Domingos Quintas está ao centro - uma das raras fotos onde se deixou fotografar (com o arqueólogo Eduardo Jorge, de costas, e com Almerindo Duarte à direita, na mamôa de Carvalho Mau)
Há percursos de vida que a morte não apaga. Podemos
dizê-lo com toda a propriedade de Domingos Quintas Moreira. Foi sempre com
grande profissionalismo que se dedicou a tudo quanto assumiu nas diversas áreas de voluntariado com que se
relacionou, e que cultivava com alto espírito de responsabilidade e civilidade, pretendendo contribuir
para a elevação moral e intelectual da sociedade – e são muitas as áreas
que lhe conhecemos. No que respeita à ADEP
não podemos esquecer o trabalho que desenvolveu durante um
longo período, no estudo e divulgação de
algumas áreas da nossa cultura, designadamente a história /arqueologia e a
etnografia, designadamente o folclore. Não teriam tido o mesmo êxito as
iniciativas dos anos oitenta e noventa se não tivessem o apoio, o
acompanhamento e envolvimento de Domingos Quintas, como é o caso do Levantamento
Arqueológico de Castelo de Paiva, do projecto do Barco Rabelo, da Recolha Etnográfica,
da organização da Biblioteca, da publicação
da sua obra “Manual do Cultivo e da confecção do Linho” e de tantos outras! Foi igualmente importante o relacionamento que ajudou
a estabelecer entre instituições, como no caso da Federação de Folclore.
Fica à responsabilidade dos presentes dar testemunho público desta postura e atitude que a ADEP reconheceu também em vida, cujos valores de cidadania e dedicação devem ser transmitidos aos mais novos. Em 2010 a Direcção e a Assembleia Geral deliberaram por unanimidade atribuir-lhe o título de sócio honorário.
Neste dia a Direcção da ADEP presta aqui a sua sentida homenagem e expressa o
seu pesar aos familiares, amigos e nossos associados.
O seu corpo estará hoje a partir das 18,30 horas, em câmara ardente na Capela Mortuária de Sobrado, e o Funeral realiza-se amanhã às 15,30 horas para o Cemitério de Sobrado.
Martinho Rocha
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