sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Feira do século XIX - Domingo 12 de Outubro -

Mas além do que anuncia o cartaz há mais...
Também uma oportunidade para ver os fósseis do Couto Mineiro do Pejão, que vem sendo coleccionados por António Patrão




quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Um novo caminho de ferro no Couto Mineiro do Pejão










Pacificada que parece a questão da inevitabilidade da empresa das águas assumir uma parte dos custos com a recuperação e manutenção da Ponte Velha (dada a leitura que se faz sobre a forma como decorreu a última Assembleia Municipal sobre o assunto e que teve lugar na Junta de Freguesia em Oliveira do Arda), há que olhar em frente ( o indeferimento da classificação por parte da DGPC reclama a valorização e associação à ponte rodo-ferroviária de outras estruturas das Minas) e lançar novas sementes; o sonho de reactivar o caminho de ferro inspira já um valioso trabalho de Mário Gonçalves Pereira que pretende despertar consciências e alertar para as potencialidades e responsabilidades que todos temos nesta matéria.

                                                   CAMINHO DE FERRO DO PEJÃO
   


“(…) Um dia, ainda não adolescente, pedi a meu pai para me levar a viajar com ele,  por uma noite, na sua “máquina”, no seu vai-vém, entre o Choupelo e o Martelo da Arte, pelo referido Vale da Cana. Depois de muita resistência pela sua parte mas de muita insistência pelo meu lado, acabou por aceder ao meu desejo de criança e lá fui. Lá andei para trás e para a frente, vendo meu pai controlar a pressão do vapor, a temperatura da fornalha, o nível de água, apitar quando necessário e o seu ajudante introduzir combustível na fornalha, acrescentar água na caldeira onde se produzia vapor, lubrificar mecanismos, mudar a “agulha” da linha sempre que se faziam manobras, receber as instruções do maquinista para isto e para aquilo, etc. Tudo aquilo, para a minha idade, era “um bicho de sete cabeças ou mais”: manómetro, termómetro ou pirómetro, indicador de nível, alimentar a fornalha, caldeira expelindo vapor, e aqueles tirantes, quais braços, para a frente e para trás produzindo movimento nos rodados, etc, era confusão a mais. Só mais tarde ao estudar mecânicas e leis físicas, consegui compreender essas operações e manobras e a necessidade de tudo aquilo. Aquela foi para mim uma noite inesquecível e de glória. Como na época não havia transportes públicos, nem isso era possível para aqueles locais, a viagem para o trabalho fazia-se a pé, pelo que eu tive que caminhar e aguentar esse trajecto de alguns 5 ou 6 km, a lado de meu pai que transportava o seu gasómetro para alumiar o nosso caminho. Ficou-me, assim, na memória, que agora passo a papel, a experiência de uma noite de trabalho na vida de um maquinista de tracção (por sinal meu pai).
(…)
Sempre que percorro os locais do couto mineiro do Pejão, inclino-me com respeito defronte das pequenas montanhas e montes do Pejão, do Fojo, de Guirela, de S. Domingos, da Póvoa, da Serrinha, de Germunde, e tantas outras, que foram na verdade verdadeiras “montanhas mágicas” onde no seu ventre, no interior das galerias, durante anos, se verteu muito suor, correu bastante sangue e se formaram rios de lágrimas, de muitos mineiros, a par do minério que ia sendo desventrado para proporcionar calor, conforto e bem-estar às populações e fomentar o desenvolvimento industrial e comercial do país.
(…)
A ADEP pode recolher e tratar essas informações e dádivas que lhe forem chegando daqueles que desejam, como eu e outros, que se torne realidade, quanto antes, o Museu do Pejão, associado a uma linha de caminho de ferro turístico nas margens do Arda e Douro, mas também sobre a ponte, em Pedorido, Castelo de Paiva, pondo em funcionamento, para o efeito, uma das três locomotivas que ainda se encontram em Portugal, se alguma delas puder ser reparada para vir a funcionar: a que já se encontra em Pedorido ou uma das presentes nos museus da CP em Estremoz e Santarém. O ideal seria a locomotiva Pejão, que simbolicamente é a que melhor retrata o icon Pejão no contexto das minas e parece ser a que está em melhores condições técnicas.
Se não for possível a reparação de nenhuma delas, que se adquira uma nova ou mesmo usada que satisfaça as necessidades requeridas para esse efeito.
Os turistas não deixarão de aparecer nos Barcos Turísticos que sulcam os nossos rios e que podem ancorar num cais acostável no rio Douro, junto à Igreja de Pedorido e nas margens da foz do Arda. Outros virão em autocarros, automóveis, motos e bicicletas ou mesmo a pé de mochila às costas. Restaurantes, hotéis e indústria ligada ao turismo não tardariam a aparecer. Pedorido, Oliveira do Arda e arredores formariam um grande pólo turístico de desenvolvimento económico-financeiro e de criação de empregos.
Podem considerar esta ideia uma utopia, um sonho, mas se houver vontade política local, municipal e nacional, tudo isto se concretizará, com um bom projeto apresentado e recorrendo a fundos Comunitários Europeus.

Aconselho vivamente todos os interessados a visitarem os locais exteriores que aqui enumerei para que possam avaliar melhor as potencialidades turísticas do legado da Carbonífera neste Couto Mineiro do Pejão.(…)”






transcreveu e apresentou Martinho Rocha, um trabalho de Mário Gonçalves Pereira

domingo, 21 de setembro de 2014

Na Feira do século XIX, visite o nosso espaço de museu "Primeiras Artes".


É o nosso Museu Rural. Espaço temático único na região. Inclui “Casa dos Engenhos Dr. Justino Strecht Ribeiro” e  espaço “Primeiras Artes”.
No primeiro estão expostas peças que demonstram e recordam antigas atividades agrícolas: engenho e lagar de azeite, de uma só galga, com os tradicionais capachos de esparto feitos pela Tia Rita Ceireira (de Sardoura); moinho de moer linho que pontualmente funciona para moer linho das nossas plantações; lagar de vinho com prensa de vara.

No segundo um conjunto imenso de alfaias  e instalações ligadas às mais diversas actividades tradicionais onde não faltam também as ligadas às Minas do Pejão, e onde estão os fósseis de António Patrão e todo o espólio do nosso barco rabelo "Douro Paiva".


sábado, 20 de setembro de 2014

Dois textos de Augusto Silva, que nos devem fazer reflectir...e agir!

O Tema da Ponte Velha de Pedorido, na Assembleia Municipal de hoje - 20 de Setembro de 2014.

Um texto do pedoridense Augusto Silva que merece passar nesta tribuna, e também uma homenagem às gentes desta terra que sendo anónimos trabalhadores, exploraram o carvão, construiram socalcos e casas, linha de caminho de ferro, pontes - este casco físíco e de memória - de que desfrutamos  e para o qual temos o dever de cuidar e melhorar para que alguma herança possamos deixar aos vindouros.

"Muitas pessoas, felizmente, sentem e têm manifestado todo o seu apoio pela conservação e continuidade da nossa Ponte Centenária, e, isto, quanto a mim, deverá servir de estímulo para aqueles que dão a cara por este Movimento! 
Neste tempo cheio de ambiguidades e de incertezas quanto ao futuro para esta região, a nossa Ponte Centenária traz consigo um valor, que começa a ser raro e que vale mais que o ouro, porque, vê-se, que consegue pôr à sua volta pessoas com as mais variadas e diferentes posições ideológicas e até religiosas, e, que, vivem, ou moram próximas, mas também bem longe, por vezes, mas que reconhecem na Ponte Centenária um papel cultural muito relevante, mas, sobretudo um papel económico, que serviu e uniu gerações, que, em boa parte foram os nossos antepassados, ou os antepassados de toda esta região, que já foi mineira.
Já trouxe aqui, a este Mural do nosso Movimento o exemplo do meu visavô Luís Moreira, trabalhador rural, que, aos 20 anos de idade, ainda no período monárquico, chegou a participar no levantamento de parte da estrutura de pedra em que assentam as partes metálicas da nossa Ponte, mas, o mais natural, é que outros homens daqui e de outros lugares vizinhos tenham também participado activamente nessa mesma obra, que na época, deveria ter levantado de fervor festivo toda a região paivense e dos arredores!
Décadas depois, esta nossa Ponte Velhinha do Arda viria a prestar outros serviços relevantes, que seria bom relembrar... Basta citar o trabalho continuado das locomotivas e dos vagons de carvão ao serviço da Carbonífera durante décadas e décadas, que uma boa parte de nós ainda retém nas memórias e que morrerão connosco, porque assim manda a vida, limitada, como sempre foi...
Claro, que vai haver dificuldades, seguidas de outras dificuldades, mas temos de saber contar com essas dificuldades, mas, sobretudo, saber sempre apoiar-nos uns nos outros, procurando mais apoios, que, como a Adep (Paiva) podem fazer a diferença, para que a nossa Ponte Centenária saia por cima e a cantar Vitória, rumo a um futuro, que temos a obrigação de ajudar vir a fazer-se! 
Um "Bem haja" a todos os que apoiam este processo da Ponte Centenária!
Augusto Silva "

LEVANTAR UM BOCADINHO O VÉU...
"QUEM NÃO DEVE NÃO TEME!"

(...)Neste dia triste e chuvoso acordei decidido a tocar num ponto fraco e que tem sido muito badalado nos órgãos de comunicação social, mas também nos tribunais...
A corrupção (é disso que quero falar...) terá vindo a aumentar no nosso país, na medida directa em que a jovem Democracia foi sendo posta à margem, e, já não é possível, sequer, tentar esconder, porque os próprios tribunais, têm tido decisões de alguma severidade, apenas resta saber, se as referidas penas, irão ser cumpridas...
Isto da corrupção traz-me muito intrigado e porquê?! Estes espaços públicos como a Net, diz-se, servem p'ra tudo e mais alguma coisa, mas, fico com as minhas dúvidas e vou explicar porquê...
Imigrei há 51 anos vindo duma das aldeias lindas do ex-Couto Mineiro do Pejão, mas, sempre afirmei, que foram ali as minhas origens, como acho ser coisa normal e que nem merece discussão... Ao conhecer e reconhecer os amigos da primária e da juventude, só por si, já justifica tudo no seu pleno!
Todavia, há uma coisita que penetrou na minha cabeça e de lá não quer sair... Todos fomos sendo informados de que a Carbonífera do Douro fechara como empresa mineira em 1994, que a maior parte do espaço do lugar de Germunde teria sido vendido e passado para mãos de gente privada, e, também li, aqui, recentemente, que o Fôjo teria continuado na posse da coisa pública (leia-se Junta de Freguesia ou Câmara...)
Acerca do desmantelamento de toda a estrutura ferrosa e da maquinaria da ex-Carbonífera ninguém terá dito nada, aqui no Face, que eu tenha lido!... Ou seja, batemo-nos e bem, pela continuidade da Ponte Centenária, que, para bem nosso não foi retirada neste processo ( era tudo público, sob administração estatal, creio), mas, o atrevimento ficou-se pelos carris!!!...
Em Germunde, vê-se ainda à distância (a quilómetros de distância) o exterior da parte estrutural do novo Poço Mestre, que terá sido inaugurado em 1984 (creio, pelas minhas contas) para funcionar apenas 10 anos certinhos... ( e assim se esbanja os dinheiros públicos, porque não se rentabilizam máquinas que custaram milhões...). Penso, todavia, que todo o interior de maquinaria e ferroso (carris incluídos) mais todo o exterior de ferro e aço diverso, mais o teleférico e armazéns, máquinas a vapor, carris do Fôjo até Germunde, etc.,etc, terão tido um destino de que ninguém fala, ninguém diz nada, vai-se lá saber porquê... Bastaria dar a saber quem vendeu o quê, quem comprou e por quanto comprou, além de dar a saber quem foram os concorrentes. Isto, para ser limpinho, limpinho!
Fico a pensar para mim, que todo este recheio (grande recheio, que seriam milhares e milhares de toneladas) teriam feito parte dum negócio de que nunca ouvi falar, mas também nunca perguntei, nunca comentei e nunca ouvi comentar!!!
Depois do que se tem passado em tribunais, metendo figuras do estado português, primeiro como acusados, a seguir, saírem mesmo condenados, sou levado a pensar, que aqui também poderá ter havido "rato escondido com rabo de fora!"
O ditado pode ser muito antigo, mas continua bem actual:
" Quem não deve, não teme!"
Augusto Silva "

E afinal, não se diga que (já em 1992) não havia ideias e pretensões...terá havido sim, como hoje, quem fizesse ouvidos de mercador e assobiasse para o lado



quinta-feira, 18 de setembro de 2014

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Feira do século. XIX - foto da 1.ª edição !

                    17.ª edição da Feira do século. XIX . Domingo 12 de Outubro, no Parque das Tílias