sábado, 13 de fevereiro de 2016

PR - Várzea /Rio Paiva, natureza




 O trajecto marcado neste mapa ainda é provisório e poderá sofrer algumas alterações. Já está disponível em gps na aplicação Sports Tracker 

Iniciamos em conjunto após duas reuniões com SOS Rio Paiva e Junta de Freguesia de Sobrado e Bairros este projecto de criar um PR - Várzea - Rio Paiva. Fizemos todos já uma visita de reconhecimento no passado dia 23 de Janeiro. Pretendemos que seja uma alternativa aos passadiços que se situam a seguir no concelho de Arouca.
O Rio Paiva, que proporciona a prática de várias modalidades desportivas, de salientar o rafting e a pesca, entre outras, tem condições para estas actividades com respeito e desfrute da essência da natureza. 
Foi também criado um grupo no facebook onde todos podem colaborar com material didáctico, ideias e  até contactos para acerto de encontro quando haja tempo para desenvolver tarefas. Há muito material que pode ali ser colocado, avaliado por todos. Todos os que gostam do Paiva têm agora mais uma oportunidade e também a responsabilidade de contribuir para a implementação no terreno deste projecto. Esta é uma verdadeira alternativa para conhecer e divulgar o Paiva de uma forma mais ecológica.
Teve lugar ontem dia 12 uma reunião com a Câmara Municipal, que  correu bem; estiveram presentes, o Vereador e o Presidente e vários elementos quer do SOS - Rio Paiva, quer da ADEP e também o senhor Presidente da Junta de Sobrado e Bairros. O nosso projecto "encaixa" no lote de percursos que a Câmara está a trabalhar para candidatar. Podemos dizer que é o nosso percurso "PR - Várzea" que vai avançar no Paiva.








escreveu Martinho Rocha

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Mamoa de Carvalho Mau - Paraíso, Castelo de Paiva

Depois que tudo o que se fez foi vandalizado e destruído, é necessário recomeçar. Mas haja vontade e a coisa vai. Estas pedras mandadas colocar pelo Vereador António Rodrigues são exemplo dessa vontade. O cerco que começou com a colocação de iguais pedregulhos num dos acessos, no início do ano pela ADEP, (com a acordo do proprietário) parece que agora vai fechar-se!


                                                                   foto de Vitor Gomes


em 28-06-2008 acreditava-se...

"O monumento mais emblemático do megalitísmo do concelho vai beneficiar de uma cintura de protecção e de uma tela informativa.
A ADEP, a Junta de Freguesia do Paraíso e o proprietário do terreno chegaram a um acordo quanto ao essencial dos trabalhos, que irão beneficiar dos materiais disponibilizados pela anterior zona de protecção ao Marmoiral e que nos haviam sido doados pelo nosso associado Honorário José Maria Pinto Monteiro.
Este monumento pré-histórico "mamoa número um do Núcleo Megalítico de Carvalho Mau" como é designado cientificamente a partir das escavações que lhe foram realizadas em 1989, sob a responsabilidade do Arqueólogo Dr. Eduardo Jorge Lopes da Silva, forneceu segundo este técnico "um conjunto notável de fragmentos de cerâmica que se evidencia pela grande quantidade e variedade de elementos decorativos".




Com esta intervenção, depois das vicissitudes por que passou, este monumento (de um conjunto de várias dezenas que existem no concelho) vai tornar mais visível a habitabilidade da nossa região desde tempos remotos (2.º milénio antes de Cristo) e constituirá um motivo de visita e de conhecimento para a comunidade que se pretende cada vez mais informada e interessada na preservação e respeito pelos nossos valores da memória e da cultura em geral."











Na agenda cultural de Fevereiro teve honras de foto aérea a Mamoa de Carvalho Mau, esquecido foi já o recinto megalítico…triste história a que envolveu os projetos e interesses em disputa nos anos 90 e que “deu com os burros na água”. Ficaram por terra muitos sonhos legítimos de quem ousou sonhar que nesta terra havia uma aposta na arqueologia.
Hoje – é bom acordar para a realidade – com os pés no chão saibamos valorizar o que resta. Se em Carvalho Mau temos uma mamoa parcialmente escavada e publicada, não temos em nosso poder ainda o material arqueológico então encontrado por Eduardo Jorge Lopes da Silva e sua equipa  e neste momento (obra de vandalismo), também não existe qualquer painel informativo ainda que decorram iniciativas no sentido da sua reposição.
Nos anos oitenta a ADEP localizou e sinalizou para a Carta Arqueológica cerca de quatro dezenas de Mamoas. Uma parte delas julgamos que não resistiu à azáfama da eucaliptização e terão sido destruídas. Das que restam era imperioso hoje fazer-se um trabalho de reconhecimento e confirmação  GPS.  Algumas  como no caso da Mama D’oiro em Vales (Tapado), de Chão da Forca (Carcavelos), do Alto da Forca e Sardeirinha (na Ladroeira, em Bairros) e pelo menos uma de cada um dos recintos megalíticos da Santa Eufémia;  da Eira dos Mouros e  Chandeira, a caminho de Santo Adrião, deviam ser sinalizadas, e ter um painel informativo por se situarem em locais de fácil acesso.


Para melhor conhecer este tema aconselhamos a leitura da Carta Arqueológica de Castelo de Paiva, edição da Universidade Portucalense, Porto 1996 e outras publicações no tema Monumentos e Arqueologia.


Convêm referir...

LAMENTAMOS O QUE SE ESTÁ A PASSAR COM A FALTA DE PROTECÇÃO AOS NOSSOS MONUMENTOS. HÁ OBRAS E TRABALHOS DE FLORESTAÇÃO QUE NÃO RESPEITAM, MAMOAS E OUTROS MONUMENTOS!

O assunto - no que respeita às Mamoas de Carvalho Mau, Paraíso- já chegou ao Parlamento (mas também à imprensa, à Câmara Municipal, à DGPC - Direcção Geral do Património Cultural, e até à GNR) e agora aguardamos que especialmente as entidades com responsabilidades na administração central e local tomem medidas, venham ao terreno e nomeiem vigilantes e/ou curadores, face aos atropelos, informem e notifiquem os prevaricadores dos seus direitos e deveres e acautelem actos desrespeitosos como os que vimos assistindo, sob pena de se perder irremediavelmente património histórico-arqueológico, megalítico dos nossos antepassados, de há 3000 a 3500 anos antes de Cristo. Sendo que além deste valores outros há de outras Eras a correr igualmente perígo.
O concelho não é tão rico assim que possa deixar perder este importante vector cultural indispensável a uma estratégica de desenvolvimento sustentável e que hoje é um aliado importante do turismo cultural.
É impensável que num concelho onde se cometeram ao longo dos anos tantos atentados ao património histórico e arqueológico,  que tão divulgados foram, alguns deles onde houve intervenção dos Tribunais; terra que não mereceu ainda da administração local aprovisionamento de meios para uma reserva museológica, se  desconheça, se desleixe, se deixe andar ao sabor dos interesses imediatos e individuais quando o património é um bem cultural que a todos pertence e é assim que terá de ser  gerido e administrado.

Lamentamos!












escreveu Martinho Rocha