sábado, 29 de agosto de 2015

Feira do Século XIX: Ficha de Inscrição disponível

Para quem  não gosta de deixar para o último dia, aí está a ficha de inscrição na 18.ª edição da Feira do século XIX.
Segundo o regulamento os espaços destinados a actividades de alimentação, bebidas e fumeiro estão sujeitas a uma regime de compensação. Quanto às restantes a inscrição é livre, tendo no entanto de ser validada, enviar para adeppaiva@gmail.com




sexta-feira, 28 de agosto de 2015

FEIRA SÉCULO XIX: Regulamento

Está em fase de discussão pública e pré-aprovação o regulamento para a 18.ª edição da Feira do Século XIX, a ter lugar no Parque das Tílias no Domingo 11 de Outubro próximo. A  ADEP aceita voluntários para apoio às diversas tarefas e funções e certificará a prestação.




REGULAMENTO DA FEIRA DO SÉC. XIX


1. Denominação: 18ª Feira do Séc. XIX

2. Data de realização: Domingo, 11 de Outubro de 2015

3. Responsabilidade, organização e marcação de espaços: ADEP

4. A inscrição a fazer em ficha própria deverá ser entregue até ao dia 3 de Outubro.

5. Hora de chegada e permanência de veículos no local de venda: das 7h30 às 9h30

6. Horário de abertura ao público: das 10h às 18h

7. Quem pretender montar a barraca com toldo, poderá fazê-lo na véspera (durante a tarde), dando essa indicação na ficha de inscrição. As coberturas (a montar pelos participantes) devem ser de pano, serapilheira, oleados (cobertos com colmo ou ramalhos) e nunca plastificados. Não podem ser usados fios nem cordas de naylon ou sintéticos. No interior dos espaços e nos seus arredores, não podem ter nenhum produto plastificado (vasilhas, sacos, baldes, bidões ...) nem panelas de alumínio ou outros utilitários modernos. Nesse espaço durante o dia não é permitida a presença de pessoas não trajadas nem veículos. No final, não é permitido deixar no recinto da feira qualquer barraca, construção ou lixos.

8. TRAJE – Os participantes nas exposições e vendas na Feira devem apresentar-se cuidadosamente trajados como nas Feiras de há cem anos e o traje deverá ser adequado à função que desempenham. As senhoras deverão usar lenço na cabeça ou o cabelo apanhado; não são permitidas unhas pintadas nem as faces. Não são permitidos relógios de pulso nem pulseiras de plástico. Não é permitida a permanência de pessoas não trajadas, ainda que acompanhantes dos vendedores, junto ou atrás das bancas.

9. PRODUTOS E SERVIÇOS EXPOSTOS – Exemplo: artesanato da região, gastronomia (pratos típicos, petiscos, fumeiro, enchidos, etc. ), água doce, limonada, chá (vendedores ambulantes), tanoaria, ferreiro e ferrador, tipografia, barbearia, carpintaria, engraxador, tamanqueiro e sapateiro, pelaria, alfaiataria, latoaria, produtos hortícolas e frutícolas provenientes de agricultor, animais, ou outros de interesse ao tema. A organização reserva o direito de confiscar todos os produtos que não estejam adequados às feiras do séc. XIX.

10. EMBALAGENS - As embalagens dos produtos a vender devem ser como antigamente: de papel, pano de algodão ou linho, serapilheira e nunca de plástico ou poliester. Não é permitida a venda de plantas em vasos plásticos. A organização habitualmente promove a venda de sacos de papel e de pano a preços simbólicos e reserva o direito de confiscar todos os produtos de plástico.


11. A todos se pede a necessária colaboração. O desrespeito pelas normas poderá ser punido com o encerramento do respetivo espaço de venda.

sábado, 22 de agosto de 2015

Croka's Rock - Rio Arda


Nas margens do Arda, um espaço de diversão para os jovens, mais novos e mais velhos, interessados na música e nos temas diversos trazidos p'ra este evento. Também o passado não foi esquecido e do que dele nos podemos servir para enfrentar o futuro: são textos, são lições de vida, são fotos da realidade da Mina.Os fósseis do Couto Mineiro de António Patrão (o testemunho mais antigo da nossa história natural) yambém podem ser vistos aí, hoje.
Estão presentes na exposição mineira o GDP e a ARCAF, e também a ADEP, a quem se agradece desde já a disponibilidade de Mário Gonçalves Peereira

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

O 35.º aniversário e as tradições que se vão perdendo




“Quando o barco era lançado à água, depois de entrar no rio não se esqueciam os ramos votivos para lhe dar sorte: no bico da proa um festão de flores de papel; à popa um ramo de oliveira com azeitonas (e bolachas)…
Estes ramos ficavam a cargo do arrais (que no nosso caso – e das fotos, foi o já saudoso Mestre Arnaldo de Melres) – pois no início da construção, contra o mau olhado, para não empachar o trabalho dos carpinteiros, o mestre construtor pregava pelo lado de dentro do bico da proa (na ouca da vante, portanto) uma cruz de trovisco formado por quatro hastes iguais.” transcrevemos do guião e textos do catálogo da Exposição O Barco Rabelo - "um retrato de família" de Octávio Lixa Filgueiras, para a Inauguração da Casa da Cultura, quando da visita de sua Excelência o  Senhor Presidente da República(1987). 
Queremos desta forma agradecer aos amigos que nos felicitaram no dia do nosso aniversário, a todos e a cada um queremos desejar a sorte que os nossos mestres construtores de rabelos procuravam alcançar com a sua crença.

Nós por cá continuaremos a trabalhar esperando merecer a vossa atenção e sempre que possível também a vossa participação ativa nos nossos eventos! 
Sobre cruzes de trovisco, ou outras, para afastar o mau olhado, destas e de outras tradições alguêm quer partilhar?  

sábado, 8 de agosto de 2015

A Ilha dos amores - alguns contributos !



                                            postal ilustrado dos anos 90 ADEP e CM


Sobre este verdadeiro monumento, que muito contribui para divulgar a nossa terra deixamos hoje alguns contributos, para a sua divulgação e preservação: contributos anónimos por sinal, de paivenses e não só, e são vários: na fotografia, na arqueologia, na poesia. 

                                                Poema oferecido por autor anónimo


Sobre este verdadeiro monumento, que muito contribui para divulgar a nossa terra deixamos hoje alguns contributos, para a sua divulgação e preservação: contributos anónimos por sinal, de paivenses e nao só, e são vários: na fotografia, na arqueologia, na poesia. 
Do poeta deixamos um pequeno texto: “ Ilha dos Amores” de forma simples e poética tentei enaltecer e perpetuar a lenda histórica da ilha, pela qual o povo designa de “ Ilha dos Amores “. Não é mais de que um retrato idílico de toda a beleza do local, referenciando o Castelo lugar e o castelo atalaia (posto de vigia) já desaparecida, focando o Douro Paiva rios e "Douro Paiva" barco rabelo. Menciono o alvo manto, que são os nevoeiros constantes que pela manhã cobrem o leito dos dois rios e que dão um espectáculo lindíssimo para quem vê dos sítios mais altos.
Ao mesmo tempo dei ênfase e poder mítico ao encontro duas bacias, mas fica ao critério de cada leitor tirar as suas ilações e interpretações.
Todos os meus conhecimentos e ensinamentos provêm do povo, seguindo esse raciocínio a poesia que fiz não me pertence, nestes termos, encarnando o espírito da Alma, devolvo através da ADEP ao povo o que é do povo.(...)
Nesse sentido os entrego.
  
ADN  º_º

A todos o nosso sincero agradecimento!

parceria Escola de Arqueologia Freixo, CM, ADEP

q.do das escavações arqueológicas

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Maquinista do comboio mineiro deu entrevista !


Como prometido publicamos mais uma entrevista de um maquinista do comboio mineiro do Pejão. Também este trabalho foi realizado pelos nossos amigos do Grupo de Dinamização de Pedorido, numa parceria que fizemos, para pedir a classificaçao da Ponte Velha (rodo-ferroviária) de Pedorido.
Serguir-se-ão outras entrevistas, também sobre outros temas, até porque não nos esquecemos da promessa feita, por amigos e associados, de meter ombros à obra, neste tempo de férias...

23/01/2014
Rio Mau
Nome: José Vieira da Silva
Idade: 85 anos
Morada: Rio Mau
Percurso:
Entrou para a empresa com oito anos de idade mas não como maquinista. Recorda-se ainda de um dos primeiros maquinistas, Sr. José Aradelo. Apesar de não entrar logo para trabalhar nas máquinas, a maioria do tempo que trabalhou nas minas foi nas máquinas (cerca de vinte anos), tendo começado a trabalhar nas máquinas com cerca de treze anos.
O transporte de carvão desde o Fojo até Germunde fora feito de várias formas. Inicialmente através de máquinas e depois com camiões pela estrada. Todavia a estrada começou a degradar-se e a Câmara Municipal não decidiu arranjar. Então a mina do Fojo acabou por fechar.
As máquinas não serviram apenas para o transporte de carvão. Serviram também como transporte para as Festas de Santa Bárbara, festas de grande impacto na região.
De todas as máquinas a maior era a Pé de Moura (*) cujos maquinistas foram o Sr. Aradelo, o Sr. Costa e o Sr. Dias.
De todos os maquinistas que se recorda ele é o único ainda vivo. Todos os outros constatamos que já faleceram.
Para que a máquina andasse mais depressa misturavam o carvão e quando assim eram apanhados levavam três dias de castigo.
Relativamente a episódios na Ponte Centenária, conta-nos também que os vagões teriam de passar aos poucos na ponte devido ao peso. Conta-nos também a mesma história do Sr. Abel (quando passaram cerca de vinte vagões pois não conseguiram parar).
Conta-nos ainda que o Sr. Tyssen por vezes vinha fazer uma visita e viajava na máquina. Mandava lavar-se um vagão para que ele pudesse ir.
Numa das suas visitas trouxe duas mulheres. Contudo, por vezes aparecia massa nas linhas que alguém colocava para fazer umas partidas e mais uma vez não conseguiram parar a máquina pois havia uma recta enorme e só depois uma curva.
De todas as máquinas o Sr. José lembra-se de existirem sete.

(*) sobre esta máquina demos noticia recente de estar restaurada e ponta a ser a vedeta em festa próxima num parque temático...em Inglaterra.


quinta-feira, 30 de julho de 2015

O Douro lá, e nós cá, a ver passar os barcos...

No dia 23 a imprensa diz que o Douro vai funcionar 24 horas por dia...no dia 30 que os barcos-hotel vão ter novos ancoradouros na Lixa - Gondomar,  e no Porto Carvoeiro - Feira...
Vão ser criadas novas centralidades, pontos de abastecimento logistico e interfaces com o aeroporto e as novas acessibilidades (CREP).
São expectaveis mais soluções para os produtos locais e emprego, menos custos na exportação de matérias primas e consequentemente traduzir-se-á num importante impulso para a economia local.
E nós que ao longo dos anos acreditamos no potencial do Douro e apelamos à necessidade de valorizar os nossos recursos endógenos (história, paisagem e tradição) que vimos assistindo à degradação do património e desinteresse por parte das entidadades públicas  em verdadeiras politicas de desenvolvimento sustentável, quer parecer-nos que uma vez mais vamos ficar a vê-los passar...

A nossa vivência ribeirinha com longinqua tradição, as nossas belezas naturais, recursos como o Rio Paiva e o Pejão,  deveria dar-nos outro estatuto nestas parcerias; e se não formos condidados deveriamos ao menos bater à porta. É que comparativamente ao concelho da Feira que tem dois palmos de margem no Douro nós temos mais de uma dezena de Kilómetros!



escreveu, Martinho Rocha