Em 1992 publicamos no Jornal "O Chafariz" o recorte que se anexa transcrito do Jornal "O Pejão" a propósito das ilustrações feitas por aquele artista de nomeada que também passou pelo Pejão. Hoje é igualmente justo trazer para o mesmo palco O Manuel de Aradelo - o personagem de carne e osso, que como muitos outros naqueles anos vinte,e nos que se seguiram, com 12 anos apenas metiam ombros à "revolução industrial" que se instalava no Pejão.
“O Manuel Baptista Pereira – Manuel de Aradelo como todos o
conhecem – não precisa de apresentação. Pois se ele para cá veio em 1921! (…)Tinha
12 anos quando começou a trabalhar. Primeiro na escolha do carvão, depois a empurrar
as vagonetas, em seguida na abertura da linha férrea (…)A primeira linha férrea
que se montou foi da Estação ao Fojo e a primeira viagem que se fez foi da
Estação a Oliveira. Tinham chegados as locomotivas – a “Pejão” – e a Germunde –
e foi uma admiração geral no dia em que elas apareceram! A linha férrea foi
lindo, lindo, e ele foi indo, indo, e ele foi indo sempre atrás dela,
trabalhando como um negro, até que ficou como ajudante numa das locomotivas,
fazendo o serviço de fogueiro. Já fora, antes, ajudante de maquinista, enchendo
a caldeira, com a água que ia buscar em baldes, às presas dos campos dos
lavradores... Em 1927 veio a locomotiva “Fojo”, em 1928, a “São Domingos”(…)”
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