segunda-feira, 21 de dezembro de 2020
Mais uma mamoa está a ser destruída.
Mais uma mamoa está a ser destruída.
Em 2018 fizemos publicamente este apelo: “ADEP PEDE À CÂMARA QUE PROTEJA AS 50 MAMOAS QUE ACABA DE REDESCOBRIR NO CONCELHO”, ver, http://adep-paiva.blogspot.com/2018/04/adep-pede-camara-que-proteja-as-50.html
Depois disso já denunciamos que os contactos, com os proprietários, prometidos pelos responsáveis dos serviços da autarquia, afinal não avançavam, apesar de termos fornecido, célere e graciosamente uma completa listagem das localizações dos monumentos por GPS. (http://adep-paiva.blogspot.com/2019/03/descoberta-mais-uma-mamoa-mas-o.html)
Com a revisão do PDM (Plano Diretor Municipal) entraram prá liça diversos pareceres e trabalhos dos órgãos de tutela, recomendações que pelo seu teor, como os da CCDRN (Comissão de Coordenação Desenvolvimento Regional do Norte), deveriam ter feito ecoar pelos salões e gabinetes todos os alarmes e campainhas, chamando a atenção os decisores e os assessores, e passamos a citar:
- “Na revisão do PDM de Castelo de Paiva é indispensável que seja reconhecida a necessidade de encarar o património como sendo um fator de desenvolvimento e da melhoria da qualidade de vida da população (Estudos de Caraterização e Diagnóstico, p. 82).”;
- “a CCDR-N, profere, nos termos do artigo 85.º, do RJIGT, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio, parecer final favorável condicionado sobre a proposta de Revisão do Plano Diretor Municipal de Castelo de Paiva, devendo a Câmara Municipal de Castelo de Paiva ponderar a inclusão das observações constantes (...). Ou seja, que o parecer favorável fica condicionado à incorporação no conteúdo documental da Carta Educativa atualizada, assim como a atualização da Carta Arqueológica”.
Por aqui se vê que este é um momento em que deveria haver uma atenção redobrada ao que se passa no terreno, afinal não sendo cumprido o prometido sobre a notificação dos proprietários, a atividade agrícola, florestal e outras, como as de recreio avançam inexoravelmente, sem conhecimento, sem barreiras nem cuidados; atitude que vai acrescentando mais prejuízo, algum criminoso, ao nosso já depauperado património…
Para que conste: à data de hoje, no concelho, temos 11 monumentos megalíticos totalmente destruídos e 12 monumentos megalíticos estão-no parcialmente, num universo de 53 monumentos. É caso para perguntar, quais os objetivos fixados e os meios disponibilizados pela Câmara Municipal aos seus serviços de arqueologia, para que o nosso património possa ser devidamente monitorizado, divulgado e protegido?
Estamos hoje a lamentar o triste panorama do que se passa com o período megalítico mas infelizmente o mesmo acontece com o período castrejo, romano e medieval…
ADEP
A equipa de Arqueologia
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário