FEIRA DO VINHO VERDE E DO LAVRADOR vs FEIRA DO SÉC. XIX

No dia de abertura da Feira do Vinho Verde e do Lavrador, é a oportunidade para divulgar a próxima edição da FEIRA DO SÉC. XIX - no Parque das Tílias, à Frutuária, Castelo de Paiva. 2.ª Domingo de Outubro.

Há 25 Anos rabelo "Douro Paiva" venceu a V Regata!

Hora da sopa. Apenas sete dos mais emblemáticos e conhecedores das artes do rio!

REGATA DE RABELOS. O Douro-Paiva, foi o vencedor da V Regata!

Vinte e cinco anos marcam um percurso imenso de iniciativas na área etnográfica. Este pode muito bem ser um desses símbolos de que algo fica a perpetuar a valia do nosso saber e memória para as gerações vindouras! Recorde-se que o "Douro Paiva" foi construído pela ADEP, participou em regatas, os nossos marinheiros passearam no Douro e no Paiva o povo, políticos, artistas e turistas...hoje está no Parque das Tílias onde faz parte do espólio "Primeiras Artes".

Flôr de Tília, amanhã e depois de amanhã !

Mais atrasada este ano, mas aí está. A flor de tília,ou melhor alguns ramos serão disponibilizados para que os sócios e os interessados em geral possam colher algumas flores para uso domestico. Amanhã da parte da manhã e quarta-feira da parte da tarde a ADEP,  como já vem sendo habitual, será a oportunidade para quem se deslocar ao Parque das Tílias, apreciar também o aroma e a sombra, que as mesmas árvores proporcionam !



P.S. A Tília spp. tem propriedades diaforéticas, aperitivas, sedativas e diuriéticas. É utilizada contra febres, hiper acidez gástrica, doênças hepáticas e biliares.

Este foi o resultado!

Além da ceifa os nossos "arquitetos" brindam-nos com esta imagem! 

Amanhã segue-se o linho. Mais dia menos dia há-de ser a apanha da flor de tília!

Segue-se o Linho: Amanhã pelas 14 horas!

Será assim, vamos arrancar linho, depois vamos ripar-lhe a baganha (semente), como a foto ilustra (numa participação na Feira do Vinho e do Lavrador) e de seguida há-de o caule ficar demolhado no lago.

Quem for, verá!

20 ANOS DE ATIVIDADE ETNOGRÁFICA COM O LINHO. - A cruz e a crença contra o arejo!

Esta imagem da “Tia Rita de Penas” exibindo a cruz que havia sido colocada quando da sementeira,  pode muito bem ser o símbolo deste trabalho, obtida na primeira “arrinca” em 1992, nos campos da Ranha, trabalhos que,  diga-se, muito se devem a José Gouveia Coelho.

Segundo Margarida Rosa Moreira de Pinho in “Elementos para a História de Castelo de Paiva” (última ed. ADEP) esta cruz, colocada no meio do campo no mesmo dia e após a sementeira,  era enfeitada de flores, é para que o arejo não dê na planta, quando esta começa a nascer.

Segundo Domingos Quintas Moreira in “Manual do Cultivo e da Confecção do Linho” (ed. Parque Biológico de Gaia e ADEP) a cruz de madeira, era colocada logo que a sementeira estivesse pronta. “Essa cruz era sempre envolta em trovisco para que não pegasse o arejo na sementeira”.

Paralelamente à sementeira e a algumas tarefas de confeção que muito bem têm sido desempenhadas pelo nosso grupo do Linho, de Real, a ADEP empenhou-se noutras iniciativas por forma a garantir os meios necessários para a integral abordagem desta temática que foram designadamente:

- A aquisição, recuperação e instalação de um antigo engenho de linho (atafona);

 - A publicação em parceria com o Parque Biológico de Gaia da Obra de Domingos Quintas Moreira “ Manual do Cultivo e da Confeccção do Linho”;

 - A recuperação e exposição de todos os utensílios de trabalho, na Casa Rural –junto à Casa dos Engenhos, anexa ao Museu “Primeiras Artes”, no Parque das Tílias, onde não falta, entre outros,  o ripo, a espadela, a roca e o fuso,  o sarilho, a parábola, o sedeiro, o tear e o cortiço da barrela!