos oitenta que a ADEP foi a autora de proposta que, aceite pela Comissão de então, implementou a maior redenominação que ainda hoje é conhecida e patente nas ruas e praças designadamente do casco urbano.

Passados que foram estes anos e considerando o propósito de levar a todo o território, e não apenas à sede do concelho, contributos como este, de identificação,  de conhecimento, até de reconhecimento, ganharemos todos por passarmos no dia a dia a referir, a conhecer e a dar notícia de factos, pessoas, locais, acontecimentos, profissões, produtos, valores, etc. , que nos são caros.
E são muitos os nossos rios, montes e vales, campos e minas onde viveram, trabalharam e morreram os nossos antepassados. Há imensos temas de trabalho, cá e fora para onde emigraram. Há formas de crer, de estar e comemorar que se manifestam em inúmeros eventos. Temos locais de encontro de passagem e de acolhimento.

Pinho Leal, personalidade que dispensamos apresentar aqui por já o termos feito, disse de determinado local ribeirinho de Paiva que tinha o melhor eco que algum dia conheceu...Também temos em Bairros, o melhor Vinho verde Tinto; temos o melhor rio: "A Paiva";  Paiva, é terra dos ascendentes de Santo António e berço da Língua Materna!

Agora que com esta proposta o “trambolho”, começa a ganhar forma de arte, é fácil acrescentar mais este nome, mais aquele local e/acontecimento, e quantos mais forem apresentados melhor será; em todo o caso estamos certos que a Comissão  terá a última e a melhor palavra…

Também no terreno, a traça dos edifícios mais antigos e emblemáticos, as praças, as fontes, devem ser respeitados e não deixar acontecer o que se passou com o acesso romântico (sec. XIX) da Bafareira à Meia Laranja, e outras onde se removeram lages de passeios e sinais de antigos trilhos e caminhos, como a foto documenta (por onde passava o antigo caminho vindo da Frutuária, Vegide e Camosa e Moimenta em direcção à Igreja de Sobrado).



Um voto de encorajamento ao autor pelas propostas apresentadas que na sua maioria subscrevemos.

































Martinho Rocha


domingo, 20 de maio de 2018

ADEP tem centenas de carvalhos para plantar!







Centenas de carvalhos portugueses  crescem no viveiro da ADEP, germinadas que são as bolotas recolhidas na  Quinta da Boavista, nas iniciativas levadas a efeito nos projectos “A árvore e a Floresta”, com jovens em programa de Tempos Livres, do IPDJ e sementeira organizada em que também participaram crianças do Grupo de Escuteiros de Fornos 1258 e membros do SOS Rio Paiva.

Uma iniciativa como esta serve para avaliar o quão mais valioso  seria o panorama florestal do concelho se este tipo de práticas fosse implementado pelas escolas e instituições particulares. Pela certa que haveria mais cidadania, mais conhecimento, melhor natureza, mais biodiversidade, mais qualidade de vida!


No próximo outono estaremos disponíveis para   novas parcerias para plantar estas árvores!








quarta-feira, 9 de maio de 2018

Fenómeno ou milagre da Oliveira?


Está por explicar, mas que o caso é inédito é.
Por aqueles lados de Real, não há memória de tal acontecer. Estão ainda por apanhar as azeitonas!...
O cuidador desta oliveira, e homem de outros afazeres, como todos conhecemos, orgulhoso do fenómeno deixou-se fotografar.
Num ano como o de 2017, quente e seco, esta longevidade, só pode resultar de forças ocultas, ou mezinhas, interessadas em manter o moinho de azeite a funcionar durante todo o ano!














Martinho Rocha

sábado, 5 de maio de 2018

A nossas Artes e Saberes!

Mais uma participação paivense ("Tonito do Terreiro") com os seus belos e possantes bois arouqueses, na procissão da Senhora dos Remédios, em terras da antiga Diocese! Pela sétima vez, em Lamego, mais que sete já na Feira do século XIX / ADEP - Parque das Tílias, em Penafiel, e outras. Temos defendido junto da Autarquia que as nossas Artes e Saberes deveriam ter apoio fora de portas, porque também a terra sai prestigiada e representações com esta dignidade, além de incentivarem a atividade, confortam-nos a alma!


https://www.facebook.com/adep.adeppaiva.58

O que publicamos em Maio de 2018
EM PAIVA, ARTES E SABERES DOS NOSSOS PAIS E AVÓS QUE APOIO  ?






Alguns eventos como são por exemplo a Feira Rural realizada por estes dias em Arcozelo, Vila Nova de Gaia deveriam ser uma janela de oportunidade para a divulgação do trabalho dos nossos artesãos e associações e forma de proporcionar intercâmbios quer com os nossos muitos paivenses “emigrados”, quer com todos os visitantes e simpatizantes destas artes.
Temos vindo a dizê-lo de há anos a esta parte. O Município deveria ter um verdadeiro plano de apoio a esta actividade, que proporcionaria a representação e criaria dinâmica de trabalho, e até de algum retorno sócio-económico. Há um conjunto de outros eventos semelhantes na região (em Felgueiras, Paranhos, O. Azeméis, etc.), para os quais somos habitualmente convidados e em que não participamos por razões óbvias…
Hoje, por exemplo, dia de Feira em Sobrado, testemunhamos alí a  presença de uma  artesã – por sua conta e risco – presença aliás habitual, mas quanto mais valiosa e proveitosa não seria, num dia como o de hoje, participar no evento de Arcozelo, alargar os horizontes, conviver com os seus pares, conversar e conhecer conterrâneos, vizinhos e essencialmente gente que ama e lida com os mesmos afazeres? É a nossa opinião.
A Feira do século XIX, no Parque das Tílias, e um pouco de que se vai fazendo já pelas freguesias, a propósito do vinho, são eventos que estão cada vez mais a incentivar e a despertar artes e saberes “adormecidos”. Há muitas pessoas que nos anos 50 e 60 aprenderam artes braçais e manuais nobres que entretanto deixaram, fruto do progresso tecnológico do país, e que podem voltar, para exercer e/ou transmitir aos jovens, assim haja algum apoio nesse sentido. Fazer pão, trabalhar o linho, carpintaria, tamancaria,  tanoaria, serração, ferraria, tecelagem, sapataria, alfaiataria, latoaria, são alguns exemplos.
Estes momentos, como o de Arcozelo, onde a Federação do Folclore Português organiza, nos dias de hoje e amanhã, grande evento de louvor à cultura etnográfica e folclore, onde encontramos a representação e a razão de ser do muito que ainda somos, não terá presente qualquer grupo, seu federado, de Paiva, o que é pena, porque era uma janela de oportunidade para ajudar a dinamizar sinergias e dar formação para projectos como os que precisamos de desenvolver se queremos amanhã ser um destino cultural e turístico com valia e credibilidade.
Fica a reflexão à consideração de quem de direito…


















Martinho Rocha

terça-feira, 1 de maio de 2018

Ler à segunda feira de manhã, é na ADEP!

Ler à segunda feira de manhã, é na ADEP!


Graças à disponibilidade demonstrada pelo nosso amigo Fernando Damas o espaço Biblioteca da ADEP "Manuel Afonso da Silva" vai voltar a estar aberto.

Fica por conta dos nossos associados, amigos e população em geral dar-lhe o merecido uso, "gratificar"  assim este contributo voluntário que é jus realçar!
E se outros dias ou momentos forem os preferidos, também temos estado disponíveis. Paralelamente continuamos a convidar voluntários para guias, vigilantes, animadores, fazedores de iniciativas, seja para o parque seja para outras valências da nossa actividade!
               
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O texto que se segue dava nota em 08-06-2008, dos esforços de Domingos Quintas Moreira para manter aberto e minimamente organizado o nosso espaço de Biblioteca, colaboração que veio a prestar meritória e desinteressadamente -não fosse o seu amor aos livros e a dedicação à ADEP, enquanto a saúde lho permitiu. Neste momento é justo e oportuno agradecer o exemplo dado: obrigado Domingos Quintas!


Biblioteca MANUEL AFONSO DA SILVA

Assim passará a designar-se o espaço de Biblioteca da ADEP, que reune inumera documentação histórico-arqueológica e etnográfica da região, além de todos os números dos diversos jornais regionais, alguns deles, encadernados e oferecidos por Manuel Afonso da Silva. De referir títulos actuais, que nos continuam a ser disponibilizados como o TVS e o Miradouro e antigos como o Terras de Paiva, O Pejão, O Defensor e a Gazeta de Paiva (cujo 1.º número data de 1894 !)
No mesmo espaço vai passar a estar uma antiga máquina de impressão dos primeiros números do Miradouro, também ela oferecida por Manuel Afonso da Silva e que tem vindo a ser utilizada para demonstração pelo seu funcionário e nosso associado João Vieira.
Com este gesto de homenagem a ADEP pretende reconhecer publicamente o contributo deste seu associado cuja vida profissional esteve sempre ligada à escrita como forma de proporcionar a notícia das preocupações e dos anseios das populações.
Este espaço que vai voltar a estar disponivel para consulta, graças à disponibilidade de Domingos Quintas Moreira, contém ainda imensa documentação temática como o Foral de Paiva, A Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, obras e textos de autores que nos são próximos como, Barão de Castelo de Paiva, Caetano de Oliveira, Guido Monterey, Inácio Pignattelli, João Salema, José Adriano Freitas Carvalho, Lixa Filgueiras, Papiniano Carlos, etc. , etc.. reunidas por nós ao longo dos anos.
Não comparamos este nosso espaço com as bibliotecas de Mafra, Joanina de Coimbra, ou de Alexandria, mas ainda assim considerámo-lo dotado de muita informação que não existe noutros espaços. Um local onde podem encontrar-se pérolas do nosso jornalismo regional, sempre actuais, como: "GATUNOS - Ultimamente os gatunos tem feito limpeza às capoeiras. Não se poderá saber quem gosta de comer frangãos e gallinhas à custa alheia ? " - in "A Gazeta de Paiva" de Outubro de 1894.