imagens apresentadas pelo Projecto de Requalificação do Largo do Conde e da Praça da Independência no site da Câmara Municipal de Castelo de Paiva
foto após 01-12-1940
Largo do Conde, Adiós obras ?
Nas últimas horas tivemos a grata notícia da sensata decisão
da Câmara dar sem efeito as obras anunciadas para o Largo do Conde.
Afinal a Câmara foi sensível aos argumentos apresentados
pelas associações Grupo Desportivo, ADEP e civis praticantes desportivos, que
diariamente usam o Largo da Feira, da insensatez que era empurrar para este
Largo, e para esta zona residencial (rua 25 de Abril), permanentemente e
portanto também em horas impróprias, o trânsito das estradas nacionais, que
deixariam de poder circular no Largo do Conde, segundo as perspetivas do
projeto de alteração.
Efetivamente estas associações já vinham, de longa data, a
pedir que se procedesse a pequenas alterações no Largo da Feira, no sentido de
dar mais sossego e condições aos praticantes desportivos, caravanistas e
cidadãos em geral nas suas caminhadas diárias, pedindo inclusivamente que se
limitasse o trânsito, especialmente no final de tarde, apenas aos moradores,
por forma a acabar com o perigo e abusos dos rally’s e dos fumos dos escapes.
Sabemos também que foi decidido, reduzir as obras, no Largo
do Conde, ao estritamente necessário, para regularização de pavimentos, e que
foram considerados aceites os apelos, de alguns sectores políticos, no sentido
do rigoroso respeito pela memória, pela patine,
pelo desenho concêntrico e também pelo alinhamento das tílias, estas que vão
ser repostas, como tributo aos valores e símbolos da República.
De facto uma observação naïf
do Largo mostra-nos uma harmonia
de linhas ovais e concêntricas que se sobrepõem em patamares e que delimitam campos,
o primeiro a partir do ermo, com seu vetusto edificado; no âmago o pináculo onde
se venera elevada a estátua do Conde. E se a rua empedrada dá acesso ao trânsito
diverso, já o passeio lajeado tem uso restrito pedonal. No terrado enobrecido
com tílias, bancos, sombras e recantos de jardim, encena-se e promove-se o
encanto e o encontro, mais restrito ainda, e não falta a beleza das flores e o
seu perfume a que se segue ao centro, o que será afinal a obra de arte de
reconhecimento, ao maior obreiro da terra, e que o povo quis desde sempre
ostentar com galhardia. E se nem os adversários republicanos que se seguiram aos
projetistas monárquicos foram capazes de impedir que a praça se fosse arrumando
e completando, de arranjos estruturais, até aos anos 30, já os autarcas socialistas de
hoje, sem justificação e por mero capricho, tudo querem reduzir a tábua rasa, classificando a intervenção como conceito minimalista para apagar a memória de
um espaço, tão emblemático, onde estão gravados tantos e tantos momentos de
nossas vidas.
Finalmente sabemos também que foi garantida uma verba para estudar uma solução definitiva, em prol da saúde pública, que passa por
acabar com a esterqueira diária da poluente cagada das pombas no edifício da
Câmara!
Viva a participação cívica e Viva a República!
hoje publicamos o texto de um leitor
Quim de Bila
Ontem foi 1.ºde abril...O momento que vivemos é também um tempo oportuno para pensar sobre as atitudes, relações, medidas e opções e o futuro virá exigir-nos respostas para outras utilidades, prioridades, necessidades, sob pena de irremediavelmente sermos expulsos da "nossa gaiola" como diz o nosso associado, ambientalista e amigo, Jorge Paiva. Também ontem o ilustre decano Ramalho Eanes nos falou da inevitabilidade de outro futuro, com valores, com outras visões da politica para com os cidadãos e para com a natureza.
Fique em casa vamos cumprir com as recomendações e tudo acabará bem !
Martinho Rocha
Ontem foi 1.ºde abril...O momento que vivemos é também um tempo oportuno para pensar sobre as atitudes, relações, medidas e opções e o futuro virá exigir-nos respostas para outras utilidades, prioridades, necessidades, sob pena de irremediavelmente sermos expulsos da "nossa gaiola" como diz o nosso associado, ambientalista e amigo, Jorge Paiva. Também ontem o ilustre decano Ramalho Eanes nos falou da inevitabilidade de outro futuro, com valores, com outras visões da politica para com os cidadãos e para com a natureza.
Fique em casa vamos cumprir com as recomendações e tudo acabará bem !
Martinho Rocha
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