História. Poesia. Foral: I - Vilar de Nojões; II - À procura de mim. A poesia na comemoração do Foral de Paiva. Poema de Mário Gonçalves Pereira. e Poemas de autor anónimo, oferecidos à ADEP: "Rio Paiva" e "Marmoiral".O Pelourinho; III - Concelho ou Honra da Raiva (Factos ignorados...) ?


À procura de mim
   (origens da terra onde nasci)

Corri aldeias, andei, fui por aí além
E vim
À procura de mim
E origens de mais alguém,
Mas encontrei-me perdido,
Despido
De ideias e da memória,
Sem glória,
Enfim!

Voltei por um outro caminho
Mais estreito e mais maninho
E que descobri ?
Um mundo novo,
Criação de um povo
Gentio, que reconheci
Em mim!

Gentes da minha terra,
Da beira rio e da serra,
Do tempo de outrora, de meus avós,
Dos filhos e dos netos, como eu,
Povo que somos todos nós
Tal qual Deus o deu!

Gentes da terra de Paiva
Que me fizeram o berço na Raiva!
Perto do Arda,  em  Oliveira,
Com cais nas Fontaínhas,
Ponto de encontro e  de passagem,
Onde não se pagava portagem!

Gentes que me embalaram,
Que me criaram,
Que me deram o ser e saber
Que me deram força e poder
Poder para reconhecer

Que todo o trabalho vale a pena,
Quando se vai às origens procurar e  explorar,
Recolher, proteger e registar
Elementos que se deseja fiquem a prevalecer,
Na terra de Paiva, por vontade plena,
Nesta comunidade que, em Vilar, de Real,
Em Maio de 1517 recebeu, de El-Rei D. Manuel I, o foral
Concedido no dia primeiro de Dezembro de 1513
Perfazendo cinco séculos em 2013 !

Castelo de Paiva, 02 de Dezembro de 2012
Mário Gonçalves Pereira







PS:  O foral  foi atribuído à terra de Paiva em 01 de Dezembro de 1513, e entregue em Vilar,  Nojões,  freguesia de Real, (onde vivia o responsável pela recolha de foros respeitantes à coroa real), em 06 de Maio de 1517.









Trabalho de Domingos Quintas Moreira, em 2007
Foto, a incluir, do Pelourinho da Raiva, de Martinho Rocha



Poemas de autor anónimo oferecidos à ADEP

Poema Rio Paiva

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkjuNT-6Hq1WxUtFJGJqgIhX3RPFu48d0PGzQcBBQk4pdNwn48vmK5NtR8B3-HE3beOEvUVwuGsLsROr9DDYDYkC36LFFM7chMPNMCDTKZedKnt5WntOcodlmddiBLRJKwRKvJ_eaq8iY/s320/Sem+T%25C3%25ADtulo.png


Rio de água brava
Artífice em medos,
Ninguém te trava
Por entre penedos.

Águas revoltas
Brotam brancura,
Enroladas voltas
O Douro segura.

Paiva é aventura
Em vale natural,
Vida de ternura
Ambiente rural.

Vertente estreita
Límpido o leito,
Sol alto espreita
Brilhante efeito.

Verdes encostas
Atraente beleza,
Fragas expostas
Idílica natureza.

28/04/2008
ADN º_º





Poema MARMOIRAL
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggvQhd8K0lSYV0Z4GNV14wLRSYsSm6CYyB7HsDKANp_ecRo7bVaguiW0wjlJNH87biRazTklueiqQPE5cJDJ8KzlWmqrpzQL9fp-ZFgwFJx10w0YUpNKcmM3jHxgd3-lQ-DcHafiTCizc/s320/Sem+T%25C3%25ADtulo.png

Ilustre nobre guerreiro
Defensor deste cantão,
Leal e afoito cavaleiro
Valente devoto cristão.

Bravo lidador apeado
Deslumbrante a lutar,
Arrebatador e ousado
Glorioso a conquistar.

Misterioso e lendário
Combatente da nação,
Aventureiro temerário
Está no nosso coração.

Granítico monumento
Da primeira dinastia,
A arma do juramento
Espada que combatia.

Imponente estandarte
Por Paiva triunfante,
Consolidado baluarte
Na memória distante.

25/10/2009
ADN º_º



Sem comentários: