sábado, 25 de agosto de 2012

Homenagem aos "remadores" do Castelo (de Paiva)!


“(…)A roupa dos homens do rio era velha e remendada. De cor escura, era composta por: ceroula e camisa de flanela ou castorina e um gorro na cabeça. Levavam-na dentro de uma saca de amostras(…)
Os ombros dos marinheiros eram calejados e tinham nos músculos vãos, de lhe caber um dedo ao través, provocados pelas sirgas, quando vinham àlar, ou de fincar os bicheiros para fazer deslizar o barco. Neste sítio do corpo era onde mais rompiam as roupas.
As ceroulas eram sempre remendadas nos joelhos de os encostar ao barco para fazer força a empurrar(…)
(…)Lembro-me dos pescadores do Castelo e do sável saboroso e da lampreia que apanhavam.
E as enguias?!...Que delícia! Eram apanhadas com minhoqueiro e comidas fritas passadas por ovo.
O Bilinho era o pescador por excelência(…)”
Este texto foi, como se vê, publicado no Chafariz (de Novembro de 1992) e o tema continua atual! Há gestos …e memórias que ficam para sempre! O nosso obrigado à  colaboradora e associada Fátima Gabriel!



Diz Armando de Matos na sua obra "O Barco Rabelo" que quando não há vento há, que sirgar os barcos (sobre este tema ver nosso texto As pedras da Sirga, de Rio Mau - Penafiel em 13 de Agosto a propósito da classificação das Fragas da Penela, em Rio Mau, Penafiel - em que trabalhamos  - e que pretendemos propôr à DGRN), mas quando nem isso é possível, "tem de deitar mão dos remos. E para isto, é que os remadores de Castelo de Paiva são estimados, pois gozam fama de serem dos melhores" !

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