O atual edifício da Cadeia cujo projeto à época foi
entendido como “desproporcionado a respeito da terra, que não passava de
concelho subalterno” sabe-se que estava já em funcionamento em 1832 e servia de
Casa de Comarca e Paço Foral das Audiências.
Em 1775, um mês antes do fatídico terramoto, a Junta do
Sereníssimo Estado e Casa de Bragança, tinha entendido por parecer, que se
assim Sua Majestade fosse servido, a obra se devia realizar (…) sendo de sua
conta a responsabilidade do projeto e sua direção. Mas vários foram os
pareceres prévios sobre a forma de custear tal empreendimento, pois que se para
uns cabia ao senhor da terra (Casa de Bragança), para outros era o povo que
deveria pagar e para isso Sua Majestade teria de o determinar.
Os juízes e mais oficiais da Câmara do concelho tinham apresentado
uma exposição a dar conhecimento da “necessidade que (tinham) de casas para
audiências, Paços do concelho e cadeias”. A casa de audiências que também
servia de cadeia estava de tal forma degradada que os presos fugiam e quando
chovia era necessário recorrer a casas particulares, além de que tal situação
para além do prejuízo acarretava grande falta de “temor de Justiça”.
As razões invocadas eram confirmadas pelo Ouvidor da Comarca
de Barcelos como pelo Desembargador Procurador da Fazenda e Estado da Casa de
Bragança. Ambos entendiam que as obras se justificavam quer pelos muitos
pleitos vivis e crimes, pelo pessoal que nele exercia e pelo “gravíssimo
detrimento” que advinha para a Justiça do estado de ruina a que tinha chegado a
pequena casa térrea (localizada em Nojões - Real) que servia para as
audiências(..)e prisão.
N.B. - Para saber mais, ler na página anexa texto “3 – O
“Edifício da Cadeia” de Domingos Quintas Moreira
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