sábado, 26 de agosto de 2023
REAL “AS ANDORINHAS”
QUEM POR LÁ PASSASSE, SENTIA UM CHEIRINHO A MAÇÃS.
Há, em Real, uma tradição, que diz terem vivido em Regemil, vizinhanças de Castro, duas bondosas e devotas senhoras, ambas solteiras e de apelido «Andorinhas», que mandaram “construir” a igreja do Adro de Real.
Para justificarem a sua atitude, diz o povo, que foi por em dias de invernia, não poderem atravessar o rio Sardoura, para irem à missa, à igreja de Santa Cristina, que ficava do outro lado do rio.
Uma delas, foi enterrada em Santa Cristina, numa pia de pedra e quem por lá passasse, sentia um cheirinho a maçãs, que ia aumentando, até que se lembrassem delas, depois o cheiro desaparecia.
Sabe-se, que a igreja do Adro, a que se refere esta tradição, não é a igreja da Santa Marinha, pois essa, foi construída em 1737 e foi acabada pelo abade da época.
A existirem as bondosas “Andorinhas”, deveriam ter falecido no século XV e a igreja, seria, onde hoje, existe os restos de uma grande residência, a que o povo, chama de residência velha.
E o enorme portão, seria os restos de uma igreja construída durante o século XIV ou princípios do século XV.
“durante anos, esta sepultura, serviu de pia para os animais beber e baleira para semear cebolo”.
Hoje essa sepultura foi recuperada pela ADEP e encontra-se exposta no Parque das Tílias.
“É preciso preservar a memória para que a história não morra".
João Vieira
p.s. Esta lenda foi inicialmente recolhida e divulgada pelo saudoso e já falecido diretor Domingos Quintas Moreira.
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