terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Rota das Minas do Pejão para os amantes da Natureza e de circuitos pedestres

Aos amantes da Natureza e de circuitos pedestres ***
Rotas das ex-minas do couto mineiro do pejão, referenciadas pela ADEP- Associação de Estudo e Defesa do Património Histórico-Cultural de Castelo de Paiva. 


Roteiro informativo principalmente para visitantes pedestres. Os interessados nestas visitas com motos todo-o-terreno e com tractores também podem tentar visitar estes locais até onde conseguirem penetrar nos trilhos existentes, mas devem estudar o s circuitos antecipadamente. 

As ex-minas do Couto Mineiro do Pejão estão disseminadas por locais diversos desde o Pejão (Paraíso) até Germunde (Pedorido), passando por zonas da Raiva, no Concelho de Castelo de Paiva. Estão com as entradas (bocas das galerias) vedadas com “tapumes” de blocos de cimento e algumas têm sido visitadas por curiosos e ao que soe dizer-se até por árabes que tentam tomar conhecimento do seu historial e valor do subterrâneo.



Essas entradas para as minas ainda podem ser visitadas ainda que nalguns casos tenham que ser desbravados o mato e arbustos que não permitem chegar ao destino tão rápido quanto gostaríamos.
Visitá-las todas num só dia é tarefa quase impossível a um pedestre, mas organizados os circuitos por localidades, poderão os mesmos ser percorridos em 4 dias.

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Permitam-me dar as seguintes sugestões:
1.º - percurso Pejão e arredores com três trilhos: 1.º trilho, Pejão, com visita das primeiras minas do Pejão, no Monte das Cavadinhas: mina de Paraduça (a céu aberto) mina do Limoeiro ( tipo galeria de encosta) e Rôta das Cavadinhas (também a céu aberto); 2.º trilho, visitar a cerca de dois km para sul, a mina do cinquenta (foi a última mina a ser aberta pela ECD) junto ao poço de ventilação do nível 50, em zona florestal de terras de Paraduça que pertence actualmente a um particular; 3.º trilho, regressar e seguir para o Choupelo, onde poderão ser visitas as entradas das galerias sob o Monte das Cavadinhas e onde existiu um poço para acesso de pessoal às galerias subterrâneas que por aí passavam e para entrada de madeiras também para essas galerias inferiores. Daí poderão seguir para a zona do Ervedal, uns 3 a 4 km mais para norte, no vale, onde poderão visitar a mina do Ervedal, resquícios do caminho-de-ferro entre Ervedal e Nível 80 do Fojo, a boca da mina do Vale da Cana, a cerca de 200 - 300 m mais para norte e ruínas dos Silos (recolha de carvão proveniente do Choupelo, via Canal de descarga do Martelo da Arte, na linha férrea Martelo da Arte – Choupelo). Por uma segunda via-férrea transportava-se o carvão da mina do Vale da Cana e destes Silos, para o nível 80 do Fojo.



2.º - percurso Fojo e Carvalhais (Oliveira do Arda), localidades que distam entre si de cerca de 8 km, por estrada. Visita no Fojo ao exterior do edifício do poço mestre, edifício que foi uma imagem de marca nos jornais mensais de “O Pejão” e visita à entrada da galeria do nível zero(0), aberta em alternativa a uma primeira existente a poucos metros. Zona do canal de descarga do nível 80. Regresso à estrada seguindo para Oliveira do Arda, até à Estação.




Chegados à Estação, seguir pelo traçado da antiga via-férrea com destino ao Fojo, passando logo ali pelo hangar de recolha de locomotivas. A cerca de 3 km encontraremos a mina de S. Domingos, outrora também designada por mina da capela de S. Domingos, no lugar de Carvalhais, junto ao caminho da linha onde ainda existe uma entulheira (escombreira) e água férrea saindo da mina.

3.º- percurso Encosta sul do monte da Serrinha, margem esquerda do rio Arda:
Visita às entradas das galerias em flanco de encosta assim denominadas :
Mina da horta da moleira, junto ao caminho, onde se observa saída de águas férreas do seu interior;
Mina do Arda, a mais antiga e situada cerca de 100 m vale acima, mas com acesso uns metros mais a sul.
Percorrendo a encosta no sentido do cume do monte para se chegar ao alto da Póvoa, encontraremos, quase no alto, a mina da Serrinha, onde nas proximidades se abriu o chamado poço da Serrinha, agora encerrado, mas facilmente sinalizável pelas ruínas da cabina eléctrica aí construída.
Estas visitas, neste percurso, podem fazer-se com partida em 3 alternativas:
1-    A partir de Oliveira do Arda (Estação), pela antiga linha férrea e pela ponte de Croca sobre o rio Arda, tomando o caminho que ali passa com origem em Pedorido, margem esquerda do rio Arda, e prossegue-se para sul;
2-    Pela margem esquerda do rio Arda, com partida de Pedorido, até ao local de entroncamento referido em 1 e prosseguindo o mesmo trajecto para sul;
3-    Com partida do alto da Póvoa (Pedorido) junto ao campo de Aeromodelismo, passando pelo edifício da antiga cabina eléctrica do Poço da Serrinha e descendo a encosta. A boca da mina da Serrinha estará abaixo cerca de 300 m; Para se encontrar as duas outras minas deverá continuar-se a descer a encosta do monte da Serrinha até entroncar com o caminho referido em 1) e aí procurar encontrar as referidas minas como antes descrito.




4.º - percurso Mina da Póvoa e Zona de Germunde:



A mina da Póvoa encontra-se junto a um edifício em ruínas que serviu de Casa da Malta, para albergar mineiros não residentes nas proximidades, à entrada norte do lugar da Póvoa (Pedorido). Qualquer residente no local saberá orientar.
Para se visitar Germunde, zona onde ocorreu a exploração de carvão nos últimos anos de existência da ECD, será necessário obter autorização do proprietário, visto que, agora toda aquela área é de domínio privado.
Como sugestões finais, aconselha-se o uso de vestuário e calçado apropriado, cajado ou bastão similar para auxílio em zonas mais íngremes e de acesso mais difícil, cantil com água, telemóvel e, para orientação dos iniciados nestas visitas, um “guia” conhecedor destes locais, para melhor orientar os participantes e para os encaminhar pelo melhor trilho nalgumas zonas de mato e espécies arbóreas mais densas, que as há.
Sejam bem-vindos.
Um contributo do associado da ADEP: Mário Gonçalves Pereira


*   Um apelo: sempre que possível deixe os locais em melhor estado que aquele em que os encontrou.
** (Junto à mina de Paraduça existem vários tipos de lixo o que  é incompreensível e a todos os títulos reprovável; aqui fica uma chamada de atenção a quem de direito).
*** Estamos a trabalhar para implantar no terreno um percurso PR entre as primeiras Minas e o Cavalete do Fojo. https://adep-paiva.blogspot.com/2019/05/noplanetb-nova-vida-para-o-pejao-velho.html

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