domingo, 29 de maio de 2016

ainda pelas memórias das Minas do Pejão!

Recebemos do associado e colaborador Jorge de Castro o conteúdo que publicamos.
A Locomotiva Choupelo ainda é viva, tem bom aspecto, está brevemente a comemorar 100 anos que foi adquirida pelas Minas do Pejão, e está no Museu!
A segunda foto serve para fazer uma comparação (ainda que a marca seja diferente) e perceber o estado do equipamento do interior que na Pedorido não existe - porque terá sido saqueada, esta que está estacionada em Pedorido.






terça-feira, 24 de maio de 2016

JOGOS TRADICIONAIS E MUSEU ABERTO: nas próximas quartas-feiras à tarde!





A Direcção da ADEP convidou no passado sábado os associados e público em geral a visitar o seu espaço - Museu Etnográfico Dr. Justino Strecht Ribeiro. O convite repete-se para todas as quartas-feiras de tarde.
Quer também com esta iniciativa promover a dinamização do Parque e encontrar voluntários para programas e tarefas de animação. 
A Direcção reitera estar disponível para receber propostas de colaboração e parceria, para animação, entretenimento, oficinas, recreio e acompanhamento de crianças e idosos, venham elas de pessoas individuais e/ou colectivas.
Voluntarie-se para esta iniciativa!


No passado sábado foi acrescentado ao conteúdo do Museu um quadro alusivo aos Jogos Tradicionais,  que aqui se dá nota, designadamente da parte que muito diz ao Parque das Tílias/Frutuária e à tradição do Jogo da Malha que dava direito aos vencedores (e a todos os participantes) a beber da caneca da "remessa", no tempo do sr. Pinto. 
Eis um exemplo de jogo que pode voltar!

A Malha  / Chinquilho

Trata-se de um jogo comum a nível nacional. Em alguns locais usa-se uma base em madeira, para protecção do solo quando este é construído, onde é colocado o pino, noutras zonas (como era uso no Parque das Tílias) apenas um terreno plano e pouco duro é suficiente. A distância de jogo varia entre os 12 e os 18 metros, escolhem-se os parceiros ou a selecção é à sorte, mas também se joga em equipa unitária. Os primeiros ficam com duas malhas circulares de ferro, na mão, e procuram lançar alternadamente, a fim de derrubar o pino, ou que uma das malhas fique o mais perto possível do pino. A equipa vencedora tinha direito - em Paiva, no Parque das Tílias -  à “remessa” caneca de vinho branco misturado com cerveja ou gasosa, por onde todos acabavam por beber.




quarta-feira, 18 de maio de 2016

Dia dos Museus abertos, na ADEP, é no próximo sábado à noite!


Este sábado à noite o nosso espaço de Museu Etnográfico vai ter acesso livre para os associados, doadores, patrocinadores, colaboradores, amigos e população em geral. Queremos também com esta iniciativa que se vaí repetir todas as quartas-feiras de tarde, promover a dinamização do Parque e encontrar voluntários para programas e tarefas de animação.

A Direcção da ADEP deliberou convidar os associados e público em geral a disporem de algum do seu tempo livre para ajudar a suprir as tarefas que assegurem as condições mínimas, indispensáveis, à abertura do Parque das Tílias.
A Direcção entende, tem defendido, que abrir o seu abrir o seu Parque ao público no dia a dia(...) exige a comparticipação e colaboração solidária de meios públicos capazes de assegurar uma gestão sustentável que garanta os aspectos da limpeza dos espaços, e dos W.C., rega, poda e de intervenção e implementação de melhorias ao nível das estruturas.
No ano passado, e também nos anos anteriores, com outra gestão camarária, apesar de prometida, essa parceria faltou; pelo que para se assegurar – pelo menos no Verão próximo - essa abertura do Parque ao público em geral, será indispensável activar essas parcerias ou poder contar com o trabalho de voluntários.
A Direcção reitera estar disponível para receber propostas de colaboração e parceria, para animação, entretenimento, oficinas, recreio e acompanhamento de crianças e idosos, venham elas de pessoas individuais e/ou colectivas.

Voluntarie-se para esta iniciativa!

domingo, 8 de maio de 2016

Lixo nas primeiras minas do Pejão



Monte das Cavadinhas - 1.ªas Minas do Pejão



lixos em Paraduça, 1.ªas Minas do Pejão


cristas de quartezitos no S. Gens

Mina dos Cubos -Sobrado e Bairros


É necessária outra atitude. As pessoas individualmente não podem continuar a depositar lixo onde melhor lhe convêm. Por sua vez as autarquias deverão criar locais facilmente acessíveis para a recolha de lixos que deve ser reciclado (material eléctrico e electrónico, mobiliário, calçado,etc.), para bem do nosso ambiente, da nossa economia, mas essencialmente para não termos de assistir a este cenário de desrespeito para com a nossa história e nossos antepassados mineiros. O depósito de lixo com que deparamos na recente passagem pelas primeiras minas do Pejão, no Monte das Cavadinhas, no Pejão (Mina de Paraduça) é um flagrante e triste exemplo do nosso comportamento civilizacional. 
Os locais das antigas minas deveriam merecer outra atenção, por forma a serem conhecidas e protegidos os seus vestígios e também para segurança das pessoas e animais. 
Na região, no alinhamento da antiga zona de mineração do Paiva a Santo Adrião e ao Douro, por exemplo, existem diversos locais a merecer identificação/sinalização e protecção, pelo perigo que representam para as pessoas - hoje que tantas iniciativas, desportivas e de recreio se desenvolvem por terrenos pouco conhecidos.... Há locais de extraordinária importância com vestígios de minérios explorados, noutros marcas de actividade de seres vivos ancestrais como os icnofósseis (cruzianas), das trilobites e outros artrópodes que habitavam os mares de então. Também os locais onde foram ao longo do tempo depositados lixos industriais, das empresas, dos hospitais, da exploração mineral, alguns deles tóxicos e que é possível identificar na região, deveriam merecer tratamento - outra atitude das entidades públicas com responsabilidades nessa área...













escreveu, Martinho Rocha

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Parque das Tílias, Castelo de Paiva: quer ajudar a dinamizar o parque, apareça !


Esta sexta - feira dia 6 e segunda -feira dia 9 na ADEP, às 21,30 horas, esperamos por si. Queremos associar voluntários para a animação do Parque das Tílias e Feira do Séc. XIX. Venha connosco!


A Direcção da ADEP deliberou convidar os associados e público em geral a disporem de algum do seu tempo livre para ajudar a suprir as tarefas que assegurem as condições mínimas, indispensáveis, à abertura do Parque das Tílias.
A Direcção entende, tem defendido, que abrir o seu espaço ao público, está além das suas possibilidades humanas e materiais, extravasa mesmo as suas prioridades estatutárias, e por isso exige a comparticipação e colaboração solidária de meios públicos capazes de assegurar uma gestão sustentável que garanta os aspectos da limpeza dos espaços, e dos W.C., rega, poda e de intervenção e implementação de melhorias ao nível das estruturas.
No ano passado, e também nos anos anteriores, com outra gestão camarária, apesar de prometida, essa parceria faltou; pelo que para se assegurar – pelo menos no Verão próximo - essa abertura do Parque ao público em geral, será indispensável activar essas parcerias ou poder contar com o trabalho de voluntários.
A Direcção reitera estar disponível para receber propostas de colaboração e parceria, para animação, entretenimento, oficinas, recreio e acompanhamento de crianças e idosos, venham elas de pessoas individuais e/ou colectivas.

Voluntarie-se para esta iniciativa!
Anuncie a sua disponibilidade, marca encontro connosco: também em adeppaiva@gmail.com ou facebook

domingo, 1 de maio de 2016

1.º de Maio: os salários nos primórdios da nossa industria / Pejão e Frutuária de Castelo de Paiva



(Associamos este nosso texto ao evento "Exposição e apresentação do Livro Carvão de Aço" a ter lugar amanhã do Poço de Germunde - é o nosso contributo!)

No 1.º de Maio recuemos aos primórdios da nossa industria / Pejão e Frutuária de Castelo de Paiva

trabalho comparativo de salários fixados para o quadro de Pessoal da Frutuária e o praticado nas Minas do Pejão.


Plano de organização da Escola pratica de lacticínios de Castelo de Paiva “Fructuária de Castelo de Paiva”  - publicado no Diário do Governo n.º 44 de 23 de Fevereiro de 1889 - Paço , 18 de Julho de 1888 – Emygdio Júlio Navarro
Art.º 18.º O pessoal da Escola é composto de:
1 director agrónomo; 1 professor auxiliar; 1 regente agrícola; 1 escriturário; 1 fiel de armazém; 1 perfeito;4 guardas trabalhadores; 1 servente
§1.º Haverá na escola um operário estrangeiro habilitado na manipulação de lacticínios para guiar os trabalhos da fructuaria, debaixo da fiscalização do director.
§2.ºAlém do cozinheiro, que deverá ser contratado, poderão ser admitidos, nos termos das instruções regulamentares, os indivíduos que forem necessários para os serviços eventuais da escola, devendo ser todos considerados(…)

1 Director – (vencimentos de categoria, de exercício e gratificação 720$000 réis
2 Professor auxiliar(vencimento de categoria e de exercício) 500$000 réis
3 Regente agrícola (vencimento) 300$000 réis
4 Escriturário (vencimento) 360$000 réis
5 Fiel de armazém (1) (vencimento) 144$000 réis
6 Fiel de Armazém (1) (armazém) 180$000 réis
7 Guardas trabalhadores e serventes (2) 180$000 réis
(        (1) Têem alimentação na escola
(            (2)  Receberão só o vencimento de 100$000 réis  quando tenham alimentação na escola

MINAS DO PEJÃO
O horário de trabalho variava, na superfície – nascer até ao pôr do sol (oscila de 10 a 14 horas) – no interior – até 1890 8 horas diárias, a partir daí 10 horas. À parte outras ilações é gritante a diferença salarial entre homens e mulheres!


Em 1887  era este o QUADRO DO PESSOAL E SALÁRIOS da Companhia Carbonífera e Industrial do Pejão

Direção técnica
1 Eng.º 1500$000 réis
2 escriturários  444$000 réis
Trabalho subterrâneo
15 mineiros 350$000 réis
25 safreiros 240$000 réis
Escolha
1 homem 440$000 réis( o mesmo na superfície)
4  mulheres  140$000 réis ( o mesmo na Briqueteria)
Oficinas
6 ferreiros 460$000 réis
2 aprendizes 140$000 réis
8 carpinteiros 500$000 réis
Briqueteria
6 homens 260$000 réis
12 mulheres 140$000 réis
Trabalho à superfície
2 maquinistas 500$000 réis
10 homens 260$000 réis
(O Real foi substituído pelo escudo (como resultado da implantação da República em 1910) a uma taxa de 1000 réis = 1 escudo).



* Ao tratarmos este assunto é oportuno lembrar o mau estado em que se encontra o ficheiro pessoal dos Mineiros e da necessidade premente que se tomem medidas para a sua protecção atento o seu valor social, cultural e afectivo que representa para a comunidade.











Fonte: "O Carvão numa economia Nacional - O caso das Minas do Pejão" de Idorindo Vasconcelos Rocha
Inquérito Industrial 1890 . Vol 4





escreveu Martinho Rocha