quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Monumentos: A nossa folha de serviço !

Ontem,  que é como quem diz – nos inícios dos anos oitenta -, pedimos a classificação do Edifício da Cadeia. A classificação foi obtida em 1993;  em 1994 iniciamos o processo do pedido de classificação da Casa e Quinta da Boavista. Em 1998 ficamos a saber que os processos de pedido de classificação (que então havíamos dirigido à Secretaria de Estado da Cultura), a saber: do portal da Serrada (do pai de Santo António)  e do portão do Adro de Real, foram reformulados e integrados em novos processos designados respetivamente de, “98/3-13(2) - Eventual classificação do núcleo rural de Gondim na freguesia de Sobrado” e de “98/313(8) - Reclassificação da Igreja de Santa Marinha, paroquial de Real (valor concelhio já classificado pelo Decreto 129/77 de 29/9, passando a integrar o Portal do Adro e construções adjacentes”. Desde essa data até hoje nada mais sabemos do que tenha acontecido aos nossos pedidos…já quanto ao estado de conservação e até de integridade dos monumentos, infelizmente, todos sabemos…
E salvo a boa noticia da classificação da Casa e Quinta da Boavista que aconteceu em 2013 (passados portanto 24 anos do inicio do processo) igualmente não vimos empenho de quem de direito em alterar a classificação das Pias dos Mouros, como defendemos.  Desde 1998 nada sabemos do que aconteceu aos processos que igualmente iniciamos (98/3-13(9) - Reclassificação da Capela da Quinta de Vegide, passando a incluir casa e Quinta (da mãe de Santo António) e 98/3-13(10) – Eventual classificação do conjunto de edifícios da extinta Fábrica da Manteiga, a Frutuária . Por outro lado não foram tomadas medidas de proteção desses valores, estando alguns a ser saqueados, como temos denunciado. Desejamos conseguir protocolar, com as autarquias, medidas de limpeza e proteção de valores monumentais como é o caso, por exemplo da Mamoa de Carvalho Mau. Mas há outras situações.

É assim que vimos assistindo a esta conversa de surdos em que por um lado se percebe o desinteresse que os organismos públicos manifestam pela assistência e colaboração voluntária de instituições privadas, como a nossa, e por outro se assiste a este permanente atentado ao património – por omissão-, nada fazendo para o proteger e divulgar, como constatamos.

Não desistimos, no entanto, das nossas atribuições que são reguladas pelos nossos estatutos, pela Lei, máxime pela Constituição da República Portuguesa e por isso aceitamos o pedido, que nos foi formulado pelo Movimento de Defesa da Ponte Centenária de Pedorido, de encaminhar a quem de direito um pedido de classificação da Ponte rodo-ferroviária de Pedorido.

Em breve contamos cumprir mais esta missão, desejando sinceramente que o assunto não morra nas gavetas dos gabinetes como parece ter acontecido com os casos que enumeramos.
Martinho Rocha

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