terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Douro: investimentos para a navegabilidade, sabem a pouco para o interior...


CAIS PARA ATRACAGEM DE BARCOS DE TURISMO, QUANDO?


Grandes investimentos estão a ser canalizados tendo em vista a maior circulação de pessoas/turistas e bens no Douro. Ainda assim importa perguntar se se estão a criar verdadeiras condições de acesso ao rio, de acostagem às embarcações, obras que permitam portanto a verdadeira revolução de adequar o Douro do século XXI àquilo que ele foi no século XIX.
É bom não esquecer que há uma imposição constitucional que apela à igualdade de oportunidades e assim sendo devem tê-la igualmente quer sejam os naturais e residentes na Régua, quer sejam os de Paiva ou Resende. Pensamos que se no tempo de Pinho Leal e de Alexandre Herculano o nosso concelho estava no que respeita à circulação fluvial ao nível dos outros concelhos ribeirinhos, isso hoje não acontece. E se é assim com o transporte de turistas (que não existe e que se deseja passe a existir), dos bens pouco melhor estaremos, com a honrosa excepção no que respeita ao porto de Sardoura,

A ESCADA DE PEIXES EM CRESTUMA,  PARA QUANDO?

O que dizer da reposição das praias e da criação de condições para a fauna píscicola migradora?
Não é a primeira vez que falamos deste assunto; mas é certo que este é o momento oportuno para voltar a falar dele!
Porque razão esta região há-de ficar definitivamente  privada da lampreia e sável que, todos sabemos, subia o Douro e caía nas redes e armadilhas dos nossos pescadores, por estas alturas do ano, acrescentando rendimento aos pescadores para deleite dos seus apreciadores?
Para quando alguém com responsabilidades nesta matéria assume o encargo de repor a circulação dos peixes migradores nas nossas barragens designadamente em Crestuma?
Sabemos que nos países nórdicos estas tecnologias estão mais avançadas;  mas também em Portugal algo se tem vindo a fazer, o que é meritório e deve ser conhecido. É o caso de Coimbra, no Mondego. Entrou em funcionamento a passagem de peixes no açude ponte de Coimbra. Este ano o Secretário de estado do Mar tomou já medidas no sentido de acautelar e monitorizar comportamentos com vista à maior eficácia do sistema. http://www.icnf.pt/portal/icnf/legisl/legislacao/leg2013/portaria-n-o-32-2013-de-17-de-janeiro-d-r-n
É então oportuno perguntar: - E nós cá, em Crestuma,  já fizemos tudo o que deverá ser feito para repor as nossas lampreias, sáveis e savelhas, nas nossas pesqueiras e…nas nossas mesas?

A ECONOMIA SERÁ O SOMATÓRIO DE TODAS AS ACTIVIDADES PRODUTIVAS

Das regiões do interior rezam apressadas estatísticas: que não têm indústria, emprego e que estão a desertificar. Esquecem as mesmas que em muito desse interior é que se fabrica a energia (das barragens, das eólicas e da biomassa); nem que para isso se tenham perdido praias fluviais, paisagem e fauna piscícola; economia de subsistência, memória e a gastronomia . É igualmente neste interior que hoje, no Douro, se desenvolve a indústria do turismo, que faz subir barcos maiores e mais pequenos, com gente insaciável que busca valores, mas que esse interior ainda não teve meios para lhes mostrar…














escreveu Martinho Rocha

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