segunda-feira, 20 de abril de 2020

BIOGRAFIA DO MUNDO DOS NOSSOS DIAS

                                               Foto de Fernando Branco postada por Luis Ferreira

A natureza humana terá arte para sobreviver aos avanços áridos e nefastos (às vezes floridos...) da outra natureza?
O editor recomenda juntar à leitura deste texto: 
https://www.tsf.pt/programa/sinais/e-pos-se-como-uma-tola-a-bailar-12091860.html
https://www.youtube.com/watch?v=hl3B4Ql8RtQ  (RESISTIRÉ 2020)


Estimado amigo,

Se gostas da tua terra, da tua família, dos teus amigos, dos teus vizinhos; se procuras manter o teu posto de trabalho, se gosta da vida, procura debruçar-te sobre aquilo que te vai na alma, neste momento e neste mundo em que vivemos, neste planeta “terra” que é único!
É um planeta belo, constituído por um todo maravilhoso: os mares e oceanos, as terras com seus campos e florestas e o firmamento onde perscrutamos outros planetas e estrelas cintilantes, numa galáxia onde o sol é rei!
É um planeta encantador, mas simultaneamente enganador, já que a Mãe-Natureza, se não for bem tratada, pode dispor de potentes armas naturais para se defender. Veja-se o rol de acontecimentos, de fenómenos naturais, que a toda a hora atingem todos os continentes sem excepção: tempestades, tufões, tornados, tsunamis, ciclones, inundações, erupções vulcânicas, grandes incêndios e pandemias de toda a espécie.
Nesta era em que vivemos, neste ano vinte-vinte, 2020, um micro-organismo viral, pôs-nos, a todos, encurralados, afastados uns dos outros. Nada de grupos, de ajuntamentos. Todos de máscara! O mundo num ápice ficou todo mascarado.
Mas parece ter surgido uma causa positiva: a poluição baixou e até respiramos melhor e sentimo-nos mais saudáveis, o que parece um contrassenso quando morrem tantas pessoas.
A nossa quarentena, o confinamento em determinado espaço, é a prova provada de que a Mãe-Natureza sabe defender-se. Afinal basta um simples vírus, para fazer desmobilizar literal e universalmente toda a espécie humana.
As cidades tornaram-se autênticos fantasmas onde não pulula vivalma! Nelas já penetram animais e plantas selvagens!
De facto, a qualquer momento, o percurso da história pode mudar o nosso sonho ou fantasia, com uma pandemia como a do Coronavírus Covid-19.
Ninguém está protegido, tudo nos parece surreal, e, na verdade, as nossas vidas só valem enquanto sonhamos que vivemos.
Para quem já atravessou o deserto causado com a crise provocada pela segunda guerra mundial, no século XX, vivida pelo autor destas linhas, não estranhará o crivo de implicações, ou perturbações e incómodos, dificuldades que surgirão a breve prazo, afetando todos a nível planetário. Muitos de nós nem sequer sonham como irão ser afetados, mas teremos que nos preparar mental e psicologicamente para esses efeitos e dificuldades que nos esperam.
Crises como esta levam-nos a tomar consciência de que teremos de seguir, doravante, rumos diferentes.
Temos que preparar as nossas próprias defesas, para nos protegermos dos malefícios com que a Mãe-Natureza nos pode confrontar. Defender o planeta é defender a nossa própria vida.
Defender o planeta é defender a qualidade do ar, a qualidade da água, proteger a floresta e os animais.
Nem sequer imaginamos quantos “cotonetes” são lançados, indiscriminadamente, num qualquer circuito dos esgotos urbanos, que acabam por ser engolidos por animais marinhos; quantos pneus e sacos de plástico são deixados ao acaso, em qualquer sítio, ou mesmo queimados numa fogueira, acabando por contaminar as camadas superiores da atmosfera terrestre.
Não podemos continuar com o mister de garimpeiros, procurando o ouro onde ele já não existe. Para tornarmos o nosso planeta são teremos que o desinfetar, dar-lhe a cura de que precisa, porque a nossa “terra” está muito doente, atacada por seres pouco humanos e por vírus violentos, perigosos e mortais.
Estimado amigo, faz tudo o que fizeres para te sentires bem, mas, faz, estimando a nossa “Terra”, o nosso planeta terrestre.


Mário Gonçalves Pereira

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