segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

CAMINHADA NOCTURNA SOLIDÁRIA EFECTUADA PELA ROTA PEDESTRE DAS ORIGENS DE SANTO ANTÓNIO EM SOBRADO DE PAIVA











A Caminhada nocturna que se realizou no dia 8 de Dezembro, foi um gesto de Solidariedade para com as vítimas dos incêndios ocorridos em 15 e 16 de Outubro deste ano de 2017, no concelho de Castelo de Paiva. Contou com a colaboração monetária de largas centenas de participantes, embora alguns, à última hora, não comparecessem com receio da intempérie que se vislumbrava, mas que afinal até proporcionou uma caminhada agradável, sem chuva nem vento e com temperatura amena.
Munidos de uma lanterna individual e colete de sinalização partiram do Largo do Conde pelas 21,30 h, depois de um curto pré-aquecimento, em frente a Câmara Municipal. Dirigiram-se desde logo às instalações da ADEP onde lhes foi servido um café quente preparado à moda antiga, em cafeteiras de barro, numa lareira a lenha.
Dali partiram os caminhantes pela Rua de D. Teresa Taveira (mãe de Santo António), tendo a orientá-los, no percurso, o sócio da ADEP Mário Gonçalves Pereira, autor da Rota Pedestre que iam seguindo, e que em locais pré-definidos em mapa: Pia dos Mouros; Casa Torre de Vegide; Portal da Serradas; Paço de Gondim, Casa de Antigo Mosteiro e Largo na Entrada da Casa da Boavista, junto ao Marmoiral de Sobrado, foram ouvindo do orientador, feito guia, palavras alusivas à história que cada local encerra na memória dos que por Sobrado habitam e que pergaminhos medievais guardam em sede própria.
Essas dissertações prenderam as atenções de quantos participavam a ponto de muitos confessarem: uns, que nunca tinham estados em tais locais, outros que as resenhas descritas pelo orientador, lhe causavam espanto, pois desconheciam a entrega há cerca de mil anos ao rei Garcia da Galiza destas terras e também ignoravam que avô e bisavô de Santo António, naturais destes locais, foram os primeiros a escrever em português:  Paio Soares Romeu e João Soares de Paiva.
Os locais referidos foram todos previamente sinalizados com a colocação de candeias, que com a noite escura tornavam os lugares mais atraentes aos olhos dos caminhantes que ali iam chegando.
A caminhada parece ter satisfeito o ego de todos os participantes que um dia poderão voltar a repetir o evento, quiçá numa noite de Santo António.
A ADEP congratula-se e orgulha-se de ter participado e também ter proporcionado esta iniciativa, de história e de cultura, louvável a todos os títulos.

A todos os que contribuíram para a realização deste evento, o nosso Bem – Hajam!

Mário Gonçalves Pereira

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