quarta-feira, 29 de maio de 2013

Publicações de Arqueologia!

Apresentamos hoje duas brochuras da área da arqueologia, uma delas editada recentemente e que estão à disposição do público por um preço simbólico. Podemos dizer que nos orgulhamos por apresentar trabalho feito!Reportam-se a dois importantes trabalhos, de escavação no primeiro caso,  e de investigação epigráfica no segundo, levados a cabo nas duas freguesias marginais ao rio Sardoura por duas ilustres personalidades que trabalharam em colaboração com a ADEP. "A Necrópole Romana de Valbeirô (Sardoura, Castelo de Paiva)" é da autoria de Lino A. Tavares Dias - arqueólogo responsável pela área arqueológica do Freixo, Marco de Canaveses e a "Ara Laribvs Ceceaicis em Castelo de Paiva" (Vila Verde, São Martinho), esta com publicação digital no Ficheiro Epigráfico da Universidade de Coimbra e em papel a integrar o logotipo dos 500 anos do foral, deve-se muito especialmente ao Professor da UC José d'Encarnação

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sábado, 25 de maio de 2013

Folha de serviço, na Arqueologia!

Hoje 18 de Abril de 2018 que registamos mais alguns valores inéditos e valiosos do ponto de vista histório-ambiental (penedos com formas zoomórficas e antropomórficas), lembramos o que já temos, temos dito, e pouco valorizamos!






Do período romano detectamos minas em Pedorido e Real, necrópoles (antigos cemitérios onde se depositavam as cinzas) em Real, Sardoura e Sobrado. Foi descoberta uma ara votiva (pagã) em São Martinho. Muitos monumentos megalíticos (mamoas) em Bairros, Paraíso, Raiva, Real e Sardoura a maior parte totalmente desconhecidos. Inventariamos vestígios da idade média  em Fornos (Ilha dos Amores e sepultura no Crosso)  e São Martinho  (cabeceira de sepultura) .
Efectuaram-se escavações em alguns locais, classificaram-se monumentos. Fotografou-se e divulgou-se um património desconhecido.
Nalguns casos apenas demos a notícia do achamento e pedimos proteção adequada. Graças à nossa dedicação gerou-se um intercâmbio promissor com escolas, universidades e investigadores. Foi pedida a classificação de alguns monumentos (Edificio da Cadeia, Casa e Quinta da Boavista, Portal da Serrada, Portão do Adro Real, etc.). Com o especial apoio de particulares foi possível intervir e criar zonas de protecção a dois monumentos (Marmoiral e Mamoa 1 de Carvalho Mau). Publicaram-se estudos e relatórios dos trabalhos (Levantamento Arqueológico de Castelo de Paiva, Necrópole de Valbeirô, Sardoura e Ara de Vila Verde).
De 1980 a 2013 foi imensa a actividade na área da arqueologia. Nem sempre reconhecido esse trabalho e mal apoiado muito do conhecimento adquirido corre riscos de se perder. Não temos ainda um museu. O  concelho valoriza muito pouco as nossas referências do passado que atestam uma ocupação plena e permanente do nosso território.
Há com certeza muitos segredos por revelar!












em 25 de Maio de 2013
Martinho Rocha

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Os nossos autarcas ao desenharem o novo Plano Director pensaram nos ensinamentos do Mestre ?

No dia em que falece Gonçalo Ribeiro Teles - o pai de um verdadeiro projecto nacional para uma cidadania ambiental - e a classe politica lhe rende homenagem ao decretar um dia de luto nacional - , talvez fosse o momento de passar das palavras aos atos. E nesse capítulo perguntamos: - será que os nossos autarcas e técnicos ao desenharem o novo Plano Director pensaram nos ensinamentos do Mestre e adoptaram as suas
propostas ? Ontem manifestamos o nosso desencanto quanto à Alteração do Plano de Urbanização. O que se poderá esperar do novo Plano Director ?
ADEP e Grupo Desportivo de Castelo de Paiva apresentaram reclamação conjunta no âmbito da Discussão Pública da proposta de alteração do Plano de Urbanização da Vila de Castelo de Paiva.
Estas duas associações tornaram público o seu desencanto pelo facto da actual gestão autárquica também não ter sido sensível aos seus anseios e projetos e nada ter feito para reverter a classificação dos terrenos da Frutuária que em 1993 já eram classificados de RAN (Reserva Agrícola Nacional). Assim vai-se emparedar o Parque das Tílias e proporcionar a urbanização massiva, daquela área, correndo-se o risco de se inviabilizar  desta forma a futura construção naquele local de um verdadeiro Parque da Cidade.
O modelo de infraestrura que tem vindo a ser defendido por ambas as associações é um espaço completo do ponto de vista ambiental, rico em fauna e flora, com espaços  amplos  para a prática de várias modalidades de desporto e recreio, trilhos para percursos diversos, onde pontifiquem algumas quintas, hortas e viveiros e que proporcione espaços e ambiente de repouso e lazer, podendo o conjunto beneficiar da proximidade dos edifícios da Frutuária e Parque das Tílias e no futuro até da extensão ao Rio Sardoura e Quinta da Boavista.
Martinho Rocha

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Valbeirô: As primeiras escavações arqueológicas!

Na nossa resenha pela memória  dos trabalhos e tarefas realizados recordamos hoje uma das primeiras iniciativas na área da Arqueologia. Outubro de 1981. O Terras do Paiva dá notícia dos trabalhos desenvolvidos na necrópole romana de Valbeirô - Sardoura, pela Associação Estudo e Defesa do Património (que só mais tarde adopta a sigla ADEP), sob a orientação do Arqueólogo Lino Augusto Tavares Dias. Para que conste a contabilidade registou que a despesa com tratamento/restauro de peças foi dispendida a verba de 11.000$00!

domingo, 12 de maio de 2013

Tentativa para mudar a viagem dos barcos, entre a Praia do Castelo e o Porto...

foto foto António S. Pereira. "Tentativa para mudar a viagem dos barcos, entre a praia do Castelo e o Porto, de domingo para segunda", é mais um texto publicado a propósito dos 25 anos da ADEP no jornal TVS (está na página anexa - na entrada: construiu-se o rabelo) que é uma reflexão sobre o nosso imenso potencial de memória que não tem sido devidamente aproveitado e que nos transporta para as preocupações da Igreja, face ao "mau costume" laboral instalado, na década de 30 do séc. passado.
De sublinhar que nesta iniciativa esteve o empenho do carismático Padre de Fornos, José S. Correia de Noronha, de que já falamos a propósito da construção do Cruzeiro existente na Praça da Indepência (*).



(*) segundo o texto de João Bernardo Galvão Teles in Contributos para o Futuro Arquivo de Arouca) o Padre José Soares Correia de Noronha, é natural de Alvarenga - Arouca,  da Casa da Chieira.
Foi durante muitos anos abade de Fornos, no concelho de Castelo de Paiva, e - a exemplo do que muitas vezes sucedia nesses tempos - andou nos meandros da política: em 1933 foi integrado como vogal na Comissão Concelhia de Castelo de Paiva da União Nacional, em 1937 foi nomeado presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal e do Conselho Municipal de Castelo de Paiva. Em 1940, foi um dos secretários da sessão de inauguração do Cruzeiro da Independência, também em Castelo de Paiva.
Ainda em plena II Grande Guerra, corria o ano de 1942, foi nomeado para integrar a Comissão Reguladora do Milho em Castelo de Paiva e, no mesmo ano, foi nomeado vogal do Grémio da Lavoura da mesma localidade.
Em 1950, prestou-se sentida homenagem ao padre José Soares Correia de Noronha, pelas suas bodas de ouro sacerdotais e pelas bodas de prata como pároco de Fornos.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Carvalho Mau - Paraíso: 5000 anos de história aguardam Roteiro !



O principal está feito e deve-se à ADEP. A iniciativa, o desenho, a intervenção a limpeza e o suporte informativo deram este resultado. E tudo correu bem mais depressa que a colocação da sinalética de rua e da definição de quem vai assegurar no futuro a limpeza e manutenção.

Até aqui conseguimos a colaboração de diversas instituições públicas e privadas, mas falta agora ver incluído o monumento e uma parte significativa da nossa história num roteiro que o valorize e que  divulgue o nosso património histórico-cultural.

Refira-se que da primeira noticia da intervenção de emergência em 1989 o Arqueólogo Eduardo Jorge Lopes da Silva, investigador da Universidade Portucalense, informa que foi recolhida grande quantidade de materiais, que foram registados, entre os quais várias dezenas de fragmentos cerâmicos com grande variedade de tipos decorativos e uma forma inteira, integralmente decorada, duas pontas de seta em sílex e uma espiral metálica, presumivelmente de prata, bastante bem conservada, materiais que que como muitos outros temos defendido que deveriam regressar ao concelho, este que também tarda em assegurar condições mínimas dignas de musealização.



quinta-feira, 2 de maio de 2013

Ara romana publicada!

A Ara romana (do sec. I d. C.) descoberta em Vila Verde em 2007,  foi descodificada pelo Investigador José D'Encarnação da Universidade de Coimbra e já integra o Ficheiro epigráfico (suplemento da revista Conimbriga) destinado a divulgar inscrições romanas inéditas de toda a Península Ibérica.
A descoberta e divulgação de mais este testemunho, dos mais antigos e estudados, da era romana no concelho fica a dever-se ao trabalho e persistência da ADEP.