sábado, 5 de maio de 2018

A nossas Artes e Saberes!

Mais uma participação paivense ("Tonito do Terreiro") com os seus belos e possantes bois arouqueses, na procissão da Senhora dos Remédios, em terras da antiga Diocese! Pela sétima vez, em Lamego, mais que sete já na Feira do século XIX / ADEP - Parque das Tílias, em Penafiel, e outras. Temos defendido junto da Autarquia que as nossas Artes e Saberes deveriam ter apoio fora de portas, porque também a terra sai prestigiada e representações com esta dignidade, além de incentivarem a atividade, confortam-nos a alma!


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O que publicamos em Maio de 2018
EM PAIVA, ARTES E SABERES DOS NOSSOS PAIS E AVÓS QUE APOIO  ?






Alguns eventos como são por exemplo a Feira Rural realizada por estes dias em Arcozelo, Vila Nova de Gaia deveriam ser uma janela de oportunidade para a divulgação do trabalho dos nossos artesãos e associações e forma de proporcionar intercâmbios quer com os nossos muitos paivenses “emigrados”, quer com todos os visitantes e simpatizantes destas artes.
Temos vindo a dizê-lo de há anos a esta parte. O Município deveria ter um verdadeiro plano de apoio a esta actividade, que proporcionaria a representação e criaria dinâmica de trabalho, e até de algum retorno sócio-económico. Há um conjunto de outros eventos semelhantes na região (em Felgueiras, Paranhos, O. Azeméis, etc.), para os quais somos habitualmente convidados e em que não participamos por razões óbvias…
Hoje, por exemplo, dia de Feira em Sobrado, testemunhamos alí a  presença de uma  artesã – por sua conta e risco – presença aliás habitual, mas quanto mais valiosa e proveitosa não seria, num dia como o de hoje, participar no evento de Arcozelo, alargar os horizontes, conviver com os seus pares, conversar e conhecer conterrâneos, vizinhos e essencialmente gente que ama e lida com os mesmos afazeres? É a nossa opinião.
A Feira do século XIX, no Parque das Tílias, e um pouco de que se vai fazendo já pelas freguesias, a propósito do vinho, são eventos que estão cada vez mais a incentivar e a despertar artes e saberes “adormecidos”. Há muitas pessoas que nos anos 50 e 60 aprenderam artes braçais e manuais nobres que entretanto deixaram, fruto do progresso tecnológico do país, e que podem voltar, para exercer e/ou transmitir aos jovens, assim haja algum apoio nesse sentido. Fazer pão, trabalhar o linho, carpintaria, tamancaria,  tanoaria, serração, ferraria, tecelagem, sapataria, alfaiataria, latoaria, são alguns exemplos.
Estes momentos, como o de Arcozelo, onde a Federação do Folclore Português organiza, nos dias de hoje e amanhã, grande evento de louvor à cultura etnográfica e folclore, onde encontramos a representação e a razão de ser do muito que ainda somos, não terá presente qualquer grupo, seu federado, de Paiva, o que é pena, porque era uma janela de oportunidade para ajudar a dinamizar sinergias e dar formação para projectos como os que precisamos de desenvolver se queremos amanhã ser um destino cultural e turístico com valia e credibilidade.
Fica a reflexão à consideração de quem de direito…


















Martinho Rocha

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