Publicamos o texto anexo inserido na entrada Foral, em jeito de homenagem ao
Professor José Maria Seabra Strecht, que nos deixou. Pessoa dedicada à causa
pública, interventivo na política, nosso associado e diretor, era nos jornais
que ocupava muito do seu tempo livre, redigindo textos mordazes sobre a política
local e notas informativas sobre assuntos variados, da cultura e património muitos
deles integrados em rubrica da ADEP.
Texto interessante por se propor levantar o véu que ensombra a localização do
nosso Pelourinho, que nas suas inquirições se terá situado no cimo da Rua 5 de
Outubro. É verdade que nessas imediações ainda existe uma pedra, na entrada de
uma casa, que pode muito bem ser a base do dito.
Por sua vez Margarida
Rosa M. de Pinho, em nota de rodapé da sua obra “Elementos para a História de
Castelo de Paiva” em 1947, refere que“…, não existe qualquer vestígio, (…)do
pelourinho que Pinho Leal diz ter existido “na retaguarda da casa da Câmara
(atual cadeia) e quase escondido a um
recanto””. Margarida ainda acrescenta nesta nota que “É voz corrente que a
entrada deste cemitério (antigo, à Rua Emídio Navarro) foi construído com os
restos das ruínas da capela de S. Sebastião, existente no cimo da Vila e perto
da qual se diz ter existido cruzeiro que foi destruído para a abertura da
estrada…”
A talho de foice e para evitar confusões entre cruzeiros,
padrões e pelourinhos, lembramos que o nosso cruzeiro(*), sito na Praça da
Independência foi erigido em 1940 integrado no plano do Estado Novo que incluía
obras públicas relevantes, escolas (“dos centenários”), padrões, cruzeiros e
monumentos, destinado a comemorar o duplo centenário da Nacionalidade
(1140/1640/1940).
Uma nota final para assinalar a existência física do
Pelourinho da Raiva, um outro em Midões e de uma pedra em Vila Verde que pode
ter sido da forca.
(*) Um dos secretários da inauguração do Cruzeiro da Independência, segundo texto de João Bernardo Galvão Teles in Contributos para o Futuro Arquivo de Arouca) foi o Padre José Soares Correia de Noronha, de Alvarenga, Arouca que foi durante muitos anos abade de Fornos.
(*) Um dos secretários da inauguração do Cruzeiro da Independência, segundo texto de João Bernardo Galvão Teles in Contributos para o Futuro Arquivo de Arouca) foi o Padre José Soares Correia de Noronha, de Alvarenga, Arouca que foi durante muitos anos abade de Fornos.
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