quinta-feira, 27 de junho de 2013

Santo António de Lisboa - encontro nas origens - Castelo de Paiva




(cartaz da visita guiada realizada a 13 de Junho de 2015)



Na qualidade de Presidente da Direção, quero deixar uma pequena nota de rodapé a esta sessão.

 Quero agradecer,
           - À Chiado editora;
           - Ao Parque biológico de Gaia, na pessoa do seu diretor, Dr. Nuno Gomes com quem tivemos já o grato prazer de estabelecer vários intercâmbios no último dos quais resultou a publicação da obra de Domingos Quintas Moreira “Manual do Cultivo e Confecção do Linho”;
          - Aos executantes e seu mestre Agostinho Vieira, da Academia de Música de Castelo de Paiva, o momento musical com que nos premiaram;
          - À Câmara de Castelo de Paiva, na pessoa do seu presidente Dr. Gonçalo Rocha, que prometeu adquirir 50 exemplares;
          - À Imprensa  presente.
          - Senhoras e senhores, a todos pela Vossa presença. Muito obrigado !

Paiva merece ficar associado ao roteiro da vida e obra de Santo de António e estamos certos que esta iniciativa contribui para engradecer, cuidar e divulgar melhor, o nosso património material e imaterial que lhe está associado.

Depois de nos anos 30 do século passado Abílio Miranda e Strecht de Vasconcelos terem publicado as lendas alusivas à vivência na região e em Paiva de Fernando de Bulhões (Santo António) e seus pais, e de ao longo dos últimos trinta anos termos tomado consciência de estudos vários a fortalecer a ligação das raízes do santo a Castelo de Paiva, a ADEP apesar dos seus parcos meios sempre tem procurado aprofundar e divulgar esse conhecimento em iniciativas várias, editoriais, de denúncia pública e até de teatro para chamar à atenção dos responsáveis pela degradação a que vem sendo sujeito muito do património construído associado a esta memória.
Uma maior divulgação das raízes de Santo António, como está a acontecer com esta publicação de Mário Gonçalves Pereira, criará uma maior consciencialização na população da importância dos nossos valores patrimoniais e imateriais. As novas gerações, mais informadas e participativas, hão-de ser capazes de exigir outras prioridades, linhas de orientação e até de rutura com o estado de abandono, desinteresse - e de saque em alguns casos - a que o município vem assistindo serenamente nos monumentos e espaços arruinados da Boavista, Vegide, Gondim e Frutuária, apesar do legado formal que lhe fez o Conde de Castelo de Paiva e destes outros legados imateriais de outros tantos paivenses generosos e laboriosos.
Para esta obra, Mário Gonçalves Pereira meteu pés ao caminho, recolheu fotografias e testemunhos tal é a profusão toponímica e imagética de estátuas, pinturas, azulejos, em Igrejas, nichos, oratórios, tabernas e mercearias existentes nos quatro continentes, por onde andou, e que comprovam a veneração ao Santo mas também que ele será o português mais conhecido no mundo, ao longo de todos os tempos.
A ADEP não poderia deixar de apoiar uma iniciativa como esta, de trazer aos paivenses, e não só, todo o conhecimento expresso em referências e estudos, lendas e  memórias, pedras e acontecimentos que engrandecem as gentes e fazem mais luz sobre a história da nossa terra, neste particular da ligação umbilical de Santo António a Castelo de Paiva.
Mário Gonçalves Pereira é natural de Castelo de Paiva, casado, pai de três filhos, com três netas, licenciou-se em Engenharia Electronica na Universidade de Lisboa. Trabalhou em várias Empresas no país, destacando-se as firmas Efacec e EDP-Eletricidade de Portugal. É membro, sócio fundador, do Rotary Club de Castelo de Paiva, do qual foi o primeiro Presidente.
O autor, é nosso diretor, Presidente da Assembleia Geral, colaborador assíduo e interessado na descoberta do passado, com obra feita - vários levantamentos fotográficos, leitura e restauro de epígrafes (cruzeiro de Carcavelos e ara de Vila Verde), publicou também “Frases Rimadas” obra poética de pendor autobiográfico e dedicada a Castelo de Paiva.
Escreveu para a ADEP uma monografia sobre a fundação de um lugar na freguesia da Raiva – Castelo de Paiva, cujos primeiros povoadores foram seus pais, em meados do século XX. Trata-se do lugar de Cruz de Alveda, sítio por onde passava a procissão das Cruzes do Concelho, a cada 3 de Maio.
Sobre o livro hoje em lançamento público informou a ADEP de que possuía elementos para escrever um documento alusivo às raízes de Santo António em terras de Paiva. E se bem pensou, melhor o fez. Ei-lo aí. Rebuscou na Internet e em tudo que era sítio, para encontrar a matéria de que precisava para a confeção da sua obra, nomeadamente os locais tantas vezes falados, por vezes à boca pequena, de nascimento dos pais de Santo António. Também recolheu nota de alguma documentação existente na Casa da Boavista e na mira da origens do Santo percorreu Secca e Meca. Foi até Jerusalém.
Na Casa da Boavista encontrou elementos em livro e na árvore genealógica dos Bulhões de Santa Cruz das Serradas que demonstram, com várias ramificações, a ligação dos Condes de Castelo de Paiva aos pais de Santo António. Estes dados consagram definitivamente a existência de uma base histórica sustentável que reconhece terem os pais de Santo António, por berço, Castelo de Paiva.
Saudamos e louvamos o esforço do autor e reconhecemos o mérito do seu trabalho que ficará para sempre ligado ao concelho de Paiva.
Ainda ao autor o nosso Bem Haja pelo contributo que, através da ADEP, prestou em prol da História e Cultura de Castelo de Paiva.
Em meu nome e da ADEP quero deixar este testemunho público de gratidão a Mário Gonçalves Pereira, pelo trabalho e dedicação à causa pública e voluntária, também pela generosidade da oferta dos direitos de autor à ADEP.

Sucesso para a obra e Felicidades Eng.º Mário Gonçalves Pereira!












Apresentação feita por Martinho Rocha, no Parque Biológico de Gaia, quando do lançamento da obra de Mário Gonçalves Pereira

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