Foto de Fernando Branco postada por Luis Ferreira
https://www.tsf.pt/programa/sinais/e-pos-se-como-uma-tola-a-bailar-12091860.html
Estimado amigo,
Se gostas da tua terra, da tua
família, dos teus amigos, dos teus vizinhos; se procuras manter o teu posto de
trabalho, se gosta da vida, procura debruçar-te sobre aquilo que te vai na
alma, neste momento e neste mundo em que vivemos, neste planeta “terra” que é
único!
É um planeta belo, constituído
por um todo maravilhoso: os mares e oceanos, as terras com seus campos e
florestas e o firmamento onde perscrutamos outros planetas e estrelas cintilantes,
numa galáxia onde o sol é rei!
É um planeta encantador, mas
simultaneamente enganador, já que a Mãe-Natureza, se não for bem tratada, pode
dispor de potentes armas naturais para se defender. Veja-se o rol de
acontecimentos, de fenómenos naturais, que a toda a hora atingem todos os
continentes sem excepção: tempestades, tufões, tornados, tsunamis, ciclones, inundações, erupções vulcânicas, grandes
incêndios e pandemias de toda a espécie.
Nesta era em que vivemos, neste
ano vinte-vinte, 2020, um micro-organismo viral, pôs-nos, a todos,
encurralados, afastados uns dos outros. Nada de grupos, de ajuntamentos. Todos
de máscara! O mundo num ápice ficou todo mascarado.
Mas parece ter surgido uma causa
positiva: a poluição baixou e até respiramos melhor e sentimo-nos mais
saudáveis, o que parece um contrassenso quando morrem tantas pessoas.
A nossa quarentena, o
confinamento em determinado espaço, é a prova provada de que a Mãe-Natureza
sabe defender-se. Afinal basta um simples vírus, para fazer desmobilizar literal
e universalmente toda a espécie humana.
As cidades tornaram-se autênticos
fantasmas onde não pulula vivalma! Nelas já penetram animais e plantas
selvagens!
De facto, a qualquer momento, o
percurso da história pode mudar o nosso sonho ou fantasia, com uma pandemia
como a do Coronavírus Covid-19.
Ninguém está protegido, tudo nos
parece surreal, e, na verdade, as nossas vidas só valem enquanto sonhamos que
vivemos.
Para quem já atravessou o deserto
causado com a crise provocada pela segunda guerra mundial, no século XX, vivida
pelo autor destas linhas, não estranhará o crivo de implicações, ou
perturbações e incómodos, dificuldades que surgirão a breve prazo, afetando
todos a nível planetário. Muitos de nós nem sequer sonham como irão ser
afetados, mas teremos que nos preparar mental e psicologicamente para esses
efeitos e dificuldades que nos esperam.
Crises como esta levam-nos a
tomar consciência de que teremos de seguir, doravante, rumos diferentes.
Temos que preparar as nossas
próprias defesas, para nos protegermos dos malefícios com que a Mãe-Natureza
nos pode confrontar. Defender o planeta é defender a nossa própria vida.
Defender o planeta é defender a
qualidade do ar, a qualidade da água, proteger a floresta e os animais.
Nem sequer imaginamos quantos “cotonetes”
são lançados, indiscriminadamente, num qualquer circuito dos esgotos urbanos,
que acabam por ser engolidos por animais marinhos; quantos pneus e sacos de
plástico são deixados ao acaso, em qualquer sítio, ou mesmo queimados numa
fogueira, acabando por contaminar as camadas superiores da atmosfera terrestre.
Não podemos continuar com o
mister de garimpeiros, procurando o ouro onde ele já não existe. Para tornarmos
o nosso planeta são teremos que o desinfetar, dar-lhe a cura de que precisa,
porque a nossa “terra” está muito doente, atacada por seres pouco humanos e por
vírus violentos, perigosos e mortais.
Estimado amigo, faz tudo o que
fizeres para te sentires bem, mas, faz, estimando a nossa “Terra”, o nosso
planeta terrestre.