O que diz a Gazeta de Paiva em 1919:
“O frontespicio dos
Paços do concelho está galhardamente embandeirado àquela hora e tem um aspecto
admirável. O Largo 13 de Fevereiro, ainda no dia 4 tem hasteadas as bandeiras das nações
aliadas e no meio um coreto para a música. Dia cinco de manhã salvas de tiros
de fogo de dinamite, foguetes, a música, e a Portuguesa percorrendo as ruas da
vila. Os edifícios dos republicados estão embandeirados. Sessão solene. Toma a
palavra o sr. José Duarte da Cunha, a seguir Aureliano Ribeiro que faz um cerrado
ataque ao dezembrismo e ao movimento monárquico do norte. Depois ainda fala o
Mestre Professor de Real, sr Manuel Moreira da Fonseca que exulta o povo a ser republicado
e a amar a República. Todos os oradores foram muito aplaudidos. Erguem-se Vivas
à República, ao Dr. Afonso Costa, ao Dr. António José de Almeida. À noite
organiza-se uma marcha com centenas de pessoas a percorrer as ruas da vila e a
aclamar a República. Girândolas de foguetes estralejam constantemente. Por
volta da uma hora da madrugada, terminam os festejos, não, sem antes se queimar
seis dúzias de foguetes de dinamite que ribombavam como trovões!"
Transcrevemos livremente os textos cujas imagens juntamos e que fazem parte do nosso espólio bibliográfico da nossa biblioteca Manuel Afonso da Silva
Martinho Rocha
1 comentário:
O fervor e o entusiasmo republicano vivido, não impediu o desenho e embelezamento urbanístico marcante, fosse de obra republicana, fosse de interpretação e homenagem à pessoa e politica monárquica do Conde, que se foi fazendo do, antes Largo 13 de Fevereiro, depois Largo do Conde, até que chegamos a 2021...
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