sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Pagar à Segurança Social com batatas: porque não? TEMA ACTUAL (veja-se iniciativa no Parlamento amanhã apresentada pelos Verdes!)

Noutros tempos muitos dos encargos e impostos pagavam-se com géneros – eram os foros. Também as feiras que  hoje conhecemos terão nascido desse conceito  – das trocas.
O que dizer então  do pagamento  dos descontos para a segurança social com géneros, como reclama – e bem -  esta onda rural a que temos assistido? Do lado de quem paga – ou queira pagar-, esta seria (até talvez),  a única forma de tornar o “imposto” numa relação fiscal, simpática e proveitosa. Já do lado da administração, todos sabemos que o sector da segurança social é hoje, talvez, aquele que no Estado mais necessita desses bens, mas que acomodadamente os obtêm num circuito indiferente à realidade social e rural.
Quando das famosas mega promoções, pelas grandes redes de distribuição viu-se, foi público – e notório -, que esses circuitos de abastecimento e distribuição apenas  enriquecem as grandes redes de distribuição e importação, com margens de comercialização de mais de cinquenta por cento.
Hoje, em quase todas as freguesias,  existem instituições – ainda que privadas- com forte tutoria da segurança social, que confecionam diariamente centenas de refeições. O que se constata


é que a população que, direta – ou indiretamente –, suporta este circuito, não beneficia dele; apesar de, como sabemos, o mundo rural e a paisagem viverem do trabalho e do sustento que os reformados, pequenos rurais e desempregados,” cavam” no dia a dia, com o seu suor…
Recordamos que 2014 foi declarado pela FAO como o ano internacional da agricultura familiar! 






escreveu Martinho Rocha

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