sexta-feira, 27 de abril de 2018

ADEP PEDE À CÂMARA QUE PROTEJA AS 50 MAMOAS QUE ACABA DE REDESCOBRIR NO CONCELHO








Realizou-se a reunião que vinha sendo solicitada pela ADEP. Encontraram-se no passado dia 16 (da parte da Câmara Municipal estiveram presentes Adão Santos e Maria da Luz (respectivamente Director de Departamento Técnico e Técnica superior com formação em arqueologia).A reunião de trabalho que durou cerca de 90 minutos teve pela ADEP, os directores: Martinho Rocha, Elisabete Nobre, Fernando António Beato e Vitor Gomes, este Arqueólogo e também em representação da DGPC (Direcção Geral do Património Cultural) que fizeram assim entrega do trabalho que vem realizando e pediram aos serviços um contacto urgente com os proprietários e técnicos de reflorestação com vista à sensibilização e necessária protecção daqueles monumentos.

A ADEP obteve dos serviços a garantia de que a Autarquia vai com celeridade diligenciar/notificando todos os proprietários e profissionais da reflorestação esclarecendo das medidas e cautelas necessárias a fim de evitar  mais destruições, sensibilizando e alertando para a responsabilidade penal de tais acções e perda irremediável do nosso património histórico-arqueológico, dos nossos antepassados (de há 3000 a 3500 anos antes de Cristo).


O trabalho que a ADEP vem realizando traduz-se na elaboração de uma relação actualizada dos monumentos do neo-calcolitico, vulgo antas/mamoas, com localização GPS, conferindo a sua existência e integridade no terreno, com a descrição feita na Carta Arqueológica, que integrará o futuro Plano Director. Foram visitados até ao momento perto de 50 mamoas, cinco delas já destruídas (parcial e/ou totalmente), por máquinas de terraplanagem ao serviço da florestação não licenciada, perigo de destruição que estão a correr grande parte das restantes mamoas.

Depois que o assunto do vandalismo e dos perigos com a reflorestação  nas Mamoas de Carvalho Mau, Paraíso chegou  por iniciativa da ADEP ao Parlamento, à GNR, à Imprensa, à Câmara Municipal, à DGPC, tem vindo esta a coordenar com  a ADEP esses trabalhos de reconhecimento e identificação dos locais percorridos pelos últimos incêndios, onde se encontram em perigo muitos destes monumentos.  Há obras e trabalhos de florestação a decorrer nos terrenos queimados pelos incêndios, que não respeitam vestígios arqueológicos, antas, mamoas e outros monumentos. 
Este é o momento de agir preventivamente para amanhar não chorarmos o "leite derramado", tanto mais que este ano se comemora o Ano Europeu do Património Cultural!

ADEP

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