As colônias de morcegos facilitam o controle de pestes
Quando existe uma grande colônia de morcegos na região, não é necessário investir em pesticidas nocivos para a agricultura. Isso porque um único morcego come mais de 600 insetos por hora – o que faz desse animal uma excelente alternativa orgânica no controle de peste
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Nestes dias com algum significado para a causa da defesa da vida animal, em geral, bem assim como para o movimento anti touradas, não tendo a ADEP - quanto a este assunto - ainda tomado posição pública é muito oportuno trazer à luz do dia dois testemunhos escritos, duas verdadeiras pérolas do nosso jornalismo, do que era já o pensamento e a vontade social e política da sociedade paivense mais influente nos finais do sec. XIX.Mother Nature Networ
Escrevia-se em 4 de Outubro de 1894 a “Gazeta de Paiva”:
I -“Feira de S. Miguel no Castelo – Esteve (…)muito concorrida a feira de S. Miguel n’esta praia. No sábado 29 correram-se dous touros à vara larga salientando-se os picadores Manoel Maneta, Heitor Francisco, Manoel Gabriel, António Piré, Joaquim Beato e o Alfaiate.”
II –“Couto de Souselo, 4 de Outubro de 1894. Realizou-se nos dias 28,29 e 30 de Setembro último, em Escamarão de Souselo a acostumada feira anual(…)No dia 29 houve tourada à vara larga, sendo este espectáculo tão querido do nosso povo, abrilhantado pelas philarmónicas de Bairros e Espadanedo que executaram até à sorte de …o touro fugir, os melhores trechos musicaes dos seus brilhantes reportórios…”
III – “BARBARIDADE - Informam-nos que um dos touros, que por ocasião da feira de S. Miguel, foi corrido na praia, sofreu verdadeiras torturas tendo-se-lhe batido com um maço rodeiro entre as hastes e cortado uma orelha . Estas scenas de selvageria devem ser prohibidas. Olhe, quem disso tem o dever, para estas coisas que são repugnantes e deshumanamente crueis.”
Mas também os políticos, da época fizeram inscrever nos competentes Regulamentos normas respeitosas para com os animais. Veja-se o Regulamento e Código de Posturas da Câmara Municipal de Castelo de Paiva, (Municipalidade do Concelho de Castello de Paiva, 15 d'Abril de 1877. Martinho Pinto de Miranda Montenegro, Manoel Vieira d’Andrade e Silva, Manoel Moreira da Fonseca, Rodrigo de Freitas, José de Freitas Paiva. Edição de 1877 da Typ. De Artur José de Sousa & Irmão – 38, Rua das Congostas, 38 – Porto), que (se desconhece exista nos nossos arquivos municipais) mas está disponível na Universidade de Toronto / Canadá.
“Capitulo III Dos matadouros e açougues (…) Art.º10.º É prohibido correr ou picar o gado que tiver de ser morto e bem assim matal-o de noute ou antes de ter descançado pelo menos três horas depois que chegue ao local do matadouro, sob a coima de 2$5000 reis.” Os negritos e itálicos são nossos e estes e outros textos podem ser lidos na nossa “Biblioteca Manuel Afonso da Silva” à Frutuária, onde temos cópias de todos os jornais locais desde sempre publicados no concelho (e alguns vizinhos).
escreveu Martinho Rocha
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