quinta-feira, 10 de março de 2016

ADEP: Plano de Actividades para 2016





Do documento transcrevemos "   3 – PR – Várzea/Rio Paiva - Natureza
No Vale do Rio Paiva (classificado pela CE como SIC sítio de importância comunitária da Rede Natura 2000), no sitio de Várzea/Melo estamos apostados em iniciativa conjunta, com SOS Rio Paiva, Junta de Freguesia de Sobrado e Bairros e Câmara Municipal para implementar um circuito pedestre e divulgá-lo como alternativa Paiva/Natureza aos destinos hoje em voga e muito conhecidos e procurados - os passadiços em Arouca."


Vai ser presente à próxima Assembleia Geral a ter lugar a 19 de Março, onde será discutido e votado.

quarta-feira, 9 de março de 2016

Plano de Actividades para 2016




ADEP – Castelo de Paiva


Anunciamos o propósito de trabalhar e estudar o melhor enquadramento a dar a um  projecto que seja candidatável  a financiamento europeu -em parceria com outras entidades públicas e privadas- que valorize o património do território que nos caracteriza (minas e espólio mineiro,  património construído e história natural (fósseis), paisagem ambiente e turismo do Douro (barcos rabelos e rabões ) e Paiva (roteiro natureza), apoiando a inclusão social (com a valorização das artes tradicionais e urbanas),  tendo em conta os nossos espaços/instalações, valências e projectos que temos defendido.

A - Parque das Tílias
 “Vida no Parque, Viva o Parque”
1. Protocolo para utilização pública do Parque das Tílias

 A utilização pública do Parque exige a garantia solidária por parte das instituições públicas, também interessadas na sua manutenção,  ao nível da limpeza dos espaços e dos W.C. , regas e podas.  Um protocolo ou parceria continua, pensamos, a ser a forma para conseguir o objectivo: servir os interesses da associação,  a população local e quem nos visita, valorizando o Parque,  ao nível das estruturas e equipamentos, proporcionando asseio e bem estar,  com segurança e sem vandalismo.

2. Animação 
As nossas valências  estão também, disponíveis para parcerias com instituições que tenham projectos de recreio e formação para crianças, jovens e adultos. Também os espaços aráveis e arborizados continuarão disponíveis para actividades  etnográficas, rurais e agrícolas, viveiro e jardinagem. Dos associados, voluntários e amigos  aceitamos contributos e colaboração para montar oficinas e desenvolver acções e projectos.

B - Instalações, Barco/1.ªs Artes e Casa dos Engenhos

1 – 2.ªCandidatura à ADRIMAG (restauro do barco rabelo) no âmbito do Museu Etnográfico.
 

Uma candidatura que reforce e amplie as nossas  condições estruturais, não deve comprometer o sonho de ver um dia, todo o conjunto da antiga Frutuária , poder ser afecto a fins culturais. Essa candidatura passará também por fases de trabalhos de recuperação e restauro e conservação dos espólios existentes. É o caso ainda da recuperação e restauro da instalação no exterior: o barco rabelo “Douro Paiva”  e passadiço  circundante.
 

2. Divulgação e Intercâmbio – Museu Primeiras Artes e Casa dos Engenhos
 “Dr. Justino Strecht Ribeiro”

Alguns esforços continuarão a ser feitos no sentido da necessária divulgação à população, aos paivenses em geral, aos alunos das nossas escolas e aos turistas.

3. Obras e equipamentos
Continuaremos a trabalhar para dotar a associação de mais e melhores espaços aptos para a realização de eventos diversos,  máxime o seu estatuto. Ainda aguardamos do Município  e Estradas de Portugal o cumprimento das compensações devidas pela ocupação das parcelas de terreno de Parque. A escritura de transmissão da propriedade ainda não foi feito.
 

4. Os limites do Parque

Continuamos a defender a ideia de um grande Parque das Tílias ampliado aos terrenos contíguos designadamente a uma parte da antiga Quinta da Bafareira e os terrenos que descem até ao Vale de Alvarigos  e Rio Sardoura.
C - SECÇÕES E COMISSÕES DE TRABALHO
1 - Secção etnográfica e Ajuntada/Grupo do Linho de Real
Mantem-se o propósito da recriação sempre que possível de actividades rurais e etnográficas, integrando e pondo a funcionar os nossos engenhos/moinhos (ciclos do centeio, milho e linho).

2. Feira do Séc. XIX – 2.º Domingo de Outubro


a) – Continuaremos  a procurar dar toda a visibilidade à nossa gastronomia e aos nossos produtos agrícolas:  vinho, pão de milho, linho e artesanato da região, tendo em conta o valor sócio - económico e de memória que podem representar para a população.
 
Tem sido discutida e aceite a necessidade de introduzir outro nível  de animação que caracterize e descreva a época com mais realismo recorrendo à representação de  cenas do quotidiano e à presença de figuras típicas.
 3 - Internet, vídeo, secção editorial, Biblioteca “Manuel Afonso do Silva” e Arquivo Fotográfico “Luís Lousada Soares”

Procuramos apoios para a instalação de meios e tecnologias de informação para divulgar estes espólios e avançar com edições: a)  calendário  anual de parede; b) nova colecção de postais ilustrados;  c) memória sobre o caminho de ferro das Minas do Pejão, de autoria de Mário Gonçalves Pereira; d)memória histórica da freguesia de Real de autoria de Domingos Quintas Moreira; d) vídeo realçando aspectos históricos e etnográfico da nossa terra, eventualmente grupando pequenos trabalhos já realizados; e) reactivar  o concurso documental etnográfico cujo regulamento aprovado em 2009, foi suspenso por falta de parceiros; f) brochura ilustrativa dos nossos engenhos e lagares, três deles já instalados no nosso parque, como forma de explicar a história, o funcionamento e as vantagens que tais engrenagens tinham para a economia agrícola da região; g) obra do Arquiteto Filgueiras “Rabões da Esquadra Negra”; h)  espaço para acesso à internet destinado aos associados e utilizadores mais velhos; i) publicação com o Parque Biológico de Gaia de uma brochura sobre as plantas aromáticas e medicinais e sua utilização tradicional; j) a proposta do Eng.º Mário Gonçalves de reunir anualmente os Mineiros e de proporcionar assim além de um convívio salutar uma oportunidade de recolha de testemunhos.

D  - “encontros com …a história”
 
património cultural e natural

1 - Monumentos e arqueologia.

a) – PONTE CENTENÁRIA DE PEDORIDO E OUTROS - continuaremos a defender a integridade e o respeito, bem como o estudo valorização e divulgação dos nossos sítios, paisagens e monumentos, lamentando o abandono a que alguns têm sido votados e os dinheiros gastos com “obras de arte” a que vulgar e impropriamente também chamam monumentos. É necessário efectuar novas diligências no sentido de se conseguir o estudo e protecção do forno telheiro no lugar do Moinho -  Real. Caso avancem obras de alargamento da estrada de acesso a Corvite – junto à “presas de sapos” – é necessário acautelar os vestígios “de forno crematório/telheiro? aí existente. Propomos a identificação e protecção de mamoas em vários locais com boa acessibilidade.

b) – MUSEU ETNOGRÁFICO / FRUTUÁRIA - “Casa dos Engenhos Dr. Justino Strecht Ribeiro e Primeiras Artes – Os próximos passos serão ao nível de conteúdos e de pequenas tarefas de higienização e  conservação do espólio presente. Pretende-se também avançar  para a finalização do espaço “casa rural”. A necessidade de divulgação e funcionamento do espaço continua a ser objecto de estudo.

c) – PIAS DOS MOUROS – continuamos a insistir na necessidade de reclassificar alguns sítios. Insistir na sinalização, estudo protecção e divulgação de outros. Mantemos disponibilidade para colaborar  com União de Freguesias de Sobrado e Bairros  e Câmara Municipal na construção de uma zona de protecção e de interpretação às Pias dos Mouros (à imagem do que se fizemos em Carvalho Mau em 2011 e no Marmoiral nos anos 90).
d) – PEDRAS DA SIRGA - propomos a classificação de algumas pedras/fragas marginais ao Douro com sulcos da sirga (corda/arame de puxar os barcos) com que homens e bois puxavam os barcos rabelos .
e) -  MAMOA DE CARVALHO MAU -  efectuada que foi a intervenção já em 2011 continuaremos a insistir com a Câmara Municipal para que seja assinado o protocolo proposto, para que sejam  finalmente definidas as atribuições  e competências no que respeita a limpeza, vigilância e manutenção da sinalética; bem assim seja concluído o processo junto da DGPC que autorizou a intervenção.

f) – SALA DA ARQUEOLOGIA - Continuaremos a inventariar e divulgar todos os valores arqueológicos significativos do concelho, contestando o facto de o concelho ainda não dispor de Museu capaz de albergar o imenso espólio recolhido que tem estado depositado, algum na ADEP, outro em museus de concelhos vizinhos e casas particulares. Organizar uma sala com o nosso espólio arqueológico é um sonho antigo e um objectivo necessário, tendo em conta o trabalho que vem sendo desenvolvido na área da arqueologia, desde 1980. Gorada que foi a nossa proposta de que tal espaço fosse  criado no edifício da Cadeia com a parceria da Câmara Municipal a montagem de exposição permanente com fotos e textos temáticos integrando  peças de cerâmica e espólio variado  que temos em nosso poder -  com conhecimento da DGPC - , urge  avançar ; Há muito espólio disperso que pode e deve integrar esse espaço. Temos material capaz de integrar a exposição proveniente de todas as atuais freguesias do concelho.
2 – Dia dos Moinhos abertos e outros
Continuamos abertos  à realização de diversas iniciativas que podem estar associadas a movimentos/iniciativas  nacionais e/ou internacionais, para dar visibilidade aos nossos valores do património cultural/natural,  sensibilizar e alertar para as boas práticas a adoptar nas politicas de promoção cultural (lembramos o Dia dos Moinhos, dos Museus abertos à noite; dos Monumentos e sítios, da Floresta, da Água, do Ambiente , (organizando palestras, caminhadas, convívios, visitas guiadas, tomadas de posição, denúncias públicas, etc.).

3 – PR – Várzea/Rio Paiva - Natureza
No Vale do Rio Paiva (classificado pela CE como SIC sítio de importância comunitária da Rede Natura 2000), no sitio de Várzea/Melo estamos apostados em iniciativa conjunta, com SOS Rio Paiva, Junta de Freguesia de Sobrado e Bairros e Câmara Municipal para implementar um circuito pedestre e divulgá-lo como alternativa Paiva/Natureza aos destinos hoje em voga e muito conhecidos e procurados - os passadiços em Arouca.

4 – ETAR’S – Estações de Tratamento de Águas residuais e descargas a céu aberto
Desejamos que a breve trecho deixe de haver tantas  situações de poluição e autêntica calamidade pública, que temos denunciado, com esgotos a céu aberto, para a via pública e a esmo pelos nossos montes e vales, quando estão construídas e inactivas 3 ETAR´S. Igualmente consideramos urgente encontrar soluções para os restantes locais não servidos por estas ETAR´S designadamente as descargas na Bafareira e junto ao cemitério de Sobrado.

5 – Património edificado ligado à família de Santo António
Trabalhar na sensibilização e denúncia de situações  no sentido de contribuir para inverter a degradação e abandono em que se encontram  valores patrimoniais e de memória ligados à família de Santo António, como a Casa da Boavista, das Pias do Mouros, Portal da Serrada, Casa da Torre de Vegide e Gondim.

6  - Amianto
Continuar a denuncia  e trabalhar para inverter a situação que lamentamos:
a)       de não haver uma lista oficial dos locais onde exista amianto ;
b)      De na Barragem de Crestuma - Lever ainda não haver um sistema funcional para a travessia de peixes migradores, como a lampreia e o sável.
7-  Paleontologia e Geologia
Esta área é um recurso que não devemos desprezar considerada a possibilidade do território do concelho vir no futuro próximo a integrar a área de intervenção do Geoparque/Arouca
a) – Continuamos a trabalhar na inventariação de locais de antigas minas de Exploração Mineral, que iniciamos em 2012 com a orientação d e Investigador e  Professor da FCUP; Alguns locais necessitam de sinalização e  informação, outros sítios necessitam de colocação de protecções às pessoas e animais.
b)  - Pretendemos dar mais divulgação aos fósseis do Couto Mineiro do Pejão onde se incluem os que nos foram doados por António Patrão e que estão já classificados por Mestre da FCUP, alguns assinalados de muitos raros; admitindo a perspectiva de receber e expor mais exemplares urge reorganizar espaços e proceder a pequenos melhoramentos nas instalações.
E - Comemorações

Para 2017 como já tínhamos proposto para 2013 defendemos uma maior envolvência e participação das pessoas, escolas e instituições num evento que comemore dignamente os 500 anos da entrega do Foral em Villar de Nojões a 6 de Maio de 1517. Este ano alguns passos devem ser dados nesse sentido.

F - Artesanato e Artes tradicionais
Continua disponível para cedência mediante acordo o nosso pavilhão, sito na Av. General Humberto Delgado.

G - Recolha numismática

Em discussão a forma de expor todo o espólio numismático  d’O Escudo”, depois de inventariado, de que foi primeiro impulsionador nosso sócio honorário Manuel Afonso da Silva (Afonso da Gráfica).
H - Tempos Livres e Formação Profissional

 Continuamos disponíveis para realização de acções de formação e tempos livres, como temos vindo a fazer dando prioridade a programas de parceria e intercâmbio com outras instituições.
I – Associados
Tem sido discutida a necessidade de um novo impulso de abordagem/contacto com os associados com vista à regularização das quotas e convite à participação mais activa nas iniciativas.
-A ADEP foi recentemente considerada pela administração fiscal como entidade elegível para receber, a partir do próximo ano de 2017 inclusive, donativos em sede de consignação de 0,5% do IRS, o que está regulamentado pela Lei 16/2001 (artigo 32 nº4 e 6). O valor calculado é retirado do imposto que deveria ficar para o Estado Assim  se deverão dar alguns passos que divulguem e promovam  junto dos associados, amigos e colaboradores a possibilidade de em 2017 proceder à consignação  para a ADEP de 0,5% do IRS, que dizendo respeito aos rendimentos de 2016,  terá de ser activada quando da entrega da declaração de IRS em 2017.


Aprovado em reunião de Direcção de 11.o1.2016. Vai ser presente à próxima Assembleia Geral a ter lugar a 19 de Março, onde será discutido e votado.


terça-feira, 8 de março de 2016

10.ª adesão ao Dia Internacional de Moinhos Abertos !

Castelo de Paiva, Rio Arda    (Moinhos e Minas)

No sábado dia 9 de Abril entre as 14,00 h e as 16,00 h estarão abertos ao público, o “Museu Etnográfico” – espaço Primeiras Artes e Casa dos Engenhos “Dr. Justino Strecht Ribeiro”, no Parque das Tílias, onde se encontram os nossos moinhos de sangue - de moer linho e azeitona (e onde estão também um lagar de vinho).

                                                               

O dia  7 quinta - feira estará igualmente aberto  e é especialmente destinado às Escolas e Instituições. Ambos os dias estão sujeitos a inscrição prévia junto da ADEP através do email adeppaiva@gmail.com  ou facebook

No sábado dia 9 de Abril terá lugar:
uma caminhada que se desdobrará em três percursos, todos por  estradas municipais e caminhos, a saber: 1.º percurso: do lugar do Pejão ao local da primeira Mina - Mina da Paraduça  e minas do Limoeiro, Carvalheiras e Alto do Pejão (Pejão Velho)  com regresso ao ponto de partida. Na paragem no Fojo haverá oportunidade para conhecer um antigo moinho de cereais nas imediações; 2.º percurso: saída da Capela de Folgoso para visitar a fábrica de moagem no Rio Arda e edifício de fabrico de papel/cartão com regresso à Capela; 3.º percurso: saída da Escola EB2/3 para visita à antiga Mina de S. Domingos seguindo pela ex - via férrea com regresso ao ponto de partida.

Contamos que estes percursos, destinados aos nossos associados, amigos, colaboradores e população em geral são complementados por transporte coletivo, a partir do Parque das Tílias onde o evento terá inicio pelas 9,00 e término pelas 13,30/14 horas.

A participação em qualquer dos dias é gratuita. Os participantes deverão cumprir com as habituais regras de boa colaboração, seja no cumprimento das regras establecidas pelo guia, seja nas orientações dadas pela organização, designadamente no que respeita a cumprimento de horários, utilização de indumentária adequada e provisionamente de água e lanche.




    edificio arruinado da Fábrica de papel da Balsa - Sardoura

quinta-feira, 3 de março de 2016

terça-feira, 1 de março de 2016

a palavra e a atitude aos associados!


Está convocada a reunião magna dos associados para discutir e aprovar as contas e relatório das actividades do ano passado e bem assim o orçamento e Plano de Actividades para 2016.
Da convocatória consta ainda um apelo aos associados para colaborem no sentido de actualizarem o ficheiro e a quota, designadamente aos associados que tenham uma quota antiga/inferior a 12,00€ anual.
Às quartas-feiras de tarde os associados poderão passar pela sede, proceder ao solicitado e aproveitar para consultar os documentos que vão estar presentes na sessão da assembleia que terá lugar a 19 de Março - sábado.



sábado, 13 de fevereiro de 2016

PR - Várzea /Rio Paiva, natureza




 O trajecto marcado neste mapa ainda é provisório e poderá sofrer algumas alterações. Já está disponível em gps na aplicação Sports Tracker 

Iniciamos em conjunto após duas reuniões com SOS Rio Paiva e Junta de Freguesia de Sobrado e Bairros este projecto de criar um PR - Várzea - Rio Paiva. Fizemos todos já uma visita de reconhecimento no passado dia 23 de Janeiro. Pretendemos que seja uma alternativa aos passadiços que se situam a seguir no concelho de Arouca.
O Rio Paiva, que proporciona a prática de várias modalidades desportivas, de salientar o rafting e a pesca, entre outras, tem condições para estas actividades com respeito e desfrute da essência da natureza. 
Foi também criado um grupo no facebook onde todos podem colaborar com material didáctico, ideias e  até contactos para acerto de encontro quando haja tempo para desenvolver tarefas. Há muito material que pode ali ser colocado, avaliado por todos. Todos os que gostam do Paiva têm agora mais uma oportunidade e também a responsabilidade de contribuir para a implementação no terreno deste projecto. Esta é uma verdadeira alternativa para conhecer e divulgar o Paiva de uma forma mais ecológica.
Teve lugar ontem dia 12 uma reunião com a Câmara Municipal, que  correu bem; estiveram presentes, o Vereador e o Presidente e vários elementos quer do SOS - Rio Paiva, quer da ADEP e também o senhor Presidente da Junta de Sobrado e Bairros. O nosso projecto "encaixa" no lote de percursos que a Câmara está a trabalhar para candidatar. Podemos dizer que é o nosso percurso "PR - Várzea" que vai avançar no Paiva.








escreveu Martinho Rocha

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Mamoa de Carvalho Mau - Paraíso, Castelo de Paiva

Depois que tudo o que se fez foi vandalizado e destruído, é necessário recomeçar. Mas haja vontade e a coisa vai. Estas pedras mandadas colocar pelo Vereador António Rodrigues são exemplo dessa vontade. O cerco que começou com a colocação de iguais pedregulhos num dos acessos, no início do ano pela ADEP, (com a acordo do proprietário) parece que agora vai fechar-se!


                                                                   foto de Vitor Gomes


em 28-06-2008 acreditava-se...

"O monumento mais emblemático do megalitísmo do concelho vai beneficiar de uma cintura de protecção e de uma tela informativa.
A ADEP, a Junta de Freguesia do Paraíso e o proprietário do terreno chegaram a um acordo quanto ao essencial dos trabalhos, que irão beneficiar dos materiais disponibilizados pela anterior zona de protecção ao Marmoiral e que nos haviam sido doados pelo nosso associado Honorário José Maria Pinto Monteiro.
Este monumento pré-histórico "mamoa número um do Núcleo Megalítico de Carvalho Mau" como é designado cientificamente a partir das escavações que lhe foram realizadas em 1989, sob a responsabilidade do Arqueólogo Dr. Eduardo Jorge Lopes da Silva, forneceu segundo este técnico "um conjunto notável de fragmentos de cerâmica que se evidencia pela grande quantidade e variedade de elementos decorativos".




Com esta intervenção, depois das vicissitudes por que passou, este monumento (de um conjunto de várias dezenas que existem no concelho) vai tornar mais visível a habitabilidade da nossa região desde tempos remotos (2.º milénio antes de Cristo) e constituirá um motivo de visita e de conhecimento para a comunidade que se pretende cada vez mais informada e interessada na preservação e respeito pelos nossos valores da memória e da cultura em geral."











Na agenda cultural de Fevereiro teve honras de foto aérea a Mamoa de Carvalho Mau, esquecido foi já o recinto megalítico…triste história a que envolveu os projetos e interesses em disputa nos anos 90 e que “deu com os burros na água”. Ficaram por terra muitos sonhos legítimos de quem ousou sonhar que nesta terra havia uma aposta na arqueologia.
Hoje – é bom acordar para a realidade – com os pés no chão saibamos valorizar o que resta. Se em Carvalho Mau temos uma mamoa parcialmente escavada e publicada, não temos em nosso poder ainda o material arqueológico então encontrado por Eduardo Jorge Lopes da Silva e sua equipa  e neste momento (obra de vandalismo), também não existe qualquer painel informativo ainda que decorram iniciativas no sentido da sua reposição.
Nos anos oitenta a ADEP localizou e sinalizou para a Carta Arqueológica cerca de quatro dezenas de Mamoas. Uma parte delas julgamos que não resistiu à azáfama da eucaliptização e terão sido destruídas. Das que restam era imperioso hoje fazer-se um trabalho de reconhecimento e confirmação  GPS.  Algumas  como no caso da Mama D’oiro em Vales (Tapado), de Chão da Forca (Carcavelos), do Alto da Forca e Sardeirinha (na Ladroeira, em Bairros) e pelo menos uma de cada um dos recintos megalíticos da Santa Eufémia;  da Eira dos Mouros e  Chandeira, a caminho de Santo Adrião, deviam ser sinalizadas, e ter um painel informativo por se situarem em locais de fácil acesso.


Para melhor conhecer este tema aconselhamos a leitura da Carta Arqueológica de Castelo de Paiva, edição da Universidade Portucalense, Porto 1996 e outras publicações no tema Monumentos e Arqueologia.


Convêm referir...

LAMENTAMOS O QUE SE ESTÁ A PASSAR COM A FALTA DE PROTECÇÃO AOS NOSSOS MONUMENTOS. HÁ OBRAS E TRABALHOS DE FLORESTAÇÃO QUE NÃO RESPEITAM, MAMOAS E OUTROS MONUMENTOS!

O assunto - no que respeita às Mamoas de Carvalho Mau, Paraíso- já chegou ao Parlamento (mas também à imprensa, à Câmara Municipal, à DGPC - Direcção Geral do Património Cultural, e até à GNR) e agora aguardamos que especialmente as entidades com responsabilidades na administração central e local tomem medidas, venham ao terreno e nomeiem vigilantes e/ou curadores, face aos atropelos, informem e notifiquem os prevaricadores dos seus direitos e deveres e acautelem actos desrespeitosos como os que vimos assistindo, sob pena de se perder irremediavelmente património histórico-arqueológico, megalítico dos nossos antepassados, de há 3000 a 3500 anos antes de Cristo. Sendo que além deste valores outros há de outras Eras a correr igualmente perígo.
O concelho não é tão rico assim que possa deixar perder este importante vector cultural indispensável a uma estratégica de desenvolvimento sustentável e que hoje é um aliado importante do turismo cultural.
É impensável que num concelho onde se cometeram ao longo dos anos tantos atentados ao património histórico e arqueológico,  que tão divulgados foram, alguns deles onde houve intervenção dos Tribunais; terra que não mereceu ainda da administração local aprovisionamento de meios para uma reserva museológica, se  desconheça, se desleixe, se deixe andar ao sabor dos interesses imediatos e individuais quando o património é um bem cultural que a todos pertence e é assim que terá de ser  gerido e administrado.

Lamentamos!












escreveu Martinho Rocha