quinta-feira, 3 de julho de 2014

Uma ponte e muita história sem registo!


                                                               foto do arquivo do MDPCP

Como alguém disse:
O homem não pode querer só pão e circo!...
Tem de conhecer e dar a saber o que o rodeia, saber de onde vem e para onde vai.
Conhecer o seu passado histórico local e geral, preservar o património material e imaterial que o rodeia e que contribuiu para a sua vivência, para o seu crescimento e bem-estar, para a sua maturidade, para encontros ou desencontros, enfim, para a sua existência, é dever de todo o cidadão.
Passar aos vindouros esse conhecimento e essa realidade passada e presente, para além de uma virtude e de uma prestação de serviço, é também um acto de solidariedade e de justiça para com esses vindouros.
É uma tarefa que cabe a todos nós, enquanto cidadãos.
Para uma boa parte da população de Castelo de Paiva, o património que é a ponte de Pedorido, construída no século XIX, constitui, só por si, motivo mais que suficiente para nos incentivar a pesquisar, compreender e actualizar o seu riquíssimo passado histórico, um passado que marcou encontro com os nossos pais, avós e bisavós, um passado que parece longínquo mas que ainda está bem perto, no coração e na estima de alguns.
Uma ponte que foi uma passagem importantíssima no contexto sócio-económico local e concelhio, fazendo a ligação entre as duas margens do rio Arda, junto à sua foz, na sua confluência com o rio Douro. Uma ponte rodo-ferroviária que fez da região um pólo de desenvolvimento dos mais importantes no século XX.
Analisar e referenciar o seu passado é só por si uma tarefa ousada, trabalhosa, mas não difícil nem impossível, basta que prevaleça boa vontade no universo das pessoas e das entidades concelhias e nacionais. Ligar o seu passado de caminho ferroviário das ex-minas do Pejão ao futuro é básica e intrinsícamente manter a sua preservação e dar-lhe uma nova vida com um novo caminho de ferro à imagem do seu passado. Trazer este assunto à ordem dos dias de hoje será um contributo para que no futuro, os nossos filhos e netos possam orgulhar-se das tarefas levadas a cabo pelos seus progenitores.
A ponte mais que centenária de Pedorido não pode, não deve ser aviltada. É uma passagem para o futuro.

Mário Gonçalves Pereira, 03 de Julho de 2014

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