O nosso amigo, e já falecido Zé de Troia (que era como o conhecíamos),
colaborou connosco e aderiu pela primeira vez à iniciativa dos Moinhos Abertos
em 2011. Nesse ano aí fizemos uma caminhada e a adesão veio a manter-se nos
anos seguintes também com a colaboração
da Associação do Rio Sardoura.
Antes disso o Zé tinha mandado fazer uma recuperação
e diversos arranjos no Moinho de Cima, colocou um penado novo feito pelo Agostinho de Guivães. Tinha projectos para
uma intervenção no Moinho de Baixo que não conseguiu concretizar. Cedo de mais
partiu e o irmão Francisco que já assessorava “o negócio” tomou conta até que
também ele sofreu AVC e de há vários meses para cá deixou de manter o moinho a
funcionar.
O moinho estava a precisar de uma
reparação - coisa pouca - , a colocação da rela e sua mesa de suporte, reparação que não chegou a ser feita.
Problema para que se não vislumbra grande solução é que não há pessoas conhecedoras
da arte nas imediações e o Francisco apenas poderia, à distância, dar alguns
concelhos e ensinamentos. Não pode andar, não mora lá à beira e não vê quem
faça a reparação, e assegure a continuidade daquele que seria, vejam lá, o
segundo moinho do Sardoura a funcionar…
Desejarmos as melhoras ao Francisco e lançamos aqui este repto – no Dia
Internacional dos Monumentos e Sítios :
- Quem sabe alguma
pessoa ou instituição, vê nesta actividade uma forma de ocupação de vida
saudável e como tributo aos nossos costumes e saberes investe nesta iniciativa que
muito diz a esta terra e a este Rio Sardoura, que a tantas bocas deu pão (de
milho e centeio moído nestes moinhos) ao longo de gerações e gerações?
2 comentários:
Esta a ser salvo.....
Estava a fazer uma pesquisa "moinho Tróia" e deparei com esta noticia, não fosse ontem o último dia dos moinhos abertos 2017. Foi meu desejo que este estivesse novamente em funcionamento no fim de semana que passado, mas tal não foi possível, porque a reparação vai para além do que era inicialmente espectável. Neste momento é necessário arranjar madeira de carvalho para calçar o pé da mó.
Em breve haverá certamente novidades!
Bem haja para aqueles que ajudam a conservar estes belissimos monumentos.
A sua recuperação não é mais do que um tributo aos meus antepassados, aos meus avós, Manuel Oliveira e a sua esposa Isabel Martins de Oliveira, ao meu querido e saudoso tio José (Zé Moleiro da Tróia) do meu tio Francisco (Chico moleiro) de uma forma muito especial à minha mãe (São Moleira) que ainda hoje me conta algumas das história do seu tempo de menina de tenra idade em que ia entregar a farinha e trazia às vezes à cabeça os cereais para moer.
Bem haja para aqueles que de alguma forma ajudam a conservar estes belíssimos monumentos.
RuiSilva
Sobrinho do Zé e do Chico moleiro
Nem imagina a satisfação que este seu comentário nos desperta; além de vermos que o assunto não está esquecido, coincide com diligências que vimos a fazer, hoje precisamente. É que hoje mesmo (sem sabermos deste seu comentário) tentamos que uma Instituição ponderasse encontrar juntamente connosco uma forma de "ocupar" rentabilizar esta pequena indústria, capaz de produzir farinha para o pão de milho de Payva.
Mais, quem sabe temos a madeira de carvalho que precisa?
Força amigo!
Um abraço
Martinho Rocha
919112213
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