Aos
amantes da Natureza e de circuitos pedestres ***
Rotas das ex-minas do couto
mineiro do pejão, referenciadas pela ADEP- Associação de Estudo e Defesa do
Património Histórico-Cultural de Castelo de Paiva.
Roteiro informativo
principalmente para visitantes pedestres. Os interessados nestas visitas com
motos todo-o-terreno e com tractores também podem tentar visitar estes locais
até onde conseguirem penetrar nos trilhos existentes, mas devem estudar o s circuitos antecipadamente.
As
ex-minas do Couto Mineiro do Pejão estão disseminadas por locais diversos desde
o Pejão (Paraíso) até Germunde (Pedorido), passando por zonas da Raiva, no
Concelho de Castelo de Paiva. Estão com as entradas (bocas das galerias) vedadas
com “tapumes” de blocos de cimento e algumas têm sido visitadas por curiosos e
ao que soe dizer-se até por árabes que tentam tomar conhecimento do seu
historial e valor do subterrâneo.
Essas entradas para as minas
ainda podem ser visitadas ainda que nalguns casos tenham que ser desbravados o
mato e arbustos que não permitem chegar ao destino tão rápido quanto
gostaríamos.
Visitá-las todas num só dia
é tarefa quase impossível a um pedestre, mas organizados os circuitos por
localidades, poderão os mesmos ser percorridos em 4 dias.
Permitam-me dar as seguintes
sugestões:
1.º - percurso Pejão e
arredores com três trilhos: 1.º trilho, Pejão, com visita das primeiras minas
do Pejão, no Monte das Cavadinhas: mina de Paraduça (a céu aberto) mina do
Limoeiro ( tipo galeria de encosta) e Rôta das Cavadinhas (também a céu aberto);
2.º trilho, visitar a cerca de dois km para sul, a mina do cinquenta (foi a
última mina a ser aberta pela ECD) junto ao poço de ventilação do nível 50, em
zona florestal de terras de Paraduça que pertence actualmente a um particular;
3.º trilho, regressar e seguir para o Choupelo, onde poderão ser visitas as
entradas das galerias sob o Monte das Cavadinhas e onde existiu um poço para
acesso de pessoal às galerias subterrâneas que por aí passavam e para entrada
de madeiras também para essas galerias inferiores. Daí poderão seguir para a
zona do Ervedal, uns 3 a 4 km mais para norte, no vale, onde poderão visitar a
mina do Ervedal, resquícios do caminho-de-ferro entre Ervedal e Nível 80 do
Fojo, a boca da mina do Vale da Cana, a cerca de 200 - 300 m mais para norte e
ruínas dos Silos (recolha de carvão proveniente do Choupelo, via Canal de
descarga do Martelo da Arte, na linha férrea Martelo da Arte – Choupelo). Por
uma segunda via-férrea transportava-se o carvão da mina do Vale da Cana e
destes Silos, para o nível 80 do Fojo.
2.º - percurso Fojo e
Carvalhais (Oliveira do Arda), localidades que distam entre si de cerca de 8
km, por estrada. Visita no Fojo ao exterior do edifício do poço mestre,
edifício que foi uma imagem de marca nos jornais mensais de “O Pejão” e visita
à entrada da galeria do nível zero(0), aberta em alternativa a uma primeira
existente a poucos metros. Zona do canal de descarga do nível 80. Regresso à
estrada seguindo para Oliveira do Arda, até à Estação.
Chegados à Estação, seguir
pelo traçado da antiga via-férrea com destino ao Fojo, passando logo ali pelo
hangar de recolha de locomotivas. A cerca de 3 km encontraremos a mina de S.
Domingos, outrora também designada por mina da capela de S. Domingos, no lugar
de Carvalhais, junto ao caminho da linha onde ainda existe uma entulheira
(escombreira) e água férrea saindo da mina.
3.º- percurso Encosta sul do
monte da Serrinha, margem esquerda do rio Arda:
Visita às entradas das
galerias em flanco de encosta assim denominadas :
Mina da horta da moleira,
junto ao caminho, onde se observa saída de águas férreas do seu interior;
Mina do Arda, a mais antiga
e situada cerca de 100 m vale acima, mas com acesso uns metros mais a sul.
Percorrendo a encosta no
sentido do cume do monte para se chegar ao alto da Póvoa, encontraremos, quase
no alto, a mina da Serrinha, onde nas proximidades se abriu o chamado poço da
Serrinha, agora encerrado, mas facilmente sinalizável pelas ruínas da cabina
eléctrica aí construída.
Estas visitas, neste percurso,
podem fazer-se com partida em 3 alternativas:
1-
A partir de Oliveira do Arda (Estação), pela
antiga linha férrea e pela ponte de Croca sobre o rio Arda, tomando o caminho
que ali passa com origem em Pedorido, margem esquerda do rio Arda, e
prossegue-se para sul;
2-
Pela margem esquerda do rio Arda, com partida
de Pedorido, até ao local de entroncamento referido em 1 e prosseguindo o mesmo
trajecto para sul;
3-
Com partida do alto da Póvoa (Pedorido) junto
ao campo de Aeromodelismo, passando pelo edifício da antiga cabina eléctrica do
Poço da Serrinha e descendo a encosta. A boca da mina da Serrinha estará abaixo
cerca de 300 m; Para se encontrar as duas outras minas deverá continuar-se a
descer a encosta do monte da Serrinha até entroncar com o caminho referido em
1) e aí procurar encontrar as referidas minas como antes descrito.
A mina da Póvoa encontra-se
junto a um edifício em ruínas que serviu de Casa da Malta, para albergar
mineiros não residentes nas proximidades, à entrada norte do lugar da Póvoa
(Pedorido). Qualquer residente no local saberá orientar.
Para se visitar Germunde,
zona onde ocorreu a exploração de carvão nos últimos anos de existência da ECD,
será necessário obter autorização do proprietário, visto que, agora toda aquela
área é de domínio privado.
Como sugestões finais,
aconselha-se o uso de vestuário e calçado apropriado, cajado ou bastão similar
para auxílio em zonas mais íngremes e de acesso mais difícil, cantil com água,
telemóvel e, para orientação dos iniciados nestas visitas, um “guia” conhecedor
destes locais, para melhor orientar os participantes e para os encaminhar pelo
melhor trilho nalgumas zonas de mato e espécies arbóreas mais densas, que as há.
Sejam bem-vindos.
Um contributo do associado da
ADEP: Mário Gonçalves Pereira
* Um apelo: sempre que possível deixe os locais em melhor estado que aquele em que os encontrou.
** (Junto à mina de Paraduça existem vários tipos de lixo o que é incompreensível e a todos os títulos reprovável; aqui fica uma chamada de atenção a quem de direito).
*** Estamos a trabalhar para implantar no terreno um percurso PR entre as primeiras Minas e o Cavalete do Fojo. https://adep-paiva.blogspot.com/2019/05/noplanetb-nova-vida-para-o-pejao-velho.html* Um apelo: sempre que possível deixe os locais em melhor estado que aquele em que os encontrou.
** (Junto à mina de Paraduça existem vários tipos de lixo o que é incompreensível e a todos os títulos reprovável; aqui fica uma chamada de atenção a quem de direito).
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