domingo, 28 de outubro de 2012

Acudam, vai-se o Forno Telheiro de Real!


A ADEP pede intervenção do IGESPAR para que conheça e tome medidas cautelares para obstar à degradação a que vem sendo sujeito o forno telheiro de Real.
Trata-se de um testemunho com evidentes sinais de importante construção do que pode ser um forno telheiro que está em processo de contínua degradação o que constitui uma perda irreparável para o património se não forem tomadas medidas cautelares.
A ADEP encaminhou pedido de ajuda urgente ao IGESPAR alertando para o facto dos sinais evidentes de degradação a que vem sendo sujeito por virtude das infiltrações e do acidentado do terreno onde o mesmo se encontra, lamentando que desde 2008, ano da notícia da sua descoberta, nada tenha sido feito no sentido de conhecer e acautelar o achado.


Passados que foram trinta anos pós as primeiras escavações (em Valbeirô - Sardoura) que promoveu sob a orientação do Arqueólogo Lino Augusto Tavares Dias a ADEP vem somando inúmeras participações, recolhas, visitas e estudos pelo concelho e região em colaboração com universidades, investigadores e alunos.
A descoberta nos últimos anos de  mamoas, da  ara do Terreiro, em Vila Verde, do que pode ser um forno telheiro dos séc. XVI/XVII, em Real e dos trabalhos de proteção ao Marmoiral, Mamoa de Carvalho Mau e Cruzeiro de Carcavelos demonstram que a ADEP é, também na Arqueologia, a única entidade que no terreno continua a desenterrar testemunhos, a reclamar e a fazer estudos, proteção e divulgação do nosso património.
De lamentar que a generalidade dos materiais localizados e conhecidos estejam dispersos pelos museus vizinhos e no concelho não existam condições e espaços que não sejam os que a ADEP lhe vem disponibilizando sem que receba quaisquer apoios consignados para esse fim.  (Dos projetos de museu que já houve - e ainda há?- falaremos um dia).

domingo, 21 de outubro de 2012

O "Edifício da Cadeia" em 1832 já servia de Casa de Comarca e Paço Foral das Audiências


O atual edifício da Cadeia cujo projeto à época foi entendido como “desproporcionado a respeito da terra, que não passava de concelho subalterno” sabe-se que estava já em funcionamento em 1832 e servia de Casa de Comarca e Paço Foral das Audiências.
Em 1775, um mês antes do fatídico terramoto, a Junta do Sereníssimo Estado e Casa de Bragança, tinha entendido por parecer, que se assim Sua Majestade fosse servido, a obra se devia realizar (…) sendo de sua conta a responsabilidade do projeto e sua direção. Mas vários foram os pareceres prévios sobre a forma de custear tal empreendimento, pois que se para uns cabia ao senhor da terra (Casa de Bragança), para outros era o povo que deveria pagar e para isso Sua Majestade teria de o determinar.
Os juízes e mais oficiais da Câmara do concelho tinham apresentado uma exposição a dar conhecimento da “necessidade que (tinham) de casas para audiências, Paços do concelho e cadeias”. A casa de audiências que também servia de cadeia estava de tal forma degradada que os presos fugiam e quando chovia era necessário recorrer a casas particulares, além de que tal situação para além do prejuízo acarretava grande falta de “temor de Justiça”.
As razões invocadas eram confirmadas pelo Ouvidor da Comarca de Barcelos como pelo Desembargador Procurador da Fazenda e Estado da Casa de Bragança. Ambos entendiam que as obras se justificavam quer pelos muitos pleitos vivis e crimes, pelo pessoal que nele exercia e pelo “gravíssimo detrimento” que advinha para a Justiça do estado de ruina a que tinha chegado a pequena casa térrea (localizada em Nojões - Real) que servia para as audiências(..)e prisão.
N.B. - Para saber mais, ler na página anexa texto “3 – O “Edifício da Cadeia” de Domingos Quintas Moreira

No próximo NATAL ofereça:


No próximo NATAL ofereça:

1. CULTURA - Publicações disponíveis:

"Elementos para a História de Castelo de Paiva", de Margarida Rosa Moreira de Pinho;
"Lendas e Tradições de Castelo de Paiva", de Adriano Strecht Vasconcelos;
"Manual do Cultivo e da Confecção do Linho", de Domingos Quintas Moreira;
"A Necrópole de Valbeirô- Sardoura", de Lino A. Tavares Dias
"Frases rimadas" de Mário Gonçalves Pereira

2. ARTESANATO (em madeira):

Compostores em madeira e ninhos artificiais

3. ÁRVORES (do Parque das Tílias):
Árvores de Fruto (Figueira, macieira, ameixoeira)
Ornamentais: Azevinho; Tília; Carvalho, Loureiro

4. AROMÁTICAS /Chã: Flor de Tília; Cidreira; Limonete

Nb. A ADEP tem também para venda vídeos alusivos a algumas das suas actividades.

domingo, 14 de outubro de 2012

E uma vez mais a Feira no seu melhor !

A  Feira do Séc. XIX, apesar de alguma chuva pela manhã, levou pela 15.ª vez uma multidão à Frutuária - Parque das Tílias!



A Direcção da ADEP, muito sensibilizada pela adesão  em crescendo de participantes e visitantes agradece reconhecida a todos quantos de forma anónima e voluntária contribuem para o êxito que se vem repetindo anualmente.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Feira do séc XIX. Álbum sobre o Cruzeiro de Carcavelos. Convite aos Mineiros

"O Cruzeiro de Carcavelos Ano de 1675 - séc. XVII" é o título  do novo álbum de textos e fotos alusivos à recuperação daquele valor patrimonial, oferecido por Mário Gonçalves Pereira à ADEP, que vai estar disponível no Arquivo Fotográfico Luís Lousada Soares, no Domingo, dia 14, no contexto da 15.ª edição da Feira do XIX.Este monumento tem um significado importante por ser oriundo do Vale de Sá - o vale mais fértil do concelho, irrigado por um afluente do rio Sardoura e com um enquadramento arqueológico ainda por estudar, mas com uma grande quantidade e variedade de vestígios arqueológicos valiosos, datáveis desde o período megalítico à idade média.
Esta intervenção é mais uma iniciativa de recuperação de património - uma estratégia silenciosa mas permanente da ADEP, que gere assim de forma perene e multiplicadora os meios de que vai dispondo - depois das que são públicas, designadamente nas áreas da arqueologia (Marmoiral, em Sobrado e Mamoa de Carvalho Mau no Paraíso e etnografia (construção do barco Rabelo, construção da Casa do Engenhos, recuperação dos engenhos de sangue, atafonas do linho e de moer azeitona) e recente instalação do Museu "Primeiras Artes".
Sobre estas e outras iniciativas dispõe o arquivo de inúmera bibliografia, escrita e fotográfica que pode ser igualmente consultada e visionada, alguma já condensada em álbuns similares ao que agora é recebido, e também eles doados por Mário Gonçalves Pereira como por exemplo os alusivos ao espólio fotográfico das Minas de Pejão, cujos principais actores, ex-mineiros, são também eles convidados a visitar o local quer no Domingo, quer já a partir da tarde de Sábado.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Em 1876 o edifício da Câmara ainda não existia...


O Edifício da Cadeia voltado para a que viria a ser, e ainda é, a actual Praça da República é que era a residência oficial da Câmara Municipal. O texto que apresentamos na página anexa é uma verdadeira pérola. Só os ratos de biblioteca e os historiadores  os procurariam e lhes atribuiriam algum valor. Assim graças à sorte e generosidade de M. Vieira Dinis(*) também nós inusitadamente podemos ficar a saber mais!  Como refere o autor, por mera casualidade o achádego foi salvo da entulheira. Sítio onde tantas coisas, cá na terra - nem sempre as mais acertadas- têm ido parar! 
Assim, ficamos a saber que em 1876 (12 anos antes de se construir a Escola Profissional Agrícola – “Fructuária de Castello de Paiva”), Castelo de Paiva estava afeto à Comarca de Arouca, tinha como Presidente da Câmara António da Silva Gouveia e o concelho tinha já 8.151 habitantes. Ficamos ainda a saber quem eram os párocos e outros profissionais.
(*)A talho de foice reconhecemos que o autor, de Paços de Ferreira, foi nosso concorrente premiado nos nossos Jogos Florais  (atividade, a que havemos de referir-nos  um dia, desenvolvida pela ADEP nos inícios dos anos oitenta, do séc. XX!)