domingo, 2 de setembro de 2018

A Tapada do Outeiro, refulge do negro do carvão, como um sinal dos novos tempos!











A Tapada do Outeiro / um património, uma memória, num documentário de Sérgio Torres, apresentado ontem na Casa do Povo da Raiva e por nós publicitado e apoiado, constitui um importante trabalho cívico daquela comunidade ribeirinha que é também uma ajuda nesta nossa luta pelo Pejão. Obrigado amigos e companheiros de luta! Reconheça-se o que também tem vindo a ser feito em S. Pedro da Cova. Bem haja que em boa hora aparecem estes protagonistas ainda dessa outra "mina" (Medas, Broalhos, na Tapada do Outeiro). A Tapada do Outeiro, à parte todos os aspectos nefastos que possa ter representado (com a queima do carvão) - como aliás aconteceu com a sua exploração nas Minas, seja do Pejão, seja de S. Pedro da Cova, tem de ser percebidas na lógica/necessidade e no conhecimento da época. E isso a vários títulos não pode deixar de reconhecer o progresso civilizacional, social, cultural desses investimentos. Quanto ao Pejão, não haverá dúvidas que deste lado do rio de há muitos anos há quem pense de uma outra forma que aquela que está a deixar tudo o que é material sem qualquer resquício ou sinal de vida...efectivamente o Pejão merecia/mereciamos nós outra história desde 1994 para cá. A venda de todo aquele património nem sequer incluiu uma simples cláusula de reversão ?...ou como alguém já disse, bom seria que cada um começasse por testemunhar a intervenção que teve, para tornar o processo mais célere e transparente. Fomos todos enganados ou apenas alguns ? E sem querer passar culpas, apenas lembrar aspectos que não devem ser esquecidos, é caso perguntar: - porquê ainda em vida da empresa (portanto, antes de 1994) não foi acautelada (pelo Ministério e Administração da empresa) a sugestão publica que lhe foi feita pela ADEP ?  
Hoje temos uma certeza: todos temos um objectivo que afinal é comum e que passa por viabilizar o potencial existente, capaz de se transformar num destino cultural que ajude a alavancar a economia destes dois lados do rio; há uma luz que afinal refulge do negro do carvão num tempo em que vivemos um pouco alienados pelo pechisbeque...o carvão pode voltar a ser um elo de ligação destas gentes destes dois lados do rio!
O nosso sincero reconhecimento a todos quantos se empenharam nesta etapa!






























Martinho Rocha

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