sábado, 19 de dezembro de 2015

Feliz Natal e Bom Ano Novo !


Nesta quadra festiva a Direcção da ADEP deseja a todos os seus associados, colaboradores, patrocinadores e amigos um Feliz Natal e um Bom Ano Novo!




Nunca é demais sublinhar a nossa permanente abertura a novas adesões que se materializem em ideias e projectos, trabalho e/ou apoio às nossas causas.
Na página anexa Relatório das actividades vai encontrar a proposta para inscrição de sócio e autorização para transferência bancária.
Se já é “um dos nossos” ainda assim pode contribuir:
- Actualize a sua quota;
- Proponha um novo associado;
- Disponibilize-se com trabalho voluntário;
- Envie-nos o seu email, para que o possamos convidar para as iniciativas…


seja ADEPto !

sábado, 12 de dezembro de 2015

O Volfrâmio

O Volfrâmio
Contributos Para O Futuro Arquivo De Arouca
Mina da Fiveda (Gola) – Alvarenga.
A exploração do volfrâmio em Arouca teve três importantes “Campos mineiros”, Rio de Frades-Cabreiros, Regoufe-Covêlo de Paivó e Alvarenga. De entre estes, Alvarenga tem várias especificidades que importa recordar. Foi em Alvarenga que se concessionaram as primeiras explorações oficiais do concelho. Em 1911 o engenheiro civil António Ferreira da Silva Barros natural de S. Mamede de Infesta e residente no Porto obteve no mesmo dia, as concessões da “Chieira” e “Fiveda”. Relendo os registos camarários de manifestos e novas descobertas, comprova-se o seu interesse pelo minério de Alvarenga desde 1909. Gostaria de ter obtido mais elementos sobre este engenheiro, principalmente por ter sido o pioneiro a obter uma concessão estatal em Arouca. Se em outras localidades, foram maioritariamente estrangeiros a arrancar com as explorações, em Alvarenga, foram portugueses. Das catorze concessões que existiram em Alvarenga a mina da “Fiveda” ou (Gola) é sem qualquer dúvida a mais importante de todas. Foi nesta mina que se extraiu maior quantidade de minério, foi ainda aqui que trabalharam maior número de mineiros e se implementaram as tecnologias mais avançadas de exploração para a época. Sobre o seu primeiro apogeu, que coincidiu com a primeira «Guerra Mundial», muito poucos elementos existem, provavelmente continuaria como proprietário o engenheiro Barros. A este período áureo, sucedeu alguma estagnação na atividade mineira, só seria verdadeiramente superada em finais dos anos trinta com os primeiros sinais da segunda «Guerra Mundial». Neste novo arranque em força na mina da “Fiveda”, aparece como seu novo proprietário, José Cândido Dias no ano de 1938. Também não é natural de Alvarenga, mas sim de Moncorvo e residente no Porto. Sobre este «Senhor» do volfrâmio como foi apelidado, possuía interesses em outras explorações no nosso concelho. Monte de Anacleto Soares e Vau em Canelas, Chãs em Cabreiros, Monte da Prova em Covêlo de Paivó. Detinha ainda uma cota de relevo no capital social da “Empresa Mineira de Sabrosa, Lda.”, uma das mais importantes no país, dominada pelo alemão Kurt Dithmer (Lage, 2002). Possivelmente neste período de disputa acérrima do volfrâmio entre ingleses e alemães seria aliado dos últimos. Contra o que seria de esperar, Cândido Dias, sede parcialmente a mina da “Fiveda” em 1941 a Alexandre Ferreira Barros, no ano seguinte, vende-lhe a sua totalidade (Silva, 2011). Sobre Alexandre Barros, recolhemos algumas informações orais. Efetivamente era filho do primeiro explorador da mina e terá sido o último a abandonar a exploração. Comerciante de grandes posses na cidade do Porto mantinha escritório permanente na Rua 31 de Janeiro, sendo um apaixonado pela numismática. Apesar da mina da “Fiveda” possuir uma separadora própria, Alexandre Barros teria forte participação numa outra sociedade «Barros & Chaves, Lda.» que detinha a concessão “Chieira”, assim como uma separadora no Padrão da Légua nos arredores do Porto. Nesta separadora tratariam minério proveniente de outras minas suas, mas também o minério de outros intermediários, muito dele proveniente de explorações familiares clandestinas.
Esta notícia sobre a mina da “Fiveda” foi motivada, mais uma vez, pelo aparecimento de uma fotografia inédita, em que estão presentes os mineiros junto das instalações, que se situavam mesmo à boca da mina. Esta fotografia, pertence a Fernando Ferreira natural de Alvarenga, deixou-lha o seu pai, Antero Mendes Ferreira (mineiro), integrado também no grupo. Uma imagem tão rara como esta proporciona vários comentários logo à partida, estão presentes cerca de sessenta e três pessoas. Atendendo a que nestas minas mais importantes em épocas altas se trabalhava em regime de turno é muito provável não esterem presentes todos os funcionários. Por outro lado, verifica-se a presença de cerca de quarenta e cinco homens, treze mulheres e cinco rapazes. Os homens estariam mais ligados aos diversificados trabalhos no interior da mina, assim como ao transporte dos produtos extraídos. As mulheres, maioritariamente jovens, ocupavam-se da britagem e separação dos minérios. Os rapazes eram denominados “Pinches”, transportavam essencialmente as ferramentas de desgaste usadas no interior da mina pelos mineiros, depois de afiadas na forja. Outro pormenor importante é a presença de vários bidons de combustível, destinado às máquinas que em grande número trabalhavam nesta mina (geradores, lavaria, separadora, compressor para acionar os martelos pneumáticos, etc.). A mina da “Fiveda” como outras em Alvarenga tinha um grave condicionante, os filões afundavam no maciço obrigando as explorações a seguirem a sua inclinação até grandes profundidades. Obrigatoriamente era necessário bombar continuamente a água que aí juntava.
Vista e revista esta imagem, faria todo o sentido procurar um depoimento de alguém ainda vivo presente na fotografia, para identificar outras pessoas e poder datar o momento. Não foi difícil, porque realmente ainda existem várias pessoas vivas. Esta fotografia foi tirada entre 1950/52, precisamente na terceira corrida ao minério, que coincidiu com a «Guerra da Coreia». Encontrei no Lugar dos Carreiros a Sra. Donzilia da Silva Vasconcelos (81 anos), dessa demorada conversa apenas farei uma breve resenha: «…Estou aqui. Não me recordo de tirarem essa fotografia. Reconheço o meu pai Jerónimo Vasconcelos, José da Tapada, Luís Valtarejo, o “Correntes” ainda vivo, assim como o Manuel Ramos, Serafim de Louredo, Celestino Ramos, Lionide, Otília de Vila Galêga, e muitos outros de fora de Alvarenga. Fui trabalhar com 13 anos para a mina da “Espinheira”, essa mina ficava um pouco mais acima da “Companhia” (nome atribuído normalmente às minas mais importantes), aonde trabalhavam o meu avô e os meus pais. O meu trabalho na “Espinheira” era: de manhã fazia um caldo para os mineiros almoçarem ao meio dia. De tarde, ainda ia britar e lavar minério, ganhava nove escudos por dia. Mais tarde, o meu pai pediu ao encarregado geral de então o Sr. Tomé, para eu ir trabalhar para a “Companhia”, aonde trabalhei até aos vinte anos, idade com que me casei, deixando a mina em definitivo. Trabalhava-mos de dia, mas a mina trabalhava também de noite, nós tínhamos que separar no nosso turno todo o material extraído, por vezes trabalhava-mos mais horas para completar certos carregamentos. Durante esse período, desempenhei várias funções atribuídas normalmente às mulheres, andei na escolha, britagem, lavaria, bucha e na caleira de balança. O que mais me impressionava era a situação dos homens, saiam da mina como “Moleiros”, até se tornava difícil reconhece-los. Era o maldito pó produzido pelos martelos de furar, levou bem cedo muitos dos presentes nesta fotografia. Recordo-me do seguinte truque, o capataz era informado com antecedência das fiscalizações e mandava molhar as instalações e as minas para esconder o pó acumulado…».
As pessoas que conviveram com os trabalhos mineiros estão presentemente com idades avançadas, falei ainda com o Sr. Fernando Soares da Silva, (92 anos), mais conhecido por Fernando Pinto. Por um curto período, foi capataz da “Companhia”. Seguiu as pisadas de seu pai Manuel Pinto da Silva que desde os inícios da epopeia, sempre comercializou e explorou minério: «… Com a idade de vinte anos em 1941, já comprava e vendia minério. Um ano depois, fui também protagonista na chamada “Revolução” de Alvarenga. Não tinha qualquer minério naquele negócio trágico, desconfiava do mesmo. Fui arrastado como muitos pelos laços familiares. Assisti a tudo, sendo avisado de noite para fugir, porque no outro dia estaria cá o exercito para prender toda a gente. Fugi para o Lugar da Cabranca, depois para Tendais, aonde estive refugiado vários meses. Por fim, estive oito dias preso, porque decidi estar presente no julgamento coletivo, sendo absolvido. Continuei a viver do minério, tanto em sociedade com o meu pai e irmãos, como fui também capataz em várias minas. Sobre a mina da “Fíveda” tenho uma história curiosa para contar. Em 1956 o minério andava em baixa, e sai-me a lotaria, (500 contos), uma pequena fortuna na altura. Logo é espalhada a notícia e passado uns dias o Sr. Alexandre Barros e o seu encarregado geral Sr. Tomé, vêm bater-me na porta. Em primeiro, pedem-me emprestado (150 contos) e convidam-me para ir trabalhar como capataz da mina. Aceitei, a mina estava com dificuldades financeiras, já não pagavam ao pessoal fazia três meses. Nessa altura, como era habitual, o capataz para além do ordenado mensal, podia ter uma percentagem na produção. Oferecem-me 3% do valor do minério, caso a produção chegue às três toneladas mensais, e 5% caso chegasse às cinco toneladas. Apenas trabalhei lá seis meses e a produção foi de sessenta toneladas. A minha presença e o aumento da produção causaram inveja ao encarregado Tomé. Foi queixar-se ao Barros de que eu iria ganhar mais do que ele, não gostei dos argumentos usados, despedi-me, no entanto continuei a ter boas relações e negócios com o Alexandre Barros. Ao ponto de ele um dia me ter confidenciado com bastante mágoa o seguinte: Ó Pinto ando desanimado o meu filho disse-me, você e o Tomé, são os maiores assassinos de Alvarenga… A mina da “Gola” terá encerrado em definitivo nos princípios dos anos sessenta…»
Texto: Manuel Valério de Figueiredo.
Fotografia: Fernando Ferreira.

domingo, 6 de dezembro de 2015

E a nossa torre medieval – na Casa da Torre de Vegide-, vamos restaurá-la ?


Casa da Torre de Vegide (foto e anotações e comentários do nosso saudoso associado e benemérito Luís Lousada Soares)

Por toda região, e território, de Arouca, Lousada, Penafiel, Cinfães, Resende,  e também em Castelo de Paiva, em todas elas, existe ou existiu uma Torre Medieval, símbolo de afirmação senhorial, mas que teve sem dúvida um forte papel defensivo e de afirmação na formação da nacionalidade.
Há uma névoa de história que se mistura e embrenha com o mistério e lendas associadas a estas torres . A nossa imaginação perde-se no rendilhado – qual  filigrana – dos feitos, memórias, símbolos e vivências que  divisamos na sucessão de acontecimentos ora pacíficos ora belicosos  da vida  destes nossos antepassados, nesta região – coração da nossa nacionalidade.
E desde essa época estes territórios estão também povoados  de estórias, lendas e também sinais  e documentos que atestam a presença e  passagem de insignes e bravas figuras, estas que à força de espada e alguma crença, ou por conta do ideal cristão, abriram caminho a esta Nação.
Assim e para referir apenas os mais sonantes, e da ala das armas, é imperioso referir  Afonso Henriques, Egas Moniz, com vivências nos concelho vizinhos de Cinfães e Resende; Martim Moniz, que vem a morrer esmagado pela porta na tomada do Castelo de Lisboa, Álvares Pereira, que por cá, foi senhor de alargadas terras; Giraldo Giraldes, etc.
Deste  Giraldo Giraldes, ainda hoje figura incontornável e lembrado em Évora, na sua praça principal, cognominado “O sem pavor”, se diz que tudo começou no plano que engendrou que, para obter a confiança do alcaide de Évora, se firmava na afinal falsa inimizade com D. Afonso Henriques e, a quem, dizia se propunha exterminar  –, tendo o Mouro acreditado na história e promessa, recebido Giraldo nos seus aposentos dando-lhe  tempo para estudar a topografia e defesa do Castelo. O documento que transcreve a história da tomada do Castelo de Évora e o feito de Giraldo faz parte o arquivo nacional catalogado com o n.º 183 de 10 de Julho de 1935 e dele existe  cópia nos arquivos da Câmara de Cinfães. De Giraldo se diz que foi o fundador  da Torre da Chã, de Ferreiros de Tendais, torre que foi ingloriamente desmontada e aproveitadas as suas pedras para alguma construção “mais rentável”.  História triste esta do abandono, desleixo e saque a que vimos assistindo, impunemente, e um pouco por todo o lado, que nos faz lembrar o que vimos assistindo nas Pias dos Mouros, Mamoa de Carvalho Mau, Gondim e Serrada e Casa da Torre de Vegide, para não falar da Anta do Vale da Rua, Penedo do Cão ou Gruta Del´Rei Garcia e uns tantos outros locais e construções bem distintos e mais recentes.



Vamos deixar aqui uma pequena recolha de alguns destes monumentos para creditar o valor e enquadramento do nosso concelho nestas andanças e história da nossa fundação, apelando e procurando sensibilizar pelo muito que há a fazer no que ainda nos resta destas pedras, tão amiudadamente mal tratadas como temos referido. 

Honra de Barbosa, Rans, Penafiel





A atual torre de Barbosa poderá esconder um dos mais antigos testemunhos de arquitetura militar medieval de Portugal.
A torre é uma estrutura de planta quadrangular, de dois andares marcados por vãos abertos nos alçados, e encimada por uma linha de ameias a toda a sua volta, dividida em dois pisos e rematada por merlões manuelinos. No piso superior da torre destaca-se uma janela de lintel manuelino, sobre a qual existe um pequeno cordão que circunda o edifício e de onde sobressaem quatro gárgulas em forma de canhão.O “aparato denso dos muros”, que aparecem aqui “desprovidos de aberturas”, confere-lhe um aspecto mais arcaico que aquele que seria de supor numa construção do século XV, embora esta seja uma convicção com base em analogias estilísticas, não se alicerçando em datações absolutas. No reinado de D. Manuel, a torre foi objecto de uma modernização, cujo alcance é ainda mal conhecido. As janelas do piso superior foram  modificadas, para albergar um arco polilobado abatido de perfil manuelino. Dessa campanha, deverão datar também as ameias chanfradas que rodeiam o edifício e as gárgulas de canhão dispostas
nos seus ângulos, aspectos que “denunciam a sensibilidade da época manuelina”.


A tradição tem apontado no entanto o ano de 866 como o da construção de uma primitiva estrutura militar neste local, na sequência da doação do lugar de Bordalo, feita por Afonso III das Astúrias para o conde D. Hermenegildo. No século XII,no reinado de D.Afonso Henriques, a Terra de Penafiel esteve na posse de D. Mem Moniz (irmão de D. Egas Moniz, o aio), nobre a que se atribui a construção de um paço fortificado no local. Por testamento, a propriedade passou a sua filha, D. Teresa Mendes e, por casamento desta, para a mão de D. Sancho Nunes de Barbosa, o primeiro nobre a usar este nome em Portugal e cuja existência se deve a alteração do topónimo. O aspecto atual da torre medieval data de meados do século XIV e, posteriormente, de duas reformas levadas a cabo nos reinados de D. João I e de D. Manuel. Em 1334, a honra foi repartida por vários herdeiros, cabendo a parte que incluía a torre senhorial a D. Leonor Mendes e a seu marido, D. Martim Anes de Sousa. Com a subida ao poder da nova dinastia de Avis, a propriedade foi doada aos Malafaias e Azevedo, que a transformaram em solar familiar.








Torre de Chã. Ferreiros de Tendais - Cinfães












Desenho à pena do Dr.Cabral Pinto de Rezende



A Torre de Chã (ou Torre de Cham) era originalmente uma fortificação, posteriormente transformada em Solar da Brasonada família Pinto, (já por nós mencionada na publicação "Torre da Lagariça/A Illustre Casa de Ramires") de Riba Bestança. A lenda identifica como fundador da torre, o famoso cavaleiro moçárabe* Geraldo Giraldes. Esta fortificação localizava-se num alto pedregoso da serra de Montemuro, perto do ribeiro de Bestança e da vila de Ferreiros de Tendais.
No ano de 1939, a antiquíssima Torre de Chã, encontrava-se em absoluto estado de ruína, já fazia muitos anos e seria demolida, alegadamente para evitar o colapso total. Esta demolição, foi sem duvida alguma, mais uma grande perda do nosso património histórico.
Nota: * Moçárabes (do árabe مستعرب musta'rib, "arabizado" ) eram cristãos ibéricos que viviam sob o governo muçulmano no Al-Andalus.
Os seus descendentes não se converteramao Islão, mas adoptaram elementos da língua e cultura árabe. Eram, principalmente, católicos romanos de rito visigótico ou moçárabe.

in Monumentos Desaparecidos




Torre da Lagariça, Resende



Localizada na Freguesia de S. Cipriano, no Concelho de Resende, data da primeira metade do século XII a edificação da Torre da Lagariça, um sólido torreão militar de planta quadrada, que ficaria imortalizado na
obra de Eça de Queiroz, "A Illustre Casa de Ramires".
O acesso a este imóvel pode ser feito pela E.N. 222 (ao km 95,5, e a 100 m, por caminho rural).A fundação da torre teria como primeiro objectivo a defesa da linha do Douro na época da reconquista Cristã, servindo de torre de atalaia, mas a sua função militar perdeu significado com o estabelecimento  as fronteiras mais a norte. Como tal, no século XVI a torre seria adquirida pela Brasonada família Pinto, senhores da Torre da Chã e do Paço de Covelas, e em 1610 voltaria a ser vendida, desta vez à família Cochofel, a qual é sua proprietária.
Deverá datar do início do século XVII a adaptação da torre medieval para habitação senhorial, sendo então edificado um corpo de planimetria em L em volta do núcleo original, integrando-o num dos extremos da casa. O corpo do solar divide-se por três registos distintos e as fachadas são marcadas pela disposição de portas e janelas, de molduras rectangulares, tendo sido construída uma varanda alpendrada no piso superior na fachada principal. A torre não foi alterada, mantendo a planimetria original e as feições das suas fachadas, que se destacam pelo reduzido número de fenestrações. Actualmente está classificada como IIP (Imóvel de Interesse Público. 


 Torre e Solar dos Metellos Figueira Castelo Rodrigo – Guarda

 

" Desconhece-se a data em que a mesma foi construída, podendo ter as suas origens no Sec. XIV ou XV; há quem admita que possa ser o resto de uma qualquer fortificação, já que a Torre tem características marcadamente defensivas (a existência de "mata-cães", ou seja, buracos no chão dos varandins destinados a através deles serem despejados líquidos quentes - água ou azeite - com vista a impedir a escalada). Numa das fachadas tem a pedra de armas dos Metellos.”
                      texto de Pedro Metello de Nápoles
“torre de planta quadrada obedece à estrutura das torres de menagem medievais, não tendo no entanto qualquer carácter defensivo, uma vez que nesta época as torres eram erigidas como meros símbolos senhoriais.”
Nas centúrias seguintes, a estrutura da Torre dos Metelos foi-se revelando insuficiente para servir de habitação a uma família senhorial certamente numerosa, sendo edificado no século XVII, no espaço contíguo, um solar.
Torre de Vilar do Torno e Alentém, de Lousada




A Torre de Vilar, construída entre a segunda metade do século XIII e o início do século XIV, evidencia o  poder senhorial sobre o território, sendo um testemunho da existência da domus fortis, uma residência senhorial fortificada no Tâmega e Sousa.
Existem dificuldades na datação, em virtude de apresentar soluções estruturais de gosto românico. As Inquirições de 1258 referem Sancte Marie de Vilar como Honra de D. Gil Martins e dos seus descendentes, da linhagem dos Ribavizela.
O rei D. Fernando doa Vilar de Torno, Unhão e Meinedo a Aires Gomes da Silva, em 1367, documentando-se a manutenção da Torre na mesma família, ao longo do século XV.


Torres dos Mouros, Arouca






Quadrangular, de estilo gótico, com uma cisterna (hoje aterrada) com seteiros e uma inscrição ainda por decifrar. Datada do séc. XII, é um monumento não classificado. Situa-se no lugar de Lourosa de Campos, da freguesia do Burgo.    In cmarouca


A torre, ou castelo, de Vilharigues

Foi edificada nos finais do século XIII, estando possivelmente inserida no sistema defensivo das terras de Lafões, estruturado desde o século XI, que incluía várias torres senhoriais e atalaias dispersas pela região.
Os elementos estruturais que a constituem, como a presença de matacães, foram introduzidos na arquitectura militar portuguesa durante o reinado de D. Afonso III, e no reinado seguinte a arquitectura senhorial assimilou-os como signos de prestígio e poder.
De planta quadrangular, erigida sobre um podium , a torre encontra-se em avançado estado de ruína, subsistindo muito pouco da estrutura original.
Reconstituem-se duas das fachadas, uma com janela de mainel e parte de um balcão de sacada assente sobre quatro cachorros, outra com balcão ao qual se acede por porta rectangular.
O interior estaria dividido em três andares, sendo ainda visíveis os suportes murários dos pavimentos. 
Texto: C.O. / IPPAR








também foi consultada Wikipédia

escreveu e compilou dados Martinho Rocha