quinta-feira, 23 de maio de 2024

Tempos de grandeza vs decadência !

Um foto dos nossos dias de um local, não muito comum, pela dimensão do espaço e do mobiliário. Comum sim na atividade de fazer vinho, e de imemorial data! Haveria meia dúzia de instalações do género, no concelho, coisa que hoje não se vislumbra; Os trabalhos subsequentes à vindima não dispensavam os mestres, capatazes e rendeiros e seus descendentes à azáfama e canseiras inerentes. Seguiam-se as tarefas de sobar, medir de bica aberta (se fosse branco), deixar ferver, mexer, medir...; algum seguia de imediato em carro de bois para o barco rabelo e/ou para a adega do patrão, transbordo que exigia perícia e alguma força; o mesmo se diga dos trabalhos prévios das limpezas e restauros das pipas e tonéis. O vinho aí produzido era genuíno, fazia-se apenas de uvas, de castas antigas de tinto, mourisco, verdelho, e outras vindimadas por todos num ato de alegre celebração, fossem velhas cepas em parreira ou subindo em enormes escadas aos esguios enforcados. Bebia-se muito - como se vivia - na aldeia, na cidade, em casa, nas tabernas, nas festas, no trabalho! Hoje não sabemos cuidar deste legado...

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