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O que publicamos em Maio de 2018
EM PAIVA, ARTES E SABERES DOS NOSSOS PAIS E AVÓS QUE APOIO ?

Alguns eventos como são
por exemplo a Feira Rural realizada por estes dias em Arcozelo, Vila Nova de
Gaia deveriam ser uma janela de oportunidade para a divulgação do trabalho dos
nossos artesãos e associações e forma de proporcionar intercâmbios quer com os
nossos muitos paivenses “emigrados”, quer com todos os visitantes e simpatizantes
destas artes.
Temos vindo a dizê-lo de
há anos a esta parte. O Município deveria ter um verdadeiro plano de apoio a
esta actividade, que proporcionaria a representação e criaria dinâmica de
trabalho, e até de algum retorno sócio-económico. Há um conjunto de outros eventos
semelhantes na região (em Felgueiras, Paranhos, O. Azeméis, etc.), para os
quais somos habitualmente convidados e em que não participamos por razões óbvias…
Hoje, por exemplo, dia de
Feira em Sobrado, testemunhamos alí a presença de uma artesã – por sua conta e risco – presença aliás habitual, mas quanto mais valiosa e proveitosa não seria,
num dia como o de hoje, participar no evento de Arcozelo, alargar os
horizontes, conviver com os seus pares, conversar e conhecer conterrâneos,
vizinhos e essencialmente gente que ama e lida com os mesmos afazeres? É a
nossa opinião.
A Feira
do século XIX, no Parque das Tílias, e um pouco de que se vai fazendo já pelas
freguesias, a propósito do vinho, são eventos que estão cada vez mais a incentivar e a despertar
artes e saberes “adormecidos”. Há muitas pessoas que nos anos 50 e 60 aprenderam
artes braçais e manuais nobres que entretanto deixaram, fruto do progresso
tecnológico do país, e que podem voltar, para exercer e/ou transmitir aos jovens, assim
haja algum apoio nesse sentido. Fazer pão, trabalhar o linho, carpintaria, tamancaria,
tanoaria, serração, ferraria, tecelagem,
sapataria, alfaiataria, latoaria, são alguns exemplos.
Estes momentos, como o de Arcozelo, onde a Federação do Folclore Português organiza, nos dias de hoje e amanhã, grande evento de louvor à cultura etnográfica e folclore, onde encontramos a
representação e a razão de ser do muito que ainda somos, não terá presente
qualquer grupo, seu federado, de Paiva, o que é pena, porque era uma janela de
oportunidade para ajudar a dinamizar sinergias e dar formação para projectos
como os que precisamos de desenvolver se queremos amanhã ser um destino cultural e turístico
com valia e credibilidade.
Fica a reflexão à
consideração de quem de direito…
Martinho Rocha
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